sábado, 31 de maio de 2014

Camaragibe

Camaragibe é um município brasileiro do estado de Pernambuco pertencente a Região Metropolitana do Recife. É a oitava cidade mais populosa de Pernambuco.
O Município é famoso pelo Bairro de Aldeia, que fica na sua região mais alta. Em razão disso e da grande área de Mata Atlântica que possui, se tornou inicialmente um local de casas de campo e, atualmente, de moradia fixa de muitos recifenses. 
Para chegar a Aldeia ou Camaragibe propriamente dito, basta seguir a Avenida Caxangá (PE-005), que começa no Bairro da Madalena, no Recife, até o seu final, quando chegamos à Avenida Joaquim Ribeiro e, na Praça de Maria Amazonas, escolhemos se seguimos para Aldeia, pela PE-027, ou para Camaragibe, pela Avenida Belmínio Correia.
Na realidade, vamos falar do percurso contrário ao que fizemos (São Lourenço da Mata - Recife), uma vez que essa é a primeira postagem sobre o Município e a mesma será atualizada após a nossa segunda visita à cidade.
Praça de Maria Amazonas e Casa-Grande do Engenho Camaragibe.
O primeiro atrativo de Camaragibe é a Praça de Maria Amazonas e o Casarão do Engenho que lhe pertenceu e que deu o nome à cidade.
O casarão é bonito e imponente. Impossível de não ser notado pelo que trafegam pelas avenidas próximas. Se encontra muito bem preservado e merece ser devidamente desbravado em uma próxima oportunidade. 
Igreja Matriz de São Pio X; Prefeitura Municipal; e, Ruínas da Estação Ferroviária Nova.
Talvez em razão de ser um município novo, embora carregue bastante História, os prédios públicos, bem como a Igreja Matriz possuem fachadas com arquitetura contemporânea, restando ao Casarão de Maria Amazonas e à Estação Ferroviária, o papel de fazer o link com o passado.
A Estação, que é chamada de Estação Nova, em razão de ser a segunda construída no município, para receber os trens que não mais cortavam o Recife pela região norte, mas sim pela linha centro, paralela à do metrô, se encontra praticamente em ruínas, o que não lhe tira a beleza de uma grande estação.
Ao que tudo indica, o prédio será recuperado pelo IPHAN, juntamente com a Prefeitura Municipal, o que é justo e necessário, tanto pela preservação da História, como pelo uso a que será destinado em benefício de todos.
Fica relativamente próxima à Estação do Metrô, mas não é recomendável ir só ao local. Fomos informados que alguns marginais têm se escondido na estação.  
Brasão e Bandeira de Camaragibe
História
A área onde hoje está localizado o município de Camaragibe era povoada por minorias indígenas, até a chegada dos portugueses com Duarte Coelho Pereira, em meados do século XVI.
As terras eram utilizadas para a exploração do pau-brasil e, posteriormente, a produção da cana-de-açúcar.
O município surgiu com os antigos engenhos, como o Camaragibe, fundado em 1549 e considerado um dos mais prósperos da região até a invasão holandesa em 1645. O engenho foi incendiado pelas tribos indígenas que viviam no local.
Entre 1891 e 1895 foi implantada uma fábrica de tecidos pelo engenheiro Carlos Alberto de Menezes, e o engenheiro francês Pierre Collier o que modificou a feição do local. Em 20 de dezembro de 1963 a Lei Estadual nº 4.988 elevou o distrito à categoria de município, o qual foi extinto em 6 de julho de 1964, por acórdão do Tribunal de Justiça (mandado de segurança nº 59.906), sendo seu território reanexado ao do município de São Lourenço da Mata. Sendo novamente elevado a categoria de município só em 13 de maio de 1982, desmembrando-se de São Lourenço da Mata, segundo a Lei nº 8.951, publicada no Diário Oficial do Estado de Pernambuco daquela data.
Fonte: Wikipédia

