quarta-feira, 6 de março de 2013

Igarassu

Igarassu fica a cerca de 30 km do Recife. Cerca de 40 minutos em media é o tempo de carro particular para a cidade, após atravessar o tráfego intenso da PE-015 e da BR-101.
A primeira imagem que o visitante encontra, ao chegar ao Centro Histórico, é exatamente esse cartão postal, abaixo. É a vista de quem chega pela Avenida Marechal Hermes. 
Em nossa passagem por Igarassu, o Centro Histórico se encontrava muito limpo e bem conservado, como deveria ser em qualquer cidade.
Colina onde se encontram a Casa de Câmara, Igreja e Convento do Sagrado Coração de Jesus, Igreja dos Santos Cosme e Damião, Sobrado do Imperador e Museu Histórico de Igarassu. 
Chegamos ao Convento do Sagrado Coração e à Igreja de Cosme e Damião, subindo pela Rua Barbosa Lima, onde também se encontra o Museu Histórico, o Sobrado do Imperador, o acesso à Câmara e as Ruínas de duas Igrejas.
Na frente da Câmara Municipal, se encontra uma réplica do marco divisório das capitanias de Pernambuco e Itamaracá. Outra réplica se encontra no local da divisa, conhecido como Sitio dos Marcos e o Marco Original se encontra em um Museu do Recife.
-> Sobre o Convento do Sagrado Coração de Jesus:
Foi construído em 1742 pelos padres Miguel Rodrigues Sepúlvida e Gabriel Malagrida. Em 1758 teve sua capela inaugurada solenemente, sendo consagrada a Nossa Senhora da Conceição. Este convento é a casa mãe da ordem religiosa das irmãs do Sagrado Coração de Jesus no Brasil. Estilo: Barroco.
-> Sobre a Igreja dos Santos Cosme e Damião:
A mais antiga Igreja do Brasil, foi erguida por ordem do Capitão Afonso Gonçalves, a partir de setembro de 1535. Entre 1595/97 foi restaurada por ordem real. No século XVIII, por determinação do rei D. José I, foi novamente restaurada. Hoje mantém suas características primitivas. Estilo: Maneirista.
-> Sobre a Casa de Câmara e Cadeia:
A atual casa de Câmara e Cadeia, que não é a primitiva, pois essa foi destruída pelos holandeses, foi construída no terceiro quartel do século XVIII. Neste prédio funcionavam os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, inclusive com sistema carcerário.
-> Sobre o Museu Histórico de Igarassu:
Fundado em 24 de janeiro de 1954, o Museu ocupa três casas do século XIX. Reúne valioso acervo e conta com 263 peças em exposição, auditório, Dep. de Pesquisa Histórica. Destaque para exposição sacra, numismática e armas.
Câmara Municipal (1º andar), antiga Cadeia (térreo) e Réplica do Marco Divisório das Capitanias de Pernambuco e Itamaracá.
As Ruinas das Igrejas da Misericórdia e do Rosário dos Homens Pretos (abaixo) estão em situação precária. Enquanto a da Misericórdia ameaça ruir de vez, por estar sendo atravessada por raízes  a do Rosário fica dentro de duas propriedades privadas, fazendo parte do muro de duas residencias, nada lembrando ter feito parte de uma Igreja.
A Igreja da Misericórdia fica na esquina da rua Barbosa Lima com a rua Tiradentes e a Igreja do Rosário fica na Rua Barbosa Lima, após o cruzamento com a rua da Saudade.
Ruinas das Igrejas da Misericórdia (cima) e do Rosário dos Homens Pretos.
O Convento de Santo Antonio fica de frente a colina, no cruzamento da rua Barbosa Lima com a Av. Marechal Hermes e, atualmente abriga, alem da Igreja, um Museu Pinacoteca.
Convento de Santo Antonio (onde se encontra o Museu Pinacoteca) e seu Cruzeiro.
-> Sobre o Convento de Santo Antônio:
Teve sua construção iniciada em junho de 1588 e foi o terceiro convento que os franciscanos ergueram no Brasil. No século XVII foi transformado em Escola de Noviciado, motivo que levou a ampliação do convento, só concluída em meados do século XVIII. Em 1848, durante a Revolução Praieira, serviu de quartel general para as tropas revolucionárias sob o comando do Cel. Manoel Pereira de Morais - Senhor do Engenho Inhamã. Destaque para azuleijaria existente na nave da igreja e sacristia. Estilo: Barroco.
-> Sobre o Museu Pinacoteca:
Instalado no Convento Santo Antônio, o Museu foi inaugurado em agosto de 1957 e reúne 24 quadros/ painéis dos séculos XVII e XVIII. São destaques os quatros painéis votivos que pertencem a Igreja dos Santos Cosme e Damião. É considerado como um dos mais importantes da América Latina.

