quinta-feira, 1 de julho de 2021

Cachoeirinha

Cachoeirinha é um Município do Agreste de Pernambuco. Distante cerca de 174 km do Recife e, 58 km de Garanhuns, fica localizado entre os municípios de São Caetano e Lajedo, nas margens da BR-423.
É conhecida como a terra dos Arreios em Couro e Aço, em razão da tradicional manufaturação artesanal de arreios e peças para o uso em animais de montaria, principalmente cavalos. Também são famosas sua carne de sol e queijo coalho e de manteiga, pela excelência de seus sabores. Além disso, a economia da cidade é movimentada pelo comércio, destacando-se a feira de gado, realizada semanalmente, às quintas-feiras, sendo a maior de Pernambuco.
Igreja de Santo Antônio
A Igreja Matriz de Santo Antônio, fica bem no centro da cidade, junto à movimentada Praça Don Expedito Lopes, onde se concentram os bancos, o comércio e serviços.
A Igreja possui uma fachada eclética, revestida de cerâmica, com 4 imagens de Santos e a torre ao centro. No seu interior, um altar simples e imagens da vida de Jesus nas paredes.
Academia da Cidade; Imóvel antigo solitário; e, Praça Don Expedito Lopes
Na Avenida Boa Vista, uma das entradas da cidade, se encontra a Academia da Cidade, local de lazer e caminhadas dos cidadãos.
Já nos arredores da Praça Don Expedito Lopes, encontramos um dos poucos imóveis com a fachada original resistindo à descaracterização do centro da cidade.
Prefeitura; Câmara Municipal; Praça Presidente Kennedy
Na Avenida Alexandre Protássio, localizam-se a Prefeitura e a Câmara Municipal, em um largo onde também se localiza a Praça Presidente Kennedy.
Rodoviária; Lojas de Carnes e Laticínios; e, imóvel antigo na rodovia.
O grande atrativo da cidade é o comércio de carne e laticínios. Quem costuma trafegar pela BR-423, entre Garanhuns e São Caitano, já tem como ponto de parada os frigoríficos que margeiam a rodovia nas proximidades de Cachoeirinha. Neles é possível encontrar diversos tipos de corte de carne de qualidade, além de frios e laticínios produzidos na região. Também há lojas com produtos regionais em couro e metal.

Bandeira e Brasão:

História:

"O território onde está o atual município era uma fazenda de nome Cachoeirinha, que começou a se desenvolver após a dissolução da República dos Palmares. O distrito de Cachoeirinha foi criado no dia 12 de maio de 1874, pertencente ao município de São Bento do Una.
A população é formada, majoritariamente, de descendentes de portugueses, muitos de origem judaica sefardita famílias Aguiar do Rêgo, Carneiro, Bezerra, Almeida, Abreu, etc), índios e africanos, gerando uma rica e complexa miscelânea cultural.
O município é famoso por suas festas típicas, principalmente a Festa do Padroeiro (Santo Antônio), os Festejos Juninos e a Exposição do Couro e do Aço."
Fonte: Wikipédia


quinta-feira, 10 de junho de 2021

Jataúba

Jataúba é um pequeno município do agreste pernambucano. Localizado a cerca de 200 km do Recife, 37 km Santa Cruz do Capibaribe e 25 km Brejo da Madre de Deus,  a pequena cidade nos dá a impressão de ser tranquila e limpa, embora se localize em uma região bem mais seca e quente. Além da sede do município, também há os povoados de Jacú, Jundiá, Passagem do Tó, Enxotado e Riacho do Meio.
Jataúba também é conhecida como "Terra da Beterraba e da Renascença" e "Terra da Calcinha e da Cueca". O comércio local nos pareceu bem tímido.
Igreja de São Pedro, Casario Centenário e Câmara de Vereadores
Por trás do Açougue Público, se encontra uma pequena Igreja em devoção a São Pedro. Por se localizar praticamente onde ocorre a feira, imaginamos que sua construção deve remeter ao comércio ou aos feirantes.
Igreja Matriz e Açougue Público
Localizada na Rua de São Sebastião, a Igreja Matriz, também de São Sebastião, é o maior símbolo de devoção e resistência do povo de Jataúba.
O Açougue Público, pelo tamanho, confunde o visitante que pode pensar se tratar de um Mercado Público. A Feira do Município acontece nos seus arredores.
Ruas, construções e praça.
Embora faça limite com Santa Cruz do Capibaribe e Brejo da Madre de Deus, cidades que tem a Indústria Têxtil e o Turismo, respectivamente como carro-chefe, Jataúba, talvez pela localização em uma região mais seca e praticamente de passagem para quem segue para o Sertão Paraibano, é bem mais tímida.
Não há, à primeira vista, atrativos para que o visitante passe algum tempo na cidade. Talvez apenas nos dias de feira ou da Festa de São Sebastião, o movimento local seja maior.