quarta-feira, 30 de abril de 2014

Buíque - Vale do Catimbau

Buíque fica a 281 km do Recife. Para chegar lá basta seguir a BR-232 no sentido litoral-sertão e, em Arcoverde, acessar a PE-270, sentido sul. O município é formado pelos distritos sede, Carneiro, Catimbau e Guanumbi e pelos povoados de Tanque e Aldeia Indígena Kapinawa.
Depois de quase 4 horas de viagem, chegamos à Pousada Santos, onde deixamos as mochilas e partimos para dar uma caminhada pela cidade.
Posto e Pousada; Chegada à Buíque; Estação Rodoviária; Biblioteca Pública; Praça; e, Letreiro da Antiga TELPE.
A cidade é relativamente pequena. Seguindo a pé a partir da Pousada Santos, pela Avenida Doutor Aurora Laerte Cavalcanti, Passamos pela Estação Rodoviária, pela Biblioteca Municipal que homenageia o escritor Graciliano Ramos, pela pracinha da rodoviária que possui um busto sem identificação, passamos por um antigo posto telefônico que mantém o letreiro da antiga TELPE (Telecomunicações de Pernambuco) em ótimo estado de conservação e logo chegamos ao centro.
Igreja Matriz de São Felix; Praça Major Franca; Casa Paroquial e Mercado Público; Flores; Centro da Cidade; e, Museu.
Para nossa sorte a Igreja Matriz estava aberta, o que nos permitiu fotografá-la por dentro. Era um dia bem movimentado, pois havia um batizado na Igreja e também era o dia de feira.
Um bonito relógio enfeita a praça da Igreja Matriz e nos arredores se encontram lojas, bancos, o Museu da Cidade (fechado, infelizmente!), e o Mercado Público.
Após algumas fotos, voltamos e almoçamos no ótimo Restaurante Self-Service do Posto BR que fica junto à Pousada. Aproveitamos para descansar um pouco antes de ir ao povoado de Catimbau procurar um guia para fazer as trilhas no Parque Nacional.

Estrada para o Catimbau; Paredão; Pedra do Cachorro; Vila do Catimbau; Paredão; Vegetação.
Descansados, partimos para o Catimbau. Alguns minutos numa boa estrada de terra até o povoado. Chegando lá, procuramos a Associação dos Guias de Turismo do Vale do Catimbau, registramos algumas imagens da vila. E escolhemos as trilhas pra fazer no vale. São várias e a disponibilidade pode variar, dependendo do tempo, pois algumas necessitam ser feiras cedo, para aproveitar o dia claro.
Formigão; Pedra em formato de mão aberta; Vista da Pedra do Cachorro e parte do Vale; Barriguda; e, Pinturas Rupestres.
Escolhido o roteiro, partimos com nosso Guia Edson para a primeira trilha escolhida, chamada "Casa de Farinha".
A trilha tem esse nome em razão de que as pinturas rupestres se encontram em um local onde foi construído em época recente, uma casa de farinha, espécie de forno a lenha onde se joga a mandioca ralada por cima da pedra e esta resseca, virando a farinha que conhecemos.
O trágico disso é que a fuligem do forno cobriu parte das pinturas rupestres da pedra. Aparentemente de forma permanente, infelizmente.
Trilha do Pôr-do-Sol.
O caminho da trilha do pôr-do-sol é muito bonito. Passamos por uma grande pedra formada de milhares de gomos que está a cerca de 70 metros de altitude e que um dia foi o fundo de um grande lago.
Há vários picos de pedra no caminho. Alguns parecem pequenas pirâmides. O vento é bem forte durante o trajeto.
No final dessa trilha, observamos uma bela formação de arenito, moldada pela água e pelo vento, com algumas "chapas" de ferro que ficam suspensas com a erosão do arenito. O sol refletido no arenito fica num belo tom alaranjado e é uma das imagens mais belas do vale.
O pôr-do-sol propriamente dito é indescritível!
Voltamos para Buíque à noite e jantamos na simpática Pizzaria e Lanchonete São José.
Associação dos Guias do Catimbau; Vista do Vale a partir da vila; Pedra do Cavalo Marinho; Fruto seco e fruto maduro do Ouricuri; Polpa do Fruto da Amargosa.
No dia seguinte, iniciamos com a Trilha dos homens sem cabeça. De carro partimos com nosso guia para a região da chapada, no caminho fotografamos a Pedra em formato de Cavalo Marinho e, logo ao iniciar a primeira trilha do dia, cara aprendemos um pouco sobre o que a natureza oferece para a sobrevivência na região.
Nosso guia Edson nos mostrou as multifuncionalidades do fruto do Ouricuri, uma palmeira nativa da região. O pequeno coquinho, quando cai no chão, é roído pelos pequenos insetos, que o deixam oco e o furo que serve de entrada, torna o que restou do fruto um apito. Basta escolher no chão o que assobiar mais alto para usar, caso se perder na mata.
O coquinho também é comestível. Embora pequeno, seu miolo tem um sabor muito semelhante à "carne" do côco que conhecemos. Dá pra enganar a fome um pouco.
Outra frutinha interessante é a Amargosa. Só a título de comparação, seria parecida com a Pitomba: tem casca um pouco mais fácil de se abrir, a polpa é um pouco suculenta mas é superficial e também possui uma semente grande no interior. O sabor é uma mistura de doce e amargo.
Painel dos Homens sem-cabeça; Flor da Palma Brasileira; Teia nas plantinhas; Lagartixa; Chapadão; e, Frutinhas.
Ainda no caminho, provamos a "carne" do Faxeiro, o cacto mais conhecido. Basta imaginar o sertão que se pensa no Faxeiro. A "carne" não tem gosto de nada, é bem suculenta e com muito líquido. Ao mesmo tempo que alivia a sede, alivia a fome.
O painel dos Homens Sem-Cabeça é uma representação de uma batalha, provavelmente entre tribos rivais, onde uma delas arrancava a cabeça dos vencidos. Fica numa parte alta de uma pedra. o que nos fez imaginar que o terreno devia ser bem diferente na época da pintura.
O Chapadão
A segunda trilha do dia é uma continuação da primeira, e, nesta chegamos à vista mais famosa do Vale do Catimbau. A vista é deslumbrante. A chapada é imponente diante do vale que fica entre os paredões.
Voltamos por um atalho para o carro, de onde seguimos para a próxima aventura.
Trilha de Igrejinha
Seguimos de carro até próximo à formação rochosa de Igrejinha. O nome foi colocado em razão de uma mancha escura na rocha que parece uma imagem de Nossa Senhora.
Outro detalhe do local é essa abertura na pedra, na foto do meio, acima, que parece um portal ou o local feminino preparado para o nascimento.
Nas imagens acima, precisamente na maior da parte de baixo, dá pra se ver grande parte do Parque Nacional até se perder de vista. Muitas das áreas não são permitidas para visitantes, só para estudos.