Muitos casarões se transformaram em sedes de Órgãos municipais e museus. Infelizmente, não encontramos nenhum aberto no dia da nossa visita. Era um Sábado às 8:00hs da manhã.
Museu Histórico de Igarassu.
Seguindo o sentido Itapissuma e Itamaracá, pela Av. Marechal Hermes, que vira Rua Dantas Barreto entre o Convento de Santo Antônio e a pracinha da Prefeitura e da Capela de N. Sra. do Livramento, passamos por várias casas que são atualmente lojas e escritórios. Todas com as fachadas preservadas e as placas padronizadas. A prefeitura  e a Capela de Nossa Senhora do Livramento ficam lado a lado (fotos abaixo).
Em cima: Prefeitura Municipal, Capela de Nossa Senhora do Livramento, Casario. Embaixo, Casario e Capela de São Sebastião.
Continuando no mesmo sentido, a Rua Dantas Barreto passa a se chamar Rua Dr. Elísio, até uma simpática pontezinha, a partir da qual passa a ter o nome de Rua de São Sebastião, onde encontramos a Capela de mesmo nome (foto acima).
-> Sobre a Capela de Nossa Senhora do Livramento:
Foi construída em 1774 e em chão pertencente ao Conselho Municipal. Em novembro de 1782, estavam concluídas as obras e a Irmandade devidamente constituída, sendo seu juiz o Sr. Joaquim Rodrigues da Costa Queimado. Em julho de 1958, devido ao rigoroso inverno, seu teto desabou. Foi restaurada em 1972 e 1984. Estilo: Barroco.
-> Sobre a Capela de São Sebastião:
Construída em 1735 e, provavelmente, em comemoração aos duzentos anos de fundação de Igarassu. Suas características se assemelham a da primitiva Capela dos Santos Cosme e Damião. Em setembro de 1878, está em reforma. Pertence ao Conselho Municipal (Câmara de Vereadores). Estilo: Maneirista com influência Barroca.

Não seguimos para Itapissuma nesse dia. Preferimos voltar e encontrar a Igreja de Nossa Senhora da Boa Viagem, mais a diante da BR-101.
Igreja da Nossa Senhora da Boa Viagem, localizada no antigo Povoado de Pasmado, entre as atuais BR-101 Norte e PE-041.
Sempre que passávamos entre Igarassu e Goiana, uma Igreja isolada no canavial chamava nossa atenção. Ela fica na margem Oeste da BR-101, no sentido Goiana-Igarassu, na entrada da PE-041 que da acesso a Usina São José e a Araçoiaba.
Para chegar até ela, deve-se entrar na PE-041 e alguns metros depois, no caminho de terra, apos a placa indicativa do Engenho Pasmado, chegamos na Igreja.
Durante esse relato, soube que o local era um povoado, e não um Engenho de Cana, como sugere a placa da Usina. No entanto, alem da Igreja, nada no local lembra oi indica já ter havido praças e sobrados de um povoado.
A Igreja está sem as portas e janela, e sem nada dentro, mas aparentemente sua estrutura esta robusta.
-> Sobre a Freguesia de Pasmado:
    "O povoado de Pasmado teria surgido no início do século XVIII e, provavelmente a sua mais antiga referência seja encontrada na Nobiliarquia Pernambucana de Antônio José Vitoriano Borges da Fonseca de 1748, onde se lê sobre um João César Falcão que “morava no Pasmado, onde morreu, há poucos anos em idade muito avultada”. Pereira da Costa, sem nenhuma indicação confiável, diz ter Pasmado se originado de uma aldeia indígena. O certo é que o povoado se encontrava à margem da estrada que demandava à então vila de Goiana. Em 1810, foi visitado por Henry Koster que a descreveu como tendo uma forma quadrada com uma grande praça onde se destacava a igreja de Nossa Senhora da Boa Viagem. O viajante inglês também salientou a principal atividade produtiva do lugar: a produção de excelentes facas de ponta, conhecidas como “pasmados”, tal a fama e qualidade das peças. Em seu romance O matuto, Franklin Távora compara Pasmado a uma filial dos domínios de Vulcano tal a quantidade de forjas que havia no local. Exageros à parte, a verdade é que as facas, extremamente famosas outrora, parecem ter desaparecido por completo nos dias de hoje, tal qual o lugar que lhes deu origem.
    Ao longo do século XIX, as fontes disponíveis: Pereira da Costa, Costa Honorato e Fernandes da Gama dão conta dos altos e baixos do povoado até sua ruína final. É sabido que, em 1817 foi visitada pelo governador Luís do Rego que prometeu elevar Pasmado a freguesia, o que efetivamente o fez. Em 1821 passou a ter uma força policial e, em 1822 uma escola pública de instrução primária. Chegou a ter escolas particulares, feira de gado, sobrados e amplo comércio de facas, brides, fechaduras e tesouras. Sua decadência, no entanto, começaria a partir de 1837 com a extinção da freguesia e a divisão do seu território entre Igarassu, Goiana, Tejucupapo e Tracunhaém. Em 1846 a paróquia foi restaurada com sede em São Gonçalo de Itapissuma, até que foi definitivamente extinta em 1849. Pereira da Costa aponta “desavenças e intrigas com o dono das terras, o senhor do engenho Caga Fogo”, cujo nome não cita, como causas da “supressão da freguesia do Pasmado, seu abandono e decadência”.
    O povoado ainda é citado por Costa Honorato em 1863; aparece no tal mapa de 1876, talvez sua única referência cartográfica e no Dicionário Corográfico de Vasconcelos Galvão em 1910. Pasmado desapareceu por completo nos primeiros anos do século XX, restando de pé apenas a capela de Nossa Senhora da Boa Viagem (hoje, monumento estadual tombado pela FUNDARPE), que por falta de uso, abandonada entre a estrada e o canavial, parece estar condenada ao mesmo fim do povoado." 