Símbolos: 

"A bandeira tem as cores, branca, que representa a paz e o aconchego do então pacato município, e a cor vermelha, que representa o simbólico martírio de seu padroeiro e sua luta para conquistar a emancipação.

O Brasão possui as principais figuras da época em que tornou-se município, tais como o algodoeiro, então maior fonte de economia; a Serra do Jacarará; os cactos, vegetação típica e uma representação da nascente do Rio Capibaribe, na Lagoa do Angu, no Sítio Araçá de Jataúba.

Fonte: http://memoriajatauba.blogspot.com/p/blog-page_1.html

História:

"Jataúba é o nome de uma palmeira nativa. Localizada às margens do Riacho Jundiá, denominou-se jatobá devido à presença de um jatobá na confluencia dos dois riachos que banham a cidade.
Localizada próximo ao sertão, ali ocorria semanalmente a feira de gado, induzindo o povoamento. Tornou-se distrito do município do Brejo da Madre de Deus no ano de 1879, com o nome de Jatobá. A vila passou a denominar-se JATAÚBA em 1943 para diferenciar-se de outros locais também denominados Jatobá. Foi elevada à categoria de município em 31 de dezembro de 1958. Entretanto, o governador vetou esta elevação. O veto foi derrubado pelo STF. O município foi então instalado em 2 de março de 1962."
Fonte: Wikipédia

sábado, 8 de agosto de 2020

Caruaru

Caruaru é a maior cidade do interior de Pernambuco. Localizada na Região Agreste, mais precisamente, no "Vale do Ipojuca", é conhecida como a Princesa do Agreste e a Capital do Forró (título que disputa com Campina Grande, na Paraíba.
A cidade fica cerca de 140 km do Recife. Mais ou menos duas horas de viagem de carro, através da BR-232.
Aos poucos, vamos incluindo os atrativos da cidade, mas já começamos por um dos lugares mais visitados, o Alto do Moura!
Alto do Moura

Casa Museu de Mestre Vitalino - Alto do Moura
A História da Arte de Caruaru, se inicia nos anos 40 do século XX, através do ceramista Vitalino Pereira dos Santos, o Mestre Vitalino, que se tornou o mais ilustre filho da cidade. A importância de suas criações de arte em barro, que foi perpetuada pelos seus filhos e discípulos, através das gerações, levou a Vila, hoje bairro do Alto do Moura a ser reconhecido como o maior centro de Arte Figurativa da América Latina, título concedido pela UNESCO.

Símbolos:


A Bandeira tem três listras horizontais, sendo que a de baixo, de cor verde-esmeralda, ocupa a maior parte desta e representa o agradecimento à fertilidade da terra, enquanto o branco é uma celebração à paz e o vermelho, que ocupa a parte superior, simboliza a coragem do seu povo.
O Brasão, que também ocupa a parte central da bandeira, possui um triângulo em azul representando a lealdade do povo, com o sol significando majestade, abundância e riqueza da terra. A faixa em amarelo fala da nobreza com uma cruz em vermelho, símbolo da fé cristã. Abaixo, o triângulo em vermelho, cor da coragem e destemor, traz um ramo de avelozes, em homenagem ao fundador José Rodrigues de Jesus. Em cima, uma coroa de fortalezas lembra as lutas pelo progresso e soberania da cidade que lhe renderam a fama de “Princesa do Agreste”.

