Igarassu fica a cerca de 30 km do Recife. Cerca de 40 minutos em media é o tempo de carro particular para a cidade, após atravessar o tráfego intenso da PE-015 e da BR-101.
A primeira imagem que o visitante encontra, ao chegar ao Centro Histórico, é exatamente esse cartão postal, abaixo. É a vista de quem chega pela Avenida Marechal Hermes.
Em nossa passagem por Igarassu, o Centro Histórico se encontrava muito limpo e bem conservado, como deveria ser em qualquer cidade.
Colina onde se encontram a Casa de Câmara, Igreja e Convento do Sagrado Coração de Jesus, Igreja dos Santos Cosme e Damião, Sobrado do Imperador e Museu Histórico de Igarassu. |
Chegamos ao Convento do Sagrado Coração e à Igreja de Cosme e Damião, subindo pela Rua Barbosa Lima, onde também se encontra o Museu Histórico, o Sobrado do Imperador, o acesso à Câmara e as Ruínas de duas Igrejas.
Na frente da Câmara Municipal, se encontra uma réplica do marco divisório das capitanias de Pernambuco e Itamaracá. Outra réplica se encontra no local da divisa, conhecido como Sitio dos Marcos e o Marco Original se encontra em um Museu do Recife.
-> Sobre o Convento do Sagrado Coração de Jesus:
Na frente da Câmara Municipal, se encontra uma réplica do marco divisório das capitanias de Pernambuco e Itamaracá. Outra réplica se encontra no local da divisa, conhecido como Sitio dos Marcos e o Marco Original se encontra em um Museu do Recife.
-> Sobre o Convento do Sagrado Coração de Jesus:
Foi
construído em 1742 pelos padres Miguel Rodrigues Sepúlvida e
Gabriel Malagrida. Em 1758 teve sua capela inaugurada solenemente,
sendo consagrada a Nossa Senhora da Conceição. Este convento é a
casa mãe da ordem religiosa das irmãs do Sagrado Coração de Jesus
no Brasil. Estilo: Barroco.
-> Sobre a Igreja
dos Santos Cosme e Damião:
A
mais antiga Igreja do Brasil, foi erguida por ordem do Capitão
Afonso Gonçalves, a partir de setembro de 1535. Entre 1595/97 foi
restaurada por ordem real. No século XVIII, por determinação do
rei D. José I, foi novamente restaurada. Hoje mantém suas
características primitivas. Estilo: Maneirista.
-> Sobre a Casa
de Câmara e Cadeia:
A
atual casa de Câmara e Cadeia, que não é a primitiva, pois essa
foi destruída pelos holandeses, foi construída no terceiro quartel
do século XVIII. Neste prédio funcionavam os poderes Executivo,
Legislativo e Judiciário, inclusive com sistema carcerário.
-> Sobre o Museu
Histórico de Igarassu:
Fundado
em 24 de janeiro de 1954, o Museu ocupa três casas do século XIX.
Reúne valioso acervo e conta com 263 peças em exposição,
auditório, Dep. de Pesquisa Histórica. Destaque para exposição
sacra, numismática e armas.
Câmara Municipal (1º andar), antiga Cadeia (térreo) e Réplica do Marco Divisório das Capitanias de Pernambuco e Itamaracá. |
As Ruinas das Igrejas da Misericórdia e do Rosário dos Homens Pretos (abaixo) estão em situação precária. Enquanto a da Misericórdia ameaça ruir de vez, por estar sendo atravessada por raízes a do Rosário fica dentro de duas propriedades privadas, fazendo parte do muro de duas residencias, nada lembrando ter feito parte de uma Igreja.
A Igreja da Misericórdia fica na esquina da rua Barbosa Lima com a rua Tiradentes e a Igreja do Rosário fica na Rua Barbosa Lima, após o cruzamento com a rua da Saudade.
A Igreja da Misericórdia fica na esquina da rua Barbosa Lima com a rua Tiradentes e a Igreja do Rosário fica na Rua Barbosa Lima, após o cruzamento com a rua da Saudade.