Atelier do Artesão José Bezerra
Na volta para a Vila do Catimbau, paramos no que pudemos chamar de "atelier" de José Bezerra, que nos apresentou suas obras, todas feitas com madeira encontrada na caatinga.
Ele é muito simpático e não pára de falar sobre cada uma das suas criações. Muitas delas serão encaminhadas para o "Cais do Sertão", no Bairro do Recife, na capital pernambucana.
Tivemos a oportunidade, ainda, de ver uma apresentação musical dele, que cantou uma composição sua, tocando um instrumento também seu, ciado a partir de madeira, arame e duas chaleiras. É parada obrigatória.
Prefeitura; Pizzaria; Capela; Casario; Portal de Buíque.
Depois de se despedir do nosso guia no Catimbau, voltamos a Buíque para almoçar, descansar e voltar pra Recife. Antes, porém, mais uma voltinha pela cidade pra fotografar mais cartões postais.
Histórico:
"O município de Buíque começou a ser povoado em 1752, quando ficou conhecido como Campos de Buíque. O nome do local tem origem na linguagem Tupi e significa "Lugar de Cobras". Os naturais de Buíque têm outra versão para a origem do nome - os índios que habitavam essa região utilizavam uma trombeta cujo som produzido se assemelhava ao nome da cidade. Buíque foi elevado à categoria de vila em 1854, com a denominação de Vila Nova do Buíque, desmembrado de Garanhuns. Em 19 de Dezembro de 1874, Buíque, foi elevada à categoria de sítio em 1899."
Fonte: Wikipédia

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

São Lourenço da Mata

São Lourenço da Mata fica pertinho do Recife. Sendo fácil chegar na cidade seguindo as Avenidas Caxangá em Recife e Belmiro Correia em Camaragibe e São Lourenço, ou pelas BRs 232 e 408.

Fizemos o caminho saindo da Zona Sul do Recife, seguindo pela BR-408 até a Arena. A construção é linda, as ruas ao redor são largas com gramados nas calçadas. A previsão é de construção de vários condomínios e empresariais nas proximidades do estádio.