(Fonte: http://andrelemoine.blogspot.com.br/2010/11/pasmado-um-povoado-esquecido.html).

Da Igreja de Nossa Senhora da Boa Viagem, voltamos à BR-101, sentido Recife, até chegarmos ao Distrito de Cruz de Rebouças, onde, seguindo as placas até a Estrada do Monjope.
Até o final dos anos 80, a área do engenho era utilizada para Camping, e fotos da época mostram que tudo ao redor estava limpo e bem conservado, diferentemente do que encontramos em nossa visita.
O Engenho Monjope deveria estar restaurado, contudo, embora tenha uma placa da FUNDARPE na frente e alguma coisa já tenha sido feita no Casarão e na Capela, como a aparentemente troca do telhado, o levantamento de paredes no primeiro andar do Casarão e a troca do piso superior, tudo se encontra parado há algum tempo. Árvores cresceram na frente da casa impedindo sua visão de longe e o mato tomou conta de tudo. 
A fábrica e as senzalas continuam de pé, sendo esta última o que parece ser mais conservado na área.
Mas, mesmo assim, entrar na Casa e na Capela é algo mágico, se posso dizer assim. Ver os cômodos, as paredes grossas e imaginar como aquele lugar ostentava riqueza em sua época áurea vale o passeio.
Casarão do Engenho Monjope.
Dá pra perceber nas fotos acima que o telhado foi restaurado e o piso superior teve sua estrutura substituída, mas não foi reposto. As portas e janelas do casarão fora todos retirados para serem substituídos, mas sabe lá onde estarão hoje.
Existem alguns vãos curiosos entre algumas paredes, como se fossem armários ou esconderijos.
Casarão e Capela.

A natureza tem uma capacidade incrível de tomar conta de onde o homem não anda. Toda a vegetação na área do Engenho é um exemplo disso. Onde antes havia um gramado e caminhos com jardins, agora há uma mata que, em poucos anos pode destruir todo esse patrimônio de Pernambuco.
Obviamente nada contra a natureza. Ela apenas busca retomar o que o homem a tirou, contudo, tudo pode viver em harmonia. As árvores que cresceram e rodeiam esses monumentos podem ser responsáveis por sua ruína, em breve.

Capela do Engenho Monjope.
Dentro da capela, que até pouco tempo tinha missas e aulas de catecismo para a comunidade, observamos que a troca do telhado foi a prioridade, mas também parece que foi realizada às pressas.

-> Sobre o Sítio dos Marcos:
Local em que delimitava-se as Capitanias de Pernambuco e Itamaraçá e, onde em 1516, Cristovão Jacques ergueu a Feitoria de Pernambuco.  Neste Sítio, em 09 de março de 1535, Duarte Coelho desembarcou para tomar posse de sua Capitania.