Ruinas das Igrejas da Misericórdia (cima) e do Rosário dos Homens Pretos. |
Convento de Santo Antonio (onde se encontra o Museu Pinacoteca) e seu Cruzeiro. |
Teve
sua construção iniciada em junho de 1588 e foi o terceiro convento
que os franciscanos ergueram no Brasil. No século XVII foi
transformado em Escola de Noviciado, motivo que levou a ampliação
do convento, só concluída em meados do século XVIII. Em 1848,
durante a Revolução Praieira, serviu de quartel general para as
tropas revolucionárias sob o comando do Cel. Manoel Pereira de
Morais - Senhor do Engenho Inhamã. Destaque para azuleijaria
existente na nave da igreja e sacristia. Estilo: Barroco.
-> Sobre o Museu
Pinacoteca:
Instalado
no Convento Santo Antônio, o Museu foi inaugurado em agosto de 1957
e reúne 24 quadros/ painéis dos séculos XVII e XVIII. São
destaques os quatros painéis votivos que pertencem a Igreja dos
Santos Cosme e Damião. É considerado como um dos mais importantes
da América Latina.
Muitos casarões se transformaram em sedes de Órgãos municipais e museus. Infelizmente, não encontramos nenhum aberto no dia da nossa visita. Era um Sábado às 8:00hs da manhã.
Museu Histórico de Igarassu. |
Seguindo o sentido Itapissuma e Itamaracá, pela Av. Marechal Hermes, que vira Rua Dantas Barreto entre o Convento de Santo Antônio e a pracinha da Prefeitura e da Capela de N. Sra. do Livramento, passamos por várias casas que são atualmente lojas e escritórios. Todas com as fachadas preservadas e as placas padronizadas. A prefeitura e a Capela de Nossa Senhora do Livramento ficam lado a lado (fotos abaixo).
Em cima: Prefeitura Municipal, Capela de Nossa Senhora do Livramento, Casario. Embaixo, Casario e Capela de São Sebastião. |
Continuando no mesmo sentido, a Rua Dantas Barreto passa a se chamar Rua Dr. Elísio, até uma simpática pontezinha, a partir da qual passa a ter o nome de Rua de São Sebastião, onde encontramos a Capela de mesmo nome (foto acima).
-> Sobre a Capela
de Nossa Senhora do Livramento:
Foi
construída em 1774 e em chão pertencente ao Conselho Municipal. Em
novembro de 1782, estavam concluídas as obras e a Irmandade
devidamente constituída, sendo seu juiz o Sr. Joaquim Rodrigues da
Costa Queimado. Em julho de 1958, devido ao rigoroso inverno, seu
teto desabou. Foi restaurada em 1972 e 1984. Estilo: Barroco.
-> Sobre a Capela
de São Sebastião:
Construída
em 1735 e, provavelmente, em comemoração aos duzentos anos de
fundação de Igarassu. Suas características se assemelham a da
primitiva Capela dos Santos Cosme e Damião. Em setembro de 1878,
está em reforma. Pertence ao Conselho Municipal (Câmara de
Vereadores). Estilo: Maneirista com influência Barroca.
Não seguimos para Itapissuma nesse dia. Preferimos voltar e encontrar a Igreja de Nossa Senhora da Boa Viagem, mais a diante da BR-101.
Igreja da Nossa Senhora da Boa Viagem, localizada no antigo Povoado de Pasmado, entre as atuais BR-101 Norte e PE-041. |
Sempre que passávamos entre Igarassu e Goiana, uma Igreja isolada no canavial chamava nossa atenção. Ela fica na margem Oeste da BR-101, no sentido Goiana-Igarassu, na entrada da PE-041 que da acesso a Usina São José e a Araçoiaba.
Para chegar até ela, deve-se entrar na PE-041 e alguns metros depois, no caminho de terra, apos a placa indicativa do Engenho Pasmado, chegamos na Igreja.