Arena Itaipava Pernambuco
Voltamos à BR-408 em direção ao extremo norte de São Lourenço, o Bairro de Tiúma. Entramos na pela Rua do Mercado de Tiúma, passamos por uma ponte sobre o Rio Capibaribe e pelo Mercado, que não se encontra em boas condições. Seguimos pela PE-005, dobramos na Rua Santelmo e, chegamos na antiga Estação de Trem.
Atualmente a Estação Ferroviária de Tiúma é uma residência. As portas e janelas não são as originais, mas as molduras, as paredes externas e o telhado conservam as linhas da época da construção.
A vegetação na linha do trem demostra que raramente os veículos da Transnordestina, atual concessionária, transitam por ali.
Mercado Público e Estação Ferroviária de Tiúma
Da Estação voltamos pela mesma rua em direção à antiga Usina, mas antes, no cruzamento com a PE-005, nos deparamos com uma construção antiga que parecia um mercado, uma espécie de galeria comercial ou algo do gênero.
Para nossa surpresa a Usina Tiúma está muito bem preservada. Não tanto como se estivesse moendo, mas o pátio se encontra limpo, árvores podadas e a pintura não parece ter muito tempo.
Construção antiga e Usina Tiúma
Como praticamente todas as Usinas antigas, Tiúma possuía algumas linhas de trem, no entanto, não encontramos nas ruas próximas, trilhos ou composições no pátio.
A Usina antes de fechar já não utilizava mais os trens, como indica esse pequeno posto de abastecimento, provavelmente de diesel em frente ao belo e imponente armazém ao fundo da imagem abaixo.
Nas proximidades da Usina, está a Igreja de Santo Antônio com uma estátua do mesmo. Fica na esquina da Rua Tomás Jobson com a PE-005.
Usina Tiúma e Igreja de Santo Antônio
Seguimos pela rodovia PE-005, que passa a se chamar Avenida Doutor Francisco Corrêa, em direção ao centro de São Lourenço. O próximo objetivo era encontrar a Estação Ferroviária.
A Estação fica por trás do Mercado Público, na Rua Manoel Corrêa. Atualmente é moradia. Não possui mais o dístico nas suas paredes com seu nome, nem a coberta da plataforma, mas só o fato de ainda estar de pé, nos dá esperança de um dia ser restaurada e se tornar mais um ponto turístico do Município.
Nos arredores, há algumas construções antigas dentre outras mais recentes.
Estação Ferroviária de São Lourenço da Mata
Seguindo então para o centro administrativo e histórico, passamos pelo Cine Royal, entramos na Rua Dr. Belmínio Corrêa e chegamos à Praça Senador Carlos Wilson, onde pudemos ver algumas casinhas com fachada simples e antiga. Lá também se encontra a Câmara Municipal.
Cine Royal; Casario da Praça Carlos Wilson; e, Câmara Municipal
Além do Busto do Ex-Governador e Ex-Senador pernambucano, a praça tem uma rosa dos ventos no piso, bem no centro, e um coreto mais moderno e maior que os que costumamos encontrar nas pracinhas por aí.
Praça e Busto do Senador Carlos Wilson; Estátua de São Lourenço Mártir na BR-408
Chegamos, finalmente à Praça do Rosário, onde ficam a Igreja Matriz de São Lourenço, a Prefeitura, um palco para eventos, um Cruzeiro, um Cristo Redentor, uma Imagem de Nossa Senhora do Rosário e uma bela vista de parte da cidade e dos canaviais ao longe.
Igreja Matriz de São Lourenço e Praça do Rosário.
Ao redor da praça, casas com a fachada preservada, grandes palmeiras imperiais e o silêncio rompido apenas pelo pequeno trânsito de veículos no fim de semana dá um certo ar bucólico ao local.
Paço Municipal, N. Sra. do Rosário; e, Cristo Redentor
Ainda na Praça do Rosário, chamou atenção a vista do bem preservado Engenho Cangaça, coisa difícil de se imaginar em uma cidade da Região Metropolitana do Recife nos dias de hoje.
Engenho Cangaça
Voltamos à Avenida para registrar uma imagem do Mercado Público de São Lourenço, uma vez que, devido ao grande número de pessoas na volta anterior (era dia de feira!), não havia sido possível fotografar sequer a fachada do mercado. Dessa vez, pelo menos parte da fachada, conseguimos. Quem sabe em uma outra oportunidade possamos registrar o interior dessa construção histórica.
Mercado Público de São Lourenço da Mata
Seguindo a Avenida Dr. Belmínio Corrêa com destino a Camaragibe, encontramos o Mascote da Copa 2014 desfilando em carro aberto pelo centro da cidade.
Esperávamos registrar imagens da Usina Capibaribe, no entanto, para nossa decepção, toda a parte da frente foi tomada por uma horrível cobertura, já que agora é uma garagem de uma empresa de ônibus. Não vimos a chaminé, mas parte do prédio principal continua de pé.
Para não passar em branco, a imagem abaixo foi registrada pelo Google Street no final de 2011. Destaque para o prédio principal que ainda existe, o bueiro (chaminé) que não vimos mais, e os trilhos da linha de trem, rente ao acostamento da Avenida, que margeia o rio Capibaribe.
Usina Capibaribe em 2011 - Imagem do Google Street.
É fácil andar por São Lourenço, mas, como em todas as cidades que visitamos, recomendamos procurar um mapa e estudá-lo antes para facilitar o passeio. E, mesmo assim, nem o Google Maps ou o Street vai te dar a visão totalmente real do local. Ter cuidado é sempre importante, sobretudo nas cidades maiores ou nas cidades próximas a grandes centros.
Bandeira e Brasão de São Lourenço da Mata
Histórico do Município:

"São Lourenço da Mata pode ser considerada uma das cidades mais antigas do Brasil. Os registros históricos remetem a presença de índios Tupinambás que ocupavam terras ao longo dos Rios Capibaribe e Beberibe por volta do ano de 1554. Nesse mesmo período, os índios disputavam as terras que ocupavam com colonizadores portugueses, que se sobressaíram na luta contra os nativos e conseguiram se estabelecer na região para explorar o pau-brasil.
Há registros de que em 1540 foi construída na cidade a segunda Igreja mais antiga do país, a Igreja de Nossa Senhora da Luz. Erguida inicialmente como Capela, e apesar de ter sofrido algumas reformas ao longo desses anos, ela ainda conserva elementos arquitetônicos do século XVI que encantam os observadores e turistas. Mais adiante, em 1621 foi erguida a Capela que deu lugar a atual igreja matriz, que homenageia a São Lourenço, o padroeiro da cidade.
A ocupação inicial de São Lourenço da Mata esteve atrelada a extração do pau-brasil. No final do século XVI, começaram a surgir os primeiros engenhos de cana-de-açúcar, que tornaram-se a principal fonte de renda do local durante muitos anos. Durante o período da invasão holandesa em Pernambuco (1630-1654), o município também foi palco de disputas.
Por volta de 1635, os portugueses que ocupavam a região conseguiram expulsar os holandeses que espreitavam o cultivo da cana-de-açúcar. Até 1775, São Lourenço era apenas um distrito subordinado aos municípios de Recife e Paudalho. A denominação São Lourenço da Mata surgiu em 1884, quando o distrito foi elevado à categoria de vila. O município só passou a ser instalado a partir do dia 10 de janeiro de 1890. Conhecida nos últimos anos como a “Capital Nacional do Pau-Brasil”- título conferido pela Fundação Nacional do Pau-Brasil -, a cidade recebe o título por possuir a maior reserva nativa da planta uma área de 776 hectares, que abriga milhares de pés de pau-brasil."
Fonte: Prefeitura de São Lourenço da Mata (http://www.slm.pe.gov.br/)

sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Olinda

Olinda foi a primeira capital de Pernambuco e praticamente não tem divisa com o Recife, sua irmã mais nova. É mundialmente conhecida pelo seu Carnaval e muito visitada durante todo o ano por turistas de todo o mundo.
Como há várias maneiras de se chegar aos monumentos do Sítio Histórico de Olinda, deixamos de colocar uma ordem lógica nas fotos que se seguem. Olinda é linda de todos os ângulos e a partir de todas as direções.
Começamos pela Igreja mais conhecida da cidade, a Catedral de São Salvador do Mundo ou Catedral da Sé, que foi construída em 1537 e passou por várias reformas, voltando ao estilo próximo do original em 1976.
Catedral da Sé
Também na Sé, está a Igreja da Misericórdia, construída no Século 17, no mesmo lugar onde a Igreja anterior foi destruída e incendiada pelos Holandeses, anos antes. Como a anterior possuía um Hospital junto, que atualmente é um grande colégio.
Igreja da Misericórdia
No ponto mais alto de Olinda está a Igreja de Nossa Senhora da Graça e o Seminário de Olinda. É um dos templos mais simples por dentro, e reza a lenda que há um túnel que vai de uma das laterais do altar até o mar, por onde teriam fugido várias pessoas durante o Regime Militar no século XX.
A vista da cidade, a partir da área externa do seminário é uma das mais lindas do Sítio Histórico.
Igreja de Nossa Senhora da Graça e Seminário de Olinda.
Próximo ao Seminário, se encontra o conjunto formado pela Igreja de Nossa Senhora das Neves e Convento de São Francisco. Na frente do convento há um grande cruzeiro feito de pedras dos arrecifes e uma pequena ruína. Dentro do conjunto ainda se encontram as Capelas de São Roque e de Santana.
No Largo da Misericórdia, encontram-se a Igreja e Convento de Nossa Senhora da Conceição. A localização recuada da Rua Bispo Coutinho, que liga as Igrejas da Sé e da Misericórdia, faz esses monumentos muitas vezes passarem despercebidos pelos visitantes mais desatentos. Mas para quem chega perto, observa a pequena Igreja com um minúsculo, porém belo jardim que faz a ligação externa entre aquela e o convento.
Conjunto Convento de São Francisco e Igreja de Nossa Senhora das Neves; e, Igreja e Convento de Nossa Senhora da Conceição.
Na Beira-Mar da Praia do Carmo, passamos pelo Fortim de São Francisco, mais conhecido como Fortim do Queijo. A pequena fortificação possui dois canhões, embora tenha suporte para três. Fotos antigas mostram o antigo Farol de Olinda que ficava junto à muralha do forte.
Atualmente, a praia limita-se a uma pequena faixa de areia próximo ao prédio dos Correios. Um calçadão, protegido do avanço do mar por uma contenção de pedras, substituiu o antigo trecho da avenida que passava em frente ao forte e que já havia substituído a praia no local.
A Avenida Beira-Mar serve como entrada para outras regiões da cidade, enquanto a Rua do Sol, que já possuiu uma linha de bondes que vinha do Recife, serve de saída dos demais bairros da cidade, e lá, além de um belo conjunto de casas em estilo colonial e algumas pousadas, também há uma pequena Igreja em homenagem a São José dos Pescadores, também chamada de São José do Ribamar.
Fortim de São Francisco de Olinda e Igreja de São José dos Pescadores ou Ribamar.
A Igreja de Santa Cruz dos Milagres é uma das mais recentes de Olinda. Datada de 1862, a construção simples seu deu a partir da descoberta, por um Boi, de um manancial de água no local durante uma seca.
A pequena faixa de areia ao lado da Igreja, leva o nome de Praia dos Milagres. Uma parte da beira-mar no trecho é composto de pedras para contenção do avanço do mar.
Ao sul da Praia dos Milagres, encontra-se a Praia Del Chifre, pouco frequentada por falta de segurança e risco de ataques de tubarões. Nessa praia, no limite com o Recife, encontram-se os restos do Forte Madame Bruyne, mais conhecido como Forte do Buraco, destruído pela Marinha para construção de uma base Naval, após  o "destombamento" do mesmo. Aqui cabe uma observação: As poucas informações que conseguimos até o momento nos dão consta de que, embora o Forte do Buraco se encontre quase que totalmente destruído, não pode ser considerado ruína, pois sua destruição se deu para fins de demolição e não pelo tempo.
Igreja de Santa Cruz dos Milagres; Praia dos Milagres e Praia Del Chifre.
A Igreja de Nossa Senhora do Monte é a mais antiga de Olinda. Foi construída a mando do Donatário Duarte Coelho em 1535, e, conserva até hoje o estilo Seiscentista de origem. Talvez em razão de ser localizada em um monte, distante do centro da vila, tenha sido poupada de ser incendiada pelos Holandeses, como as demais. Embora possua uma pracinha com um parque infantil nos seus arredores, achamos um pouco inseguro o local, razão pela qual recomendamos visitá-la de carro e, nos horários abertos à visitação.
No caminho do Bairro do Bonsucesso ao Bairro do Amparo, passamos pela sede do Homem da Meia-Noite, bloco do mais famoso Boneco de Olinda.
Também podemos contemplar a bela Igreja do Rosário dos Homens Pretos, que fica bem vistosa em cima de uma pequena colina.
Igreja de Nossa Senhora do Monte; Sede do Homem da Meia-Noite; e, Igreja do Rosário dos Homens Pretos. 
Outro templo que escapou de ser incendiada pelos Holandeses foi a Igreja de São João dos Miliares. Seu estilo colonial é bem simples e chega a lembrar a Catedral da Sé. Não tem horários de visitação nem de missas. Soubemos que um senhor de uma das casas vizinhas é o zelador da Igreja.