História:

"A cidade de Caruaru começou a tomar forma em 1681, quando o governador Aires de Souza de Castro, concedeu à família Rodrigues de Sá uma sesmaria (concessão de terras com o intuito de desenvolver a agricultura e a criação de gado) com 30 léguas de extensão (aproximadamente 12 hectares), denominada Fazenda Caruru.
Mas, apenas em 1776, José Rodrigues de Jesus decidiu voltar para a fazenda do pai, que havia passado alguns anos abandonada. Pouco tempo após a morte do patriarca, a fazenda ganhava uma capela, dedicada a Nossa Senhora da Conceição, que foi acolhendo um pequeno povoado ao seu redor.Caruaru tornou-se cidade, uma das primeiras do Agreste pernambucano, pelo projeto nº 20, do deputado provincial Francisco de Paula Baptista, defendido em primeira discussão em 03 de abril de 1857,depois de aprovação sem debate, em 18 de maio do mesmo ano, com a assinatura da Lei Provincial nº 416, pelo vice-presidente da província de Pernambuco, Joaquim Pires Machado Portela."
Fonte: Prefeitura Municipal

sábado, 1 de agosto de 2020

Santa Cruz do Capibaribe

Santa Cruz do Capibaribe é uma das grandes cidades da Região Agreste de Pernambuco. Distante cerca de 190 km do Recife e 58 km de Caruaru, a cidade tem uma grande movientação na sua economia proveniente da indústria têxtil. É conhecida como a capital da moda e das confecções no estado, sendo a 2ª maior produtora de confecções do Brasil.
Parque Florestal Fernando Silvestre da Silva
Além de diversos locais de comercialização e produção de roupas, a cidade possui bons locais para lazer, como o aconchegante Parque Florestal Fernando Silvestre da Silva.
O espaço é amplo, com áreas sombreadas, algumas árvores e brinquedos para crianças. Bom para uma pequena caminhada, um piquenique ou um passeio de família.
Teatro Municipal, Estádio Otávio Limeira e Prefeitura Municipal.
Encontramos o Teatro Municipal em bom estado, o que pode significar valorização da cultura local. Não menos importante, o Estádio Otávio Limeira Alves já foi palco de espetáculos esportivos, como os jogos do Campeonato Pernambucano de Futebol, tendo o Ypiranga como maior representante da cidade no cenário esportivo estadual.
O Palácio Municipal, "em termos de tamanho", não reflete a importância político-econômica do Município na região.
Igreja São Cristóvão e Igreja Matriz
Destacam-se as Igreja de São Cristóvão, com arquitetura moderna, localizada na Av. Vinte e Nove de Dezembro, uma das principais e mais movimentadas vias do município, e a centenária Igreja Matriz do Senhor Bom Jesus dos Aflitos e São Miguel, localizada na Av. Padre Zuzinha, em uma região cujas construções remetem ao passado da outrora pequena Santa Cruz.
Casario da Av. Padre Zuzinha
Na Av. Padre Zuzinha, resistem algumas fachadas de antigas casas e comércio da cidade, de uma época em que o potencial têxtil local nem era imaginado. Ao que parece, a preservação Histórica desses imóveis não deve acontecer em um futuro próximo.
Moda Center Santa Cruz
Conhecido como o Maior Centro de comercialização de confecções atacadista do Brasil, é o local onde se movimentam milhões em vendas de cama, mesa e banho produzidos na cidade.
Estima-se que, por dia de feira, passem pelo Moda Center, cerca de 150 mil pessoas. Grande parte dos visitantes são comerciantes que compram em grosso para revender, o que já dá a idéia que no local, além de bons produtos, também há o preço como atrativo.
O Moda Center fica localizado na PE-160, na saída Oeste de Santa Cruz do Capibaribe, sentido Jataúba.
Povoado Poço Fundo
A cerca de 17 quilômetros de Sta Cruz do Capibaribe, seguindo sentido Jataúba, encontramos o simpático e tranquilo povoado de Poço Fundo. Os dizeres na entrada do povoado dizem ser a "Terra do Doce e da Modinha", o que não pudemos comprovar em razão de não haver ninguém na rua naquele horário.

História:

"Sua história remonta a 1750, quando o português Antônio Burgos, que por recomendações médicas procurava um local que favorecesse sua saúde, construiu uma cabana de taipa para se alojar com sua família e escravos na confluência do rio Capibaribe com o riacho Tapera.