Durante esse relato, soube que o local era um povoado, e não um Engenho de Cana, como sugere a placa da Usina. No entanto, alem da Igreja, nada no local lembra oi indica já ter havido praças e sobrados de um povoado.
A Igreja está sem as portas e janela, e sem nada dentro, mas aparentemente sua estrutura esta robusta.
-> Sobre a Freguesia de Pasmado:
"O
povoado de Pasmado teria surgido no início do século XVIII e,
provavelmente a sua mais antiga referência seja encontrada na
Nobiliarquia Pernambucana de Antônio José Vitoriano Borges da
Fonseca de 1748, onde se lê sobre um João César Falcão que
“morava no Pasmado, onde morreu, há poucos anos em idade muito
avultada”. Pereira da Costa, sem nenhuma indicação confiável,
diz ter Pasmado se originado de uma aldeia indígena. O certo é que
o povoado se encontrava à margem da estrada que demandava à então
vila de Goiana. Em 1810, foi visitado por Henry Koster que a
descreveu como tendo uma forma quadrada com uma grande praça onde se
destacava a igreja de Nossa Senhora da Boa Viagem. O viajante inglês
também salientou a principal atividade produtiva do lugar: a
produção de excelentes facas de ponta, conhecidas como “pasmados”,
tal a fama e qualidade das peças. Em seu romance O matuto, Franklin
Távora compara Pasmado a uma filial dos domínios de Vulcano tal a
quantidade de forjas que havia no local. Exageros à parte, a verdade
é que as facas, extremamente famosas outrora, parecem ter
desaparecido por completo nos dias de hoje, tal qual o lugar que lhes
deu origem.
Ao
longo do século XIX, as fontes disponíveis: Pereira da Costa, Costa
Honorato e Fernandes da Gama dão conta dos altos e baixos do povoado
até sua ruína final. É sabido que, em 1817 foi visitada pelo
governador Luís do Rego que prometeu elevar Pasmado a freguesia, o
que efetivamente o fez. Em 1821 passou a ter uma força policial e,
em 1822 uma escola pública de instrução primária. Chegou a ter
escolas particulares, feira de gado, sobrados e amplo comércio de
facas, brides, fechaduras e tesouras. Sua decadência, no entanto,
começaria a partir de 1837 com a extinção da freguesia e a divisão
do seu território entre Igarassu, Goiana, Tejucupapo e Tracunhaém.
Em 1846 a paróquia foi restaurada com sede em São Gonçalo de
Itapissuma, até que foi definitivamente extinta em 1849. Pereira da
Costa aponta “desavenças e intrigas com o dono das terras, o
senhor do engenho Caga Fogo”, cujo nome não cita, como causas da
“supressão da freguesia do Pasmado, seu abandono e decadência”.
O povoado ainda é citado por Costa Honorato em 1863; aparece no tal mapa de 1876, talvez sua única referência cartográfica e no Dicionário Corográfico de Vasconcelos Galvão em 1910. Pasmado desapareceu por completo nos primeiros anos do século XX, restando de pé apenas a capela de Nossa Senhora da Boa Viagem (hoje, monumento estadual tombado pela FUNDARPE), que por falta de uso, abandonada entre a estrada e o canavial, parece estar condenada ao mesmo fim do povoado."
(Fonte: http://andrelemoine.blogspot.com.br/2010/11/pasmado-um-povoado-esquecido.html).
O povoado ainda é citado por Costa Honorato em 1863; aparece no tal mapa de 1876, talvez sua única referência cartográfica e no Dicionário Corográfico de Vasconcelos Galvão em 1910. Pasmado desapareceu por completo nos primeiros anos do século XX, restando de pé apenas a capela de Nossa Senhora da Boa Viagem (hoje, monumento estadual tombado pela FUNDARPE), que por falta de uso, abandonada entre a estrada e o canavial, parece estar condenada ao mesmo fim do povoado."
(Fonte: http://andrelemoine.blogspot.com.br/2010/11/pasmado-um-povoado-esquecido.html).