Entre a Igreja de São João dos Militares e a Igreja do Amparo, fica a sede do Clube Carnavalesco Vassourinhas de Olinda.
No Bairro de Guadalupe, fica a Igreja de Nossa Senhora de Guadalupe, padroeira da América do Sul e do México. A invocação à Santa Espanhola provavelmente se deve ao fato de que na época de sua construção, Portugal estava sob domínio da Espanha.
Igreja de São João Batista dos Militares; Clube Vassourinhas de Olinda; e, Igreja de Nossa Senhora de Guadalupe.
Na Imagem abaixo, a vista de Olinda e Recife do Largo da Misericórdia, na Sé, a Igreja de Nossa Senhora do Amparo, uma das que foram incendiadas pelos Holandeses e a Rua do Amparo.
Vista do Lago da Misericórdia; Igreja de N. Sra. do Amparo; e, Rua do Amparo.
Em Olinda encontramos pequenas Capelas, denominadas de Passos em razão de representarem os passos de Jesus no calvário. Dentro delas, há um pequeno altar onde são colocadas imagens do Senhor dos Passos. o Passo da Sé, do século 19, é o primeiro do roteiro da Procissão dos Passos. Fica em frente ao Observatório.
Com um restaurante no pavimento superior e ma loja de artesanato no térreo, o Sítio das Artes de Olinda (Casarão rosa escuro da foto abaixo) é um dos locais mais visitados na Sé.
O observatório de Olinda que também fica no Alto da Sé foi criado pelo então governador da capitania de Pernambuco, Duarte Coelho. Nele, foi descoberto o cometa que ficou conhecido como cometa Olinda, primeiro a ser descoberto na América Latina, e o único no Brasil. Atualmente abre para visitação e observação.
O MASPE, Museu de Arte Sacra de Pernambuco, também fica na Sé. É uma das mais antigas construções da cidade, então vila, inicialmente servindo como Casa de Câmara, fundada por Duarte Coelho em 1937 e Palácio Episcopal para seu primeiro Bispo, em 1676, quando Olinda foi elevada ao status de cidade.
Passo da Sé; Sítio das Artes; Observatório de Olinda; Museu
A Igreja de São Pedro fica no largo conhecido como “Praça de São Pedro” é um dos mais conhecidos e animados pontos do carnaval de Olinda. No seu entorno, casarões, sobrado mourisco, galerias de arte, bares e restaurantes. A Igreja é uma das mais recentes construídas, por volta da segunda metade do século 18. Também possui uma das fachadas mais simples, bem como seu interior.
O Chalé da Praça de São Pedro é um famoso casarão onde se afirma que morou o Conde Maurício de Nassau.
O MAC-PE, Museu de Arte Contemporânea de Olinda, está instalado em um prédio tombado pelo Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), por ter sido a antiga Casa de Câmara e Cadeia Pública do Município de Olinda. O prédio, datado de 1765, foi projetado para ser o Aljube da Diocese, sendo durante todo o período da Inquisição a única prisão eclesiástica que se tem notícia na história do Brasil. Nele, um cárcere de foro eclesiástico era utilizado para o recolhimento de pessoas acusadas de delitos contra a religião católica romana. Atualmente possui obras de grandes nomes como Portinari, Cícero Dias, Eliseu Visconti, Djanira, Telles Junior, Wellington Virgolino, Di Cavalcanti, João Câmara, Guinard, Adolph Gottielib, Burle Max, Francisco Brennand, entre outros.
Igreja de São Pedro Apóstolo; Chalé; Museu; Passo
As Ruínas em frente do Mercado da Ribeira são do imponente Prédio do Senado da Câmara de Olinda, anterior a 1693. No local, foi dado o primeiro grito em favor da República no Brasil, em 1710, por Bernardo Vieira de Melo.
O Mercado da Ribeira tem sua construção datada entre o final do século XVII e início do século XVIII. Já foi um mercado propriamente dito, na época em que a cidade se resumia no atual Sítio Histórico. Atualmente em suas lojas encontram-se os mais diversos artesanatos. No pátio, acontecem em várias épocas do ano, apresentações artísticas.
Ruínas do Senado de Olinda; Casario; Mercado da Ribeira.
Construído em 1773, o Passo da Ribeira representa o Senhor carregando a Cruz. No local está a imagem de Nosso Senhor do Bom Jesus dos Passos, de procedência portuguesa, do século XVIII. Fica próximo ao Mercado da Ribeira.
Passo da Ribeira; Casario da Rua de São Bento 
A Prefeitura de Olinda fica localizada na Rua de São Bento. O prédio foi construído no século XVII, e foi o antigo Paço dos Governadores Gerais do Brasil, de onde o País foi 3 vezes governado. Mantém até hoje, o estilo neoclássico na fachada. Praticamente todos os blocos do carnaval da cidade passam pela Prefeitura dos dias de Momo.
Descendo no sentido do Varadouro, passamos pela Câmara Municipal e pela Igreja de São Sebastião, de 1686, chegando ao Mercado Eufrásio Barbosa.
Prefeitura de Olinda; Igreja de N. Sra. do Bom Parto; e, Câmara Municipal.
Sem dúvida um dos mais belos templos católicos de Pernambuco é o Mosteiro de São Bento. Fica localizado imponente em um largo no final da rua de São Bento e tem um dos mais belos altares no Brasil. O altar, inclusive, já foi desmontado e exposto no Museu Gurggeheim em Nova Iorque.
Mosteiro de São Bento
Construída no século XVII, a Igreja de Nossa Senhora do Desterro é votiva, erguida depois da vitória alcançada na Batalha dos Montes das Tabocas, em 1645, contra os holandeses, pelo mestre-de-campo, general João Fernandes Vieira. Com a chegada das Carmelitas Descalças para Pernambuco, foi iniciada a construção do Convento de Santa Tereza, cujo nome se estende, posteriormente, à Igreja.