O seu nome se origina da grande cruz de madeira que colocou em frente a uma capela que mandou construir próxima a sua casa, a partir da qual teve início o povoamento. O crucifixo é conservado até hoje na igreja matriz.
O distrito de Santa Cruz foi criado pela lei municipal nº 2, de 18 de abril de 1892, subordinado ao município de Taquaritinga. Pelo decreto-lei estadual nº 952, de 31 de dezembro de 1943, o distrito de Santa Cruz passou a denominar-se Capibaribe e o município de Taquaritinga a denominar-se Taquaritinga do Norte. Foi elevado à categoria de município com a denominação de Santa Cruz do Capibaribe, através da lei estadual nº 1818, de 29 de dezembro de 1953, data anualmente comemorada.
Em 1953, Santa Cruz do Capibaribe de vila se tornou cidade. Como tantas que sobrevivem do feijão, milho e outras culturas de sobrevivência e já existindo as tradicionais colchas de retalhos, saiu da rotina, alguém de forma inteligente, ao separar os retalhos de tecidos, usou os de maior tamanho para confeccionar shorts, que desta forma, lhe daria mais lucro. A nova ideia se multiplicou em todas as costureiras da região e, por se tratar, na época, de algo reciclável, o preço daquele produto era irresistível, ganhando qualquer concorrência. Como o produto era de fácil venda, os homens se transformaram em mascates e percorreram inúmeras feiras do nosso nordeste, vendendo os produtos, enquanto as mulheres em casa, usando de criatividade, inovavam produzindo outros artigos de vestuário, como: saias, blusas, camisas, conjuntos infantis, anáguas e outras.
Nos anos 90, novos mercados eram conquistados, e se tornou O Maior Pólo de Confecções do Nordeste e hoje Santa Cruz do Capibaribe é uma cidade exemplo de empreendedorismo, trabalho e conquista."
Fonte: Wikipédia

quarta-feira, 1 de julho de 2020

Toritama

Toritama, fica localizada no Agreste de Pernambuco e é conhecida como a Capital do Jeans. Fica distante cerca de 167 km do Recife, 38 km de Caruaru e 21 km de Sta Cruz do Capibaribe. O principal acesso se dá pela BR-104.
Rua do Jeans, Hotel, Pátio das Feiras
O grande atrativo turístico e comercial da cidade é o espaço denominado "Parque das Feiras", inaugurado no final de 2001 e onde se encontram mais de 1500 boxes, que comercializam roupas, além de contar com espaços com restaurantes e lanchonetes.
Localizado na BR-104, o complexo conta com cerca de nove hectares, e praticamente, concentra o comércio de roupas da cidade. Possui um grande estacionamento, onde cabem por volta de 2000 veículos. 
Todos os anos, entre os meses de Abril e Maio, é realizado o Festival do Jeans de Toritama, uma iniciativa da Associação Comercial e Industrial de Toritama (Acit), com o apoio da Prefeitura Municipal e patrocínio da cearense Santana Textiles.
Prefeitura Municipal
 A moderna sede da prefeitura, reflete a importância comercial da cidade, que produz cerca de 15%
15% das confecções feitas com jeans produzido no Brasil.

Símbolos: 

A Bandeira de Toritama possui duas cores dispostas de forma diagonal. Ainda não temos informações sobre a representação das cores Amarelo e Branco, que representa.
No centro da Bandeira se encontra o Brasão, com as representações do Cruzeiro e da Ponte sobre o Rio Capibaribe.







História:

"O território municipal era integrante do município de Vertentes, desenvolvendo-se o povoamento a partir de uma fazenda de criação de gado, denominada TORRES, de propriedade de João Barbosa, que em meados do século XIX doou a Nossa Senhora da Conceição uma parte de terras, na margem esquerda do rio Capibaribe, onde foi construída uma capela, origem da cidade.A primeira casa foi edificada na imediações da capela por José Cabral e, em 1868, o lugarejo já contava com 20 casas de taipa. A construção de uma ponte sobre o rio Capibaribe, em 1923, possibilitou a intensificação do comércio com a vizinha cidade de Caruaru e a dinamização da economia local, apoiada nos produtos agropecuários.
O topônimo TORRES, que era o da fazenda, vem de uma serra situada a um quilômetro da cidade, no topo da qual foi erguido um CRUZEIRO.
O distrito de Torres foi criado em 1925, mas por força do decreto-lei estadual nº 235, de 9 de dezembro de 1938, passou a pertencer ao município de Taquaritinga do Norte. Em 31 de dezembro de 1943, o nome do distrito foi elevado à condição de município, desmembrado do município de Taquaritinga do Norte, ocorrendo a sua instalação em 23 de maio de 1954, assumindo como Prefeito nomeado o Senhor JOSÉ MANOEL DA SILVA, que passou o cargo ao Prefeito eleito, JOÃO MANOEL DA SILVA.
Os naturais do município são conhecido como “Toritamenses”."
Fonte: Prefeitura Municipal

domingo, 14 de junho de 2020

Jupi

Jupi é um Município do Agreste pernambucano. Localiza-se à margem da BR-423, entre Lajedo e Garanhuns. Fica distante 208 km do Recife e 24 km de Garanhuns.
Portal da Cidade, na Av, José Correia Lima; Largo Frei Damião e Cruzeiro; e, Praça Paulo Filho.
O comércio é relativamente movimentado. A impressão que tivemos é de que é uma cidade bem cuidada, limpa, embora possua diversos imóveis descaracterizados no centro, o que mostra que é mais uma cidade sem preocupação de preservação da História.

Praça de N. Sra do Rosário
A Praça de Nossa Senhora do Rosário é uma atração à parte na cidade. Construída em níveis, por conta do relevo, é bem espaçosa, agradável, arborizada e conta com lojinhas e obras de arte voltadas
Igreja de N. Sra. do Rosário; Rua; Câmara Municipal; Academia da Cidade.
A Igreja de Nossa Senhora do Rosário tem uma bela arquitetura. É a construção mais imponente do centro da cidade. Fica junto à praça de mesmo nome.
As ruas da cidade são movimentadas. Nos parece uma cidade tranquila para morar. A Câmara Municipal ocupa um imóvel antigo e fica próxima à Academia da Cidade.


Símbolos Municipais:

A bela bandeira do Município possui duas faixas azuis nas laterais, em alusão ao céu majestoso que cobre o lugar e o Brasão do Município posicionado ao meio da faixa branca central.
No Brasão, estão representados o Português, o Índio nativo desse Rincão, o Rio da Chata, que corta a região, a Terra altamente cultivável e os frutos que são produzidos nesta.

História de Jupi:


Nos meados do século XVI, fora o português Antônio Vieira de Melo, desterrado de Portugal para o Brasil por ordem da Coroa. Ao desembarcar em Salvador foi deportado pelo governo da época para o interior do Estado. Penetrou pelas matas. Depois de vários meses foi ter em taba de índios no Estado de Alagoas, onde hoje está localizada a cidade de União dos Palmares. Em pouco tempo conseguiu a simpatia e confiança. Atingiu o planalto de Garanhuns na Capitania de Pernambuco, cujo donatário na época era Duarte Coelho Pereira. Dali embrenhou-se nas matas vindo ter ao sopé de uma serra onde havia abundante água boa e bastante caça, onde elementos da mesma tribo de origem fizeram uma aldeia nas proximidades de uma fonte por eles denominada "Olho D'água de Yu-py". As malocas desta aldeia foram feitas e cobertas com folhas das palmeiras nativas do local que os índios denominaram de Ouricury.

Deste ponto, Antônio Vieira de Melo, resolveu ir à Bahia, pedindo ao chefe da tribo dois índios de sua confiança para seus companheiros de viagem. Lá chegando, foi bem recebido pelo governador da Bahia relatando ao mesmo todos os acontecimentos. Em troca, solicitou o fornecimento de ferramentas e sementes para o cultivo da terra fértil do Olho D'água de Yu-py.

Logo ao retornar iniciou a exploração da terra. Ainda ao chegar da mesma viagem, autorizado pelo governador e de acordo com o chefe da tribo, enviou quatro índios aos campos de Oeiras no Piauí, de lá foram trazidas oito cabeças de gado, sendo seis fêmeas domesticadas.