Da Igreja de Nossa Senhora da Boa Viagem, voltamos à BR-101, sentido Recife, até chegarmos ao Distrito de Cruz de Rebouças, onde, seguindo as placas até a Estrada do Monjope.
Até o final dos anos 80, a área do engenho era utilizada para Camping, e fotos da época mostram que tudo ao redor estava limpo e bem conservado, diferentemente do que encontramos em nossa visita.
O Engenho Monjope deveria estar restaurado, contudo, embora tenha uma placa da FUNDARPE na frente e alguma coisa já tenha sido feita no Casarão e na Capela, como a aparentemente troca do telhado, o levantamento de paredes no primeiro andar do Casarão e a troca do piso superior, tudo se encontra parado há algum tempo. Árvores cresceram na frente da casa impedindo sua visão de longe e o mato tomou conta de tudo.
A fábrica e as senzalas continuam de pé, sendo esta última o que parece ser mais conservado na área.
Mas, mesmo assim, entrar na Casa e na Capela é algo mágico, se posso dizer assim. Ver os cômodos, as paredes grossas e imaginar como aquele lugar ostentava riqueza em sua época áurea vale o passeio.
Casarão do Engenho Monjope. |
Dá pra perceber nas fotos acima que o telhado foi restaurado e o piso superior teve sua estrutura substituída, mas não foi reposto. As portas e janelas do casarão fora todos retirados para serem substituídos, mas sabe lá onde estarão hoje.
Existem alguns vãos curiosos entre algumas paredes, como se fossem armários ou esconderijos.
Casarão e Capela. |
A natureza tem uma capacidade incrível de tomar conta de onde o homem não anda. Toda a vegetação na área do Engenho é um exemplo disso. Onde antes havia um gramado e caminhos com jardins, agora há uma mata que, em poucos anos pode destruir todo esse patrimônio de Pernambuco.
Obviamente nada contra a natureza. Ela apenas busca retomar o que o homem a tirou, contudo, tudo pode viver em harmonia. As árvores que cresceram e rodeiam esses monumentos podem ser responsáveis por sua ruína, em breve.
Capela do Engenho Monjope. |
-> Sobre o Sítio
dos Marcos:
Local
em que delimitava-se as Capitanias de Pernambuco e Itamaraçá e,
onde em 1516, Cristovão Jacques ergueu a Feitoria de
Pernambuco. Neste Sítio, em 09 de março de 1535, Duarte
Coelho desembarcou para tomar posse de sua Capitania.
-> Engenhos da PE-041:
Continuando pela PE-041, após a Igreja de N. Sra. da Boa Viagem, encontramos uma grandiosa Igreja em ruínas. Mais tarde soubemos tratar-se da Capela do antigo Engenho Araripe do Meio, ou apenas do Meio.
Alguns minutos mais tarde, encontramos um belo lago, com uma floresta cobrindo toda a sua margem, a exceção da beira da estrada, onde há uma calçada que permite parar alguns instantes e contemplar a maravilha do lugar.
Essa lagoa, fica nas terras do antigo Engenho Araripe. Desse Engenho, só encontramos esse Relógio Solar, da foto abaixo, que provavelmente ficava próximo ao local da Casa-Grande.
Continuando no sentido de Araçoiaba, passamos, ainda, pelo Engenho Piedade, onde registramos imagens da sua Capela que se encontra muito bem conservada.
-> Engenhos da PE-041:
Continuando pela PE-041, após a Igreja de N. Sra. da Boa Viagem, encontramos uma grandiosa Igreja em ruínas. Mais tarde soubemos tratar-se da Capela do antigo Engenho Araripe do Meio, ou apenas do Meio.
Alguns minutos mais tarde, encontramos um belo lago, com uma floresta cobrindo toda a sua margem, a exceção da beira da estrada, onde há uma calçada que permite parar alguns instantes e contemplar a maravilha do lugar.
Essa lagoa, fica nas terras do antigo Engenho Araripe. Desse Engenho, só encontramos esse Relógio Solar, da foto abaixo, que provavelmente ficava próximo ao local da Casa-Grande.