A Igreja de Nossa Senhora do Desterro possui um belo conjunto arquitetônico com estilo barroco. Na sua fachada, encontramos um singular nicho em pedra com a imagem de Santa Tereza de Jesus e um frontispício colonial com uma torre simples. Os altares ostentam requintadas talhas douradas, com preciosas imagens de santeiros pernambucanos, dos séculos XVI e XVII.
Por trás do terreno da Igreja de N. Sra. do Desterro há uma praça, com uma Academia da Cidade, e um conjunto de casas do final do século XIX e início do século XX, além de uma Igreja com um prédio em anexo. Não temos muitas informações acerca dessa construção até o momento.

Igreja na rua Duarte Coelho; Praça do Jacaré; Igreja de N. Sra. do Desterro e Convento de Santa Tereza
A Igreja do Bom Jesus do Bonfim foi construída no século XVIII, no ano de 1758, por um morador no local onde, anteriormente, havia um nicho dedicado ao Senhor Bom Jesus do Bonfim. Foi reedificada em 1801 e 1919. Apresenta como destaque, no seu interior, inúmeras imagens sacras e o altar-mor. É uma das Igrejas do Brasil a possuir uma imagem do Bom Jesus do Bonfim.
Em um dos caminhos para o Seminário de Olinda, passamos por uma ruína, provavelmente parte de algum casarão que possuía uma linda vista para o mar.
No Carmo existe o prédio da antiga estação do Bonde que vinha do Recife. Atualmente é um famosa Bar chamado de Estação Maxambomba, que era como eram chamados um determinado modelo de bondes adotados no Recife e em Olinda.
Igreja do Bom Jesus do Bonfim; ruína; Estação Maxambomba; Casario no Carmo.
A Praia de Rio Doce já foi uma das mais belas de Pernambuco, contam os mais antigos. Antes do avanço do mar, a faixa de areia fofa se estendia por vários metros. Atualmente fica boa para banho e pratica de esportes na maré baixa. Ainda conserva um pouco de sua beleza.
De frente para o mar de Rio Doce, está a Capela de Sant'Anna, construída em estilo colonial, foi fundada em 1782.
Capela de Sant'Anna do Rio Doce; e, Praia do Rio Doce.
A Praia de Casa Caiada é a segunda mais frequentada do município. Em razão dos arrecifes artificiais, chamados de diques, a praia acaba sendo tranquila e se estende por cerca de 4 quilômetros. Consta com diversos prédios de alto padrão na orla, o calçadão costuma ficar repleto de pessoas andando ao entardecer. Essa praia conta com uma boa faixa de areia dourada e grossa, o mar é calmo, de águas transparentes, propício para o banho e prática de esportes náuticos, como caiaque e jet ski. É uma boa opção para um agradável dia na praia, seja com a família ou com os amigos. Com boa infraestrutura, não faltam pousadas, hotéis, bares e restaurantes próximos.
Praia de Casa Caiada.
Site da Prefeitura de Olinda: http://www.olinda.pe.gov.br/guia-turistico/monumentos

Histórico de Olinda:

É uma das mais bem preservadas cidades coloniais do Brasil. Foi a segunda cidade brasileira a ser declarada Patrimônio Histórico e Cultural da Humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura, em 1982, após Ouro Preto-MG.
Um mito popular diz que o nome "Olinda" teria a sua origem numa suposta exclamação do fidalgo português Duarte Coelho, primeiro donatário da Capitania de Pernambuco – "Oh, linda situação para se construir uma vila!".
Por volta do ano 1000, os índios tapuias que habitavam a região foram expulsos para o interior do continente pela chegada de povos tupis procedentes da Amazônia. No século XVI, quando chegaram os primeiros europeus à região, a mesma era ocupada pela tribo tupi dos caetés . Localizada no atual estado de Pernambuco, é uma das mais antigas cidades brasileiras, tendo sido fundada (ainda como um povoado) em 1535 pelo primeiro donatário da Capitania de Pernambuco, o português Duarte Coelho. Duarte fez tudo pelo desenvolvimento da terra: fundou o primeiro engenho de açúcar, desenvolveu a agricultura e estabeleceu um livro de tombo.
O povoado foi elevado a vila em 12 de março de 1537. Duarte Coelho ordenou a construção de um edifício destinado ao funcionamento da Câmara do Senado de Olinda, prédio este doado, em 1676, ao primeiro bispo de Olinda, dom Estevam Brioso de Oliveira, que o converteu em um palácio episcopal, até hoje bem conservado. Olinda era sede da capitania de Pernambuco, mas foi incendiada pelos holandeses devido à sua localização. Segundo a concepção holandesa de fortificação, Olinda detinha um perfil de difícil defesa. Diante disso, a sede foi transferida para o Recife.
Em 1630, Olinda foi tomada pelos holandeses, que a incendiaram no ano seguinte; em 1654 os portugueses retomaram o poder e expulsaram os holandeses. Olinda voltou a ser capital de Pernambuco, muito embora os governadores residissem em Recife. Por volta de 1800, com a fundação do Seminário Diocesano e, em 1828, do Curso Jurídico, transformou-se num burgo de estudantes. Deixou de ser a Capital da Província em 1837, perdendo o título de capital para o Recife.
Sob certos aspectos, Olinda rivalizava com a metrópole portuguesa. Seus velhos sobrados tinham dobradiças de bronze, enquanto as igrejas, principalmente a Sé, ostentavam, em suas portas principais, dobradiças de prata e chaves fundidas em ouro.
Foi no Senado da Câmara de Olinda que, a 10 de novembro de 1710, o sargento-mor Bernardo Vieira de Melo deu o primeiro grito em prol da independência nacional.
Os primeiros cursos jurídicos do Brasil, criados pelo Decreto Imperial de 11 de agosto de 1827, foram inaugurados solenemente no Mosteiro de São Bento, a 15 de maio de 1828. Antes de sua transferência para Recife, os cursos jurídicos funcionaram no prédio em que atualmente se encontra a prefeitura.
Fonte: Wikipédia