Voltando à Bahia, a fim de prestar contas ao governador do que havia feito e resultados obtidos, desviou-se da rota traçada para viagem, tomando-se prisioneiro com seus companheiros de uma tribo canibal, sendo todos amarrados, estando à fogueira acesa onde seria ele e seus companheiros assados vivos. Antônio Vieira de Melo recorreu-se à Virgem Santíssima do Rosário, prometendo que se fosse salvo com seus companheiros, buscaria a sua imagem em Portugal e com os índios erigia uma capela em sua honra na localidade Olho D'Água de Yu-py, cingindo sua fronte com uma coroa de ouro maciço.

São e salvo, Antônio Vieira de Melo, cumpriu sua promessa trazendo a imagem que ficou sendo venerada em JUPI. Por Carta Régia de 1632, foi prescrita sua deportação, voltando a Portugal, trouxe para Jupi, sua família e o direito de posse as terras que cultiva, donde desmembrou o patrimônio de Nossa Senhora do Rosário, ficando dirigindo os destinos da área por muitos anos.

Seus restos mortais foram sepultados na antiga capela de Nossa Senhora do Rosário, que fora edificado no centro da praça atual de Nossa Senhora do Rosário, tendo em frente dos mesmos dois pés de palmeiras Ouricury, plantados pelos índios e ainda entre eles um alto cruzeiro de madeira trabalhada pelos índios sob um pedestal de pedras rústicas locais.

Nos princípios do presente século ainda existia em mãos o tenente Eduardo José de Melo, natural de Canhotinho e bisneto de Antônio Vieira de Melo, papéis onde estava traçado a sesmaria doada pelo rei de Portugal a Antônio Vieira de Melo. Os índios entre outros presentes, doaram a Antônio Vieira de Melo uma belíssima jarra que a anos passados esteve na posse de Da. Constância Paiva de Melo, descendente direta de Antônio Vieira de Melo.

Como povoado, pertenceu a sesmaria administrativa do município de Brejo da Madre de Deus, na categoria de distrito passou a pertencer ao município de São Bento do Una, depois para o município de Canhotinho, a seguir para o município de Palmeirina e por último para o município de Angelim.

Entre os anos de 1931 a 1936 ainda havia no centro da parte mais alta da Praça do Rosário um antigo histórico Jatobá, que servia de açougue público. Na época da guerra do Paraguai, um jovem desertor fora preso nas imediações de Bom Conselho, sendo encaminhado à Recife para julgamento. Chegou a ser amarrado no velho Jatobá, durante o descanso da tropa que o conduzia. Este jovem, depois de vários anos, chegou a ser general do exército e governador do estado de Pernambuco. Seu nome era Dantas Barreto.

Por projeto do então deputado João Calado Borba, foi apresentado à Assembléia Estadual a independência ou emancipação de Jupi do município de Angelim. Na época o projeto de emancipação necessitava da aprovação da Câmara de Vereadores de Angelim, então composta por José Freire da Silva, Otacílio Peixoto de Melo, Joaquim Venâncio de Moraes, Manoel Salgado de Vasconcelos, Enoque Elias, José Guilherme da Costa, Jocelino Cordeiro Sobral, Feliciano Paiva Melo e Hugo Salgado de Vasconcelos, sendo Prefeito Júlio Salgado de Vasconcelos.

Fonte: Prefeitura Municipal de Jupi

quarta-feira, 25 de dezembro de 2019

Jucati - Povoado Neves


Localizado na região Agreste do Estado de Pernambuco, Jucati fica a cerca de 209 km do Recife e seu único distrito, o Povoado Neves, fica a cerca de 206 km.
Por não ficar exatamente na rota que segue para o Município de Garanhuns, já que é necessário seguir pela "Estrada de Jucati" a partir da cidade de Jupi, o Distrito Sede de Jucati acaba não sendo muito visitado por quem percorre a movimentada BR-423. O Povoado Neves, pelo contrário, é cortado pela rodovia, e, mesmo o mais desavisado motorista ou passageiro, acaba olhando para o pequeno povoado, que tem como destaque a Capela de Nossa Senhora das Neves e o Cruzeiro que fica do outro lado da pista.