Continuando no sentido de Araçoiaba, passamos, ainda, pelo Engenho Piedade, onde registramos imagens da sua Capela que se encontra muito bem conservada.
Relógio solar do Engenho Araripe; Ruínas da Capela do Engenho do Meio; Mata Preservada na rodovia; e, Capela do Engenho Piedade. |
Lagoa do Engenho Araripe. |
-> Histórico de
Igarassu*:
As
primeiras evidências da presença de portugueses no atual território
de Igarassu (região do Sítio dos Marcos) datam de, aproximadamente
1512.
As
tribos encontradas no território de Igarassu, identificado como
“zona de transição” compreendiam, entre outros, os Caetés e os
Tabajaras; vivendo principalmente da cultura da mandioca, da coleta
de frutas, da pesca e da caça. A cerâmica, pouco desenvolvida,
limitava-se a peças utilitárias e urnas funerárias, que sofreram
um processo de deterioração em sua técnica à medida que aumentava
o contato com o colonizador português.
Em
1516, inicia-se a ocupação sazonal das terras Igarassuenses quando
Cristóvão Jacques funda uma feitoria no local atualmente conhecido
como Sítio dos Marcos. Levantou-se um reduto de madeira para dar
apoio à extração de pau-brasil. Os portugueses logo entraram em
contato com os indígenas da região que, segundo pesquisas
realizadas no local, não ocupavam a área próxima à feitoria. Dez
anos mais tarde, o mesmo Cristovão Jaques, agora como governador do
Brasil, ocupa a feitoria, iniciando a perseguição aos piratas, que
infestavam o nosso litoral. Esta feitoria foi atacada por piratas
franceses da nau La Pellerine, que posteriormente,
construíram uma fortificação, provavelmente no local onde hoje se
encontra a Igreja de Nossa Sra. da Conceição de Vila Velha.
Com
a decisão de colonizar a terra já descoberta há trinta anos, o rei
Dom João III passou em 10 de março de 1534 a Carta de Doação da
Capitania de Pernambuco ao fidalgo Duarte Coelho Pereira, na cidade
de Évora, tendo sido lavrada a Carta Foral da Capitania de
Pernambuco aos 24 de setembro do mesmo ano.
Aos
9 de março de 1535, Duarte Coelho, acompanhado pelo Capitão Afonso
Gonçalves, desembarca no Porto de Pernambuco, assentando, pouco
tempo depois, o marco divisório das Capitanias de Pernambuco e
Itamaracá (atualmente, no Museu do Instituto Arqueológico). Neste
mesmo ano, em 27 de setembro, dia dos Santos Cosme e Damião, o
Capitão Afonso Gonçalves funda a povoação dos Santos Cosme e
Damião, erigindo uma capela sob a invocação dos Santos gêmeos,
cuja devoção foi trazida da Freguesia de Arcos de Valdevez, na
Arquidiocese de Viana do Castelo, local de origem do fundador.
Em
1548, numa carta datada de 10 de
maio, Afonso Gonçalves informa ao rei
Dom
João III sobre a povoação e a igreja fundada por ele, sendo esta
uma das poucas provas documentais do núcleo que deu origem a cidade.
Ainda neste período é estabelecido um engenho de açúcar que na
década de cinquenta, daquela centúria, foi atacado e destruído
pelos índios
Ainda
no século XVI, foram erguidas as igrejas da Misericórdia, Santa
Cruz e o Convento de Santo Antônio (1588), o terceiro do Brasil e
segundo de Pernambuco. Em 1594 foi criada a Freguesia dos Santos
Cosme e Damião, tendo como pároco o Pe. Miguel Alfar. No
ano seguinte (1595), tem-se a notícia de que a igreja estava em
ruínas.
Nesse
meio tempo, a vila ia-se desenvolvendo a partir do outeiro onde
estava erguida a matriz dos Santos Cosme e Damião em direção ao
rio São Domingos e às demais igrejas.
