sábado, 1 de setembro de 2012

Goiana

Situada a cerca de 62 km do Recife, é a ultima cidade litorânea do norte do estado. O acesso é fácil, sobretudo pela excelente BR 101, que é um verdadeiro tapete de concreto, após Itapissuma.
Talvez seja mais conhecida pelas suas belas praias, mas delas falaremos em outra oportunidade, uma vez que a cidade propriamente dita nos ocupou muito tempo de contemplação, haja vista a quantidade de construções antigas regulamente preservadas.
A importância histórico-arquitetônica da cidade é comprovada pela quantidade de Igrejas antigas. Em Pernambuco, somente Recife e Olinda possuem mais monumentos católicos que o município da mata norte.
Da esquerda para a direita e de cima para baixo: Convento e Igreja de Nossa Senhora da Soledade, Igreja de Nossa Senhora do Amparo, Santa Casa da Misericórdia, e, Igreja de Santo Alberto da Sicília e Convento Carmelita.
As Igrejas são o atrativo principal. Há na maioria delas uma sinalização com mapa turístico que é um pouco confuso, porém satisfatório. Nada que um bom turista não consiga decifrar.
O estado de conservação delas é, em geral, razoável. A Santa Casa encontra-se em reforma, interminável segundo alguns moradores e a da Igreja de Nossa Senhora do Amparo, que tem uma praça com um charmoso coreto, mas que apresenta sinais de abandono.
Igreja de N.Sra. dos Homens Brancos (Matriz), Igreja de N. Sra. dos Homen Negros, Igreja de N. Sra. da Conceição e Capela da Usina Santa Teresa (vista de Goiana).
A atenção do Poder Público poderia ser maior, seja a nível Municipal, seja Estadual ou Federal. Cada imóvel, cada monumento, representa um pedacinho da História local. E é a História que é capaz de provocar um sentimento de amor e cuidado por parte dos moradores por sua cidade. Essa crítica, nós fazemos em praticamente todos os lugares visitados, enquanto o Poder Público e grande parte dos Particulares não tiverem consciência de que a "História atrai Turistas, e Turistas trazem Dinheiro."
Arquitetura secular: Casa antiga,  Atual Juizado Especial,  Colégio da Sagrada Família, e Antigo Fórum. 
Imóveis particulares, prédios públicos, antigas lojas. Ainda há muita coisa preservada nessa, ainda bela, cidade.

Texto acima,  revisado em 05/05/2017.

História de Goiana
A história de Goiana está muito ligada aos engenhos da região. Os goianenses participaram ativamente da Batalha das Heroínas de Tejucopapo (1646), da Revolução Pernambucana (1817), da Confederação do Equador (1824) e da Revolução Goianense (1825). A vila operária de Goiana é considerada a primeira da América Latina. Goiana foi elevada à categoria de vila em 15 de janeiro de 1685, ganhou foros de cidade em 5 de maio de 1840 e de sede de município em 3 de agosto de 1892. Seu primeiro prefeito foi o Dr. Belarmino Correia de Oliveira.
Bandeira e Brasão de Goiana
A origem mais provável do nome Goyanna é que venha da palavra em tupi-guarani "Guyanna", que significa "terra de muitas águas". O topônimo do município aparece pela primeira vez nos catálogos da Companhia de Jesus, em 1592, com o nome de aldeia de "Gueena". O mesmo documento, em 1606, registra-o com a grafia modificada para "Goyana" e, finalmente Goiana. O holandês Adolf de Varnhagen disse que Goiana é palavra de origem da língua tupi, que significa: gente estimada. Outros filólogos divergem e dizem ter o significado de mistura ou parente e, ainda, Frei Vicente de Salvador, em 1627, definiu como sendo porto ou ancoradouro.
Sabe-se que muito antes da chegada dos portugueses ao Brasil, Goiana, assim como diversas outras localidades da América, já era habitada por indígenas. Inúmeros historiadores defendem seus estudos e com isso, daí, nasce uma diversidade de teorias. Existem diversas teses sobre a origem da cidade de Goiana, das tais a mais aceita é a de que a cidade surgiu quando Diogo Dias ganhou e fundou o Engenho Recuzaém. A segunda tese é a de que em 1501 com a finalidade de explorar a costa brasileira expedições portuguesas já tinham aportado o litoral goianense em uma praia, hoje denominada Pontas de Pedra. Existindo ainda a terceira tese, a qual diz que a primeira povoação de Goiana esteve no Engenho Japumim, também fundado por Diogo Dias, segundo historiadores.
A colonização jamais realizou os propósitos da empresa mercantil que impulsionou as navegações. Montada especificamente para a troca, ela operava sempre na pressuposição da existência de produção local, nas áreas com que mantinha a troca. O problema da colonização apresenta, assim, grandes dificuldades, uma vez que a estrutura econômica portuguesa não estava preparada para enfrentá-lo.Nesse período, Goiana foi uma das principais produtoras de cana-de-açucar no estado de Pernambuco; o Rio Goiana, que corta a cidade, abrigava um importante porto, que escoava a produção do local. Foi durante este período que Goiana foi, por diversas vezes, sede da capitania de Itamaracá, e permaneceu como segunda cidade mais importante do estado, até o fim deste período.
A povoação foi elevada a freguesia em 1568 quando Diogo Dias, um cristão-novo de muitas posses, comprou de D. Jerônima de Albuquerque Sousa dez mil braças de terra próximas à atual cidade de Goiana, então Capitania de Itamaracá, estabelecendo um engenho fortificado no Vale do Rio Tracunhaém. Este colono foi alvo do ataque ao engenho Tracunhaém, em 1574, no qual índios potiguaras exterminaram toda a população do engenho. Este episódio provocou a extinção da capitania de Itamaracá e a criação da capitania da Paraíba.
Em janeiro de 1640 defrontaram-se entre Goiana e a ilha de Itamaracá a esquadra de D. Fernando de Mascarenhas, conde da Torre, e a holandesa, comandada por Willen Corneliszoon, num combate que seria imortalizado em quatro gravuras de Frans Post.
No ano de 1859, Dom Pedro II, imperador do Brasil, visitou a cidade de Goiana, chegou acompanhado por uma comitiva com quase quinhentos cavaleiros. Na véspera todos os preparativos foram realizados para receber o monarca. O que havia de melhor nos engenhos foi trazido para o sobrado onde ele se hospedou. Foram à cidade pessoas das regiões circunvizinhas, atraídas pela visita do imperador. Dom Pedro II conheceu as igrejas e encantou-se com a beleza do Cruzeiro do Carmo, no centro.
Ele chegou a visitar também o hospital, as repartições públicas, as escolas e elogiou o avanço dos alunos no latim. Mais tarde, ainda participou de solenidade na Igreja da Matriz, onde escutou a Banda Saboeira à porta depois seguiu para o Bairro do Tanquinho para ver como era feito o abastecimento de água da cidade e considerou a situação do porto fluvial aproveitando para discutir melhoramentos.
Fonte: Wikipédia

Nenhum comentário:

Postar um comentário