sábado, 8 de dezembro de 2012

Escada

Escada fica a 63 km do Recife. O acesso é muito fácil e tranquilo pela BR-101, duplicada e em excelente estado.
O dia chuvoso não favorecia a visita, mas a curiosidade e persistência nos levaram adiante para registrar o que podíamos.
A primeira coisa que tentando encontrar nas cidades em que visitamos, são as Igrejas, e, os crucifixos se destacam no meio das construções.
Logo ao entrar em uma das vias de acesso, avistamos a Capela de Santa Luzia. O relevo acidentado do bairro à primeira vista complica, mas é fácil chegar à capela.
Após a capela, procuramos chegar ao centro da cidade, onde se encontram os imóveis mais antigos, e, passamos pela Câmara Municipal, algumas casas antigas na avenida e o Cine Theatro Visconde de Utinga (utilizado dias antes como diretório partidário, infelizmente!).

Câmara Municipal; Capela de Santa Luzia; Casas Antigas, Cine-Teatro Visconde de Utinga
Seguimos na direção norte pelas ruas da cidade até chegar ao local da antiga Estação Ferroviária de Escada, onde ainda existe a plataforma da estação, mas a edificação foi demolida há alguns anos.
Em frente à plataforma, além dos trilhos, é claro, ainda resistem as casas dos funcionários e de manutenção da Rede Ferroviária Federal.

Plataforma e Edificações da Estação Ferroviária de Escada; Ponte sobre o rio Ipojuca; e, Desvio da Plataforma.
A linha ferroviária, que atualmente pertence à Transnordestina Logística está em ótimo estado, mesmo os dormentes de madeira resistiram ao tempo, o que nos faz se perguntar, porquê não há previsão para trens de passageiros viajando por ela.?

Engenhoca de desvio da linha férrea; e, Plataforma da antiga Estação, demolida. A vista dessa foto é a mesma dos trens que seguiam para o Recife.
As pontes metálicas sempre chamam atenção nas linhas ferroviárias, e em Escada, a sua proximidade com a estação dava um toque especial a esta parada.
Seguindo, passamos pela antiga Indústria Pirapama, algumas praças e bairros residenciais, até chegar ao centro comercial da cidade, que termina na Igreja Matriz de Nossa Senhora da Apresentação.
Saindo da cidade, encontramos mais ao sul, um bairro afastado onde fotografamos uma capela cujo nome não conseguimos saber até o momento.

Antiga Cia Industrial Pirapama; Igreja Matriz de N. Sra. da Apresentação da Escada; e,  Capela
Alguns quilômetros depois, entramos na PE-63, com destimo à Primavera, mas antes passamos no distrito de Frexeiras, onde encontramos a bela Igreja Matriz de Santa Terezinha, e, após muita procura, o local da antiga Estação Ferroviária de Frexeiras.
Igreja Matriz de Sta Terezinha e Distrito de Frexeiras
Só encontramos a plataforma da antiga estação. No lugar onde havia a edificação, agora existem casas de moradores. Um pecado para a História das Linhas Ferroviárias de Pernambuco.

Plataforma da antiga Estação Ferroviária de Frexeiras; Cruzamento da Linha Férrea com a PE-63
Na próxima visita ao município, estaremos registrando relatos e imagens dos famosos Engenhos de Escada.

Um pouco da História de Escada:


Primitivamente o município foi uma aldeia de índios das tribos Potiguaras, Tabujarés e Mariquitos(Indeterminado,pois os arquivos que provam a existênçias dessas tribos foram perdidos na histórica cheia de setenta que a atingiu). O nome "Escada"provém da capela erguida por missionários da Congregação do Oratório, vinda de Portugal para a catequese dos índios. Como a capela estava localizada no alto do terreno, foi construída uma escada para dar acesso a um "nicho" em louvor a Nossa Senhora d'Apresentação, que ficou conhecida como Nossa Senhora da Escada. O distrito de Escada foi criado pela Carta Régia de 27 de abril de 1786 e por Lei Municipal em 6 de março de 1893. A Lei Provincial nº 326, de 19 de abril de 1854, criou o município de Escada, com território desmembrado do município do Cabo de Santo Agostinho. A sede municipal foi elevada à cidade pela Lei Provincial nº 1.093, de 24 de maio de 1873. É formado pela Sede Administativa, distritos de Massuassú e Frexeiras.
As origens históricas do rico florescente município da Escada, remotendo-se a um aldeia de índios das tribos Meriquitos. Potiguares e Tabajares, fundada em época muito remota, porém existentes em 1685, com a denominação de Aldeia de Nossa Senhora da Escada de Ipojuca. O Governador da província de Pernambuco, João da Costa Souto Maior, escreveu uma carta ao sargento-mor, comandante da Aldeia, determinado-lhe que fizesse os índios abandonarem o mato para se recolherem aos ranchos de Aldeia, continuassem com as obras da igreja e cuidassem da lavoura, ao mesmo tempo o Governador dava várias instruções sobre o bom regime moral e vida cristã dos índios. Situada a Aldeia à margem esquerda do rio Ipojuca, na distância de 10 léguas da praça do Recife e incumbia aos padres da Madre de Deus a direção espiritual dos índios, reza a tradição, que erigiram logo aqueles padres um oratório no alto da colina ao redor da qual estendia-se o aldeiamento, para cuja subida executaram uma escala de degraus cavados na argila e que desta circunstância vem a denominação de Nossa Senhora da Escada dada à Padroeira do Oratório, cuja imagem foi encontrada pelos índios no leito do rio Ipojuca, apesar de ter ela a inovação de Nossa Senhora da Apresentação. Em 1757, segundo relata Sebastião Galvão, tendo em vista documentos vários, observa-se que a Aldeia já era Povoação. Aumentando dia a dia a população vários. Aumentando dia a dia a população do povoado, não apenas de índios, mas de colonos que, para ali acorriam em busca de amanho de terras tão férteis.

Nenhum comentário:

Postar um comentário