Durante
o século XVII, a vila se desenvolve de maneira lenta, apresentando
uma evolução bem mais tímida que Olinda e Recife. Gabriel Soares
de Souza e Diogo de Campos Moreno descrevem Igarassu como uma vila
pequena e de população pobre e reduzida. No momento da ocupação
holandesa, a vila era a segunda mais importante da Capitania, e
muitos dos ricos moradores de Olinda, fugindo dos invasores, para cá
se mudaram.
Em
1632, no dia 1º de maio, Igarassu foi invadida e saqueada pelos
holandeses liderados por Diederick van Werdenburch. A vila foi
atacada novamente em 25 de abril de 1634 e, em 1646, João Fernandes
Vieira ordena a construção de um fortim no Sítio dos Marcos,
atacado pelos flamengos em 21 de junho do mesmo ano.
Após
a expulsão dos holandeses em 1654, a vila retoma, lentamente, seu
desenvolvimento com a construção de novas casas e edifícios.
A
Lei dos Municípios nº52 de 03 de agosto de 1892 institui o
Município de Igarassu e a Lei estadual nº130 de 03 de junho de 1895
eleva Igarassu à categoria de Cidade e Sede Municipal.
*
Fonte; Secretaria de Turismo de Igarassu.
-> Dados Históricos*:
A
palavra Igarassu é de origem tupi e significa: Igara = Canoa; Assu =
Grande.
A
cidade, segundo a tradição, foi fundada em 27 de setembro de 1535,
após a vitória dos portugueses sobre os índios Caetés e por ordem
do Capitão AFONSO GONÇALVES - que mandou erigir no local da vitória
uma capela votativa consagrada aos Santos Cosme e Damião - hoje
considerada a mais antiga do Brasil.
Em
1516, entretanto, já os portugueses, através de Cristövão
Jacques, fundaram - no Sítio dos Marcos - a feitoria de Pernambuco,
então um dos mais conhecidos ancoradouros do litoral brasileiro e
significativo ponto de contato entre ameríndios e europeus.
A
elevação a categoria de vila, ocorrida em data não precisa, mas
provavelmente no ano de 1564, resgatou parte de sua importância
política, econômica e estratégica.
Em
1º de maio de 1632, sob o comando do Cel. Deiderick van Weanderbuch
e guiados por Calabar, os holandeses atacam e saqueiam a vila, então
a segunda mais importante da Capitania.
Como
titulares do Império, tivemos: Dr. Domingos Ribeiro dos Guimarães
Peixoto - Barão de Igarassu; Dr. Manoel Joaquim Carneiro da Cunha -
Barão de Vera Cruz; Epaminondas Vieira da Cunha - Barão de
Itapissuma e Antero Vieira da Cunha - Barão de Araripe.
Em
10 de outubro de 1972, visando proteger e resguardar o rico acervo
existente em nossa cidade, o Governo Federal, através do IPHAN,
tomba o conjunto arquitetônico da nucleação histórica.
*
Fonte; Secretaria de Turismo de Igarassu.
Muito interessante o apanhado feito pelo patrimônio da cidade de Igarassu. Foi de extrema ajuda para a elaboração de um trabalho (da disciplina de Patrimônio Arquitetônico e Urbanismo) sobre as políticas públicas e o patrimônio cultural. Obrigada por trabalhos como esse. (Luana Grassi - estudante de Arquitetura e Urbanismo - UFC)
ResponderExcluirAgradeço as palavras, Luana.
ResponderExcluirEmbora estejamos ainda longe de mostrar tudo o que essas cidades têm, fazemos de coração, mas buscando sempre aprimorar e descobrir novos monumentos para compartilhar.
Boa Sorte com seu trabalho.
trabalho muito bom sobre a história de igarassu, agradeço pelas informações.
ResponderExcluirObrigado. Nosso estado é muito rico em História!
ExcluirIgarassu precisa de uma atenção maior para esses monumentos históricos pois tanta antiguidade mais perde pra outras cidades como Olinda pelo fato de não ter os devidos cuidados com seus monumentos ainda tem mais em Nova Cruz ruínas históricas
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