-> Engenhos da PE-041:

Continuando pela PE-041, após a Igreja de N. Sra. da Boa Viagem, encontramos uma grandiosa Igreja em ruínas. Mais tarde soubemos tratar-se da Capela do antigo Engenho Araripe do Meio, ou apenas do Meio.
Alguns minutos mais tarde, encontramos um belo lago, com uma floresta cobrindo toda a sua margem, a exceção da beira da estrada, onde há uma calçada que permite parar alguns instantes e contemplar a maravilha do lugar.
Essa lagoa, fica nas terras do antigo Engenho Araripe. Desse Engenho, só encontramos esse Relógio Solar, da foto abaixo, que provavelmente ficava próximo ao local da Casa-Grande.

Continuando no sentido de Araçoiaba, passamos, ainda, pelo Engenho Piedade, onde registramos imagens da sua Capela que se encontra muito bem conservada.
Relógio solar do Engenho Araripe; Ruínas da Capela do Engenho do Meio; Mata Preservada na rodovia; e, Capela do Engenho Piedade.

Lagoa do Engenho Araripe.

-> Histórico de Igarassu*:
As primeiras evidências da presença de portugueses no atual território de Igarassu (região do Sítio dos Marcos) datam de, aproximadamente 1512.
As tribos encontradas no território de Igarassu, identificado como “zona de transição” compreendiam, entre outros, os Caetés e os Tabajaras; vivendo principalmente da cultura da mandioca, da coleta de frutas, da pesca e da caça. A cerâmica, pouco desenvolvida, limitava-se a peças utilitárias e urnas funerárias, que sofreram um processo de deterioração em sua técnica à medida que aumentava o contato com o colonizador português.
Em 1516, inicia-se a ocupação sazonal das terras Igarassuenses quando Cristóvão Jacques funda uma feitoria no local atualmente conhecido como Sítio dos Marcos. Levantou-se um reduto de madeira para dar apoio à extração de pau-brasil. Os portugueses logo entraram em contato com os indígenas da região que, segundo pesquisas realizadas no local, não ocupavam a área próxima à feitoria. Dez anos mais tarde, o mesmo Cristovão Jaques, agora como governador do Brasil, ocupa a feitoria, iniciando a perseguição aos piratas, que infestavam o nosso litoral. Esta feitoria foi atacada por piratas franceses da nau La Pellerine, que posteriormente, construíram uma fortificação, provavelmente no local onde hoje se encontra a Igreja de Nossa Sra. da Conceição de Vila Velha.
Com a decisão de colonizar a terra já descoberta há trinta anos, o rei Dom João III passou em 10 de março de 1534 a Carta de Doação da Capitania de Pernambuco ao fidalgo Duarte Coelho Pereira, na cidade de Évora, tendo sido lavrada a Carta Foral da Capitania de Pernambuco aos 24 de setembro do mesmo ano.
Aos 9 de março de 1535, Duarte Coelho, acompanhado pelo Capitão Afonso Gonçalves, desembarca no Porto de Pernambuco, assentando, pouco tempo depois, o marco divisório das Capitanias de Pernambuco e Itamaracá (atualmente, no Museu do Instituto Arqueológico). Neste mesmo ano, em 27 de setembro, dia dos Santos Cosme e Damião, o Capitão Afonso Gonçalves funda a povoação dos Santos Cosme e Damião, erigindo uma capela sob a invocação dos Santos gêmeos, cuja devoção foi trazida da Freguesia de Arcos de Valdevez, na Arquidiocese de Viana do Castelo, local de origem do fundador.
Em 1548, numa carta datada de 10 de maio,  Afonso  Gonçalves  informa  ao  rei
Dom João III sobre a povoação e a igreja fundada por ele, sendo esta uma das poucas provas documentais do núcleo que deu origem a cidade. Ainda neste período é estabelecido um engenho de açúcar que na década de cinquenta, daquela centúria, foi atacado e destruído pelos índios
Ainda no século XVI, foram erguidas as igrejas da Misericórdia, Santa Cruz e o Convento de Santo Antônio (1588), o terceiro do Brasil e segundo de Pernambuco. Em 1594 foi criada a Freguesia dos Santos Cosme e Damião, tendo como pároco  o Pe. Miguel Alfar. No ano seguinte (1595), tem-se a notícia de que a igreja estava em ruínas.
Nesse meio tempo, a vila ia-se desenvolvendo a partir do outeiro onde estava erguida a matriz dos Santos Cosme e Damião em direção ao rio São Domingos e às demais igrejas.
Durante o século XVII, a vila se desenvolve de maneira lenta, apresentando uma evolução bem mais tímida que Olinda e Recife. Gabriel Soares de Souza e Diogo de Campos Moreno descrevem Igarassu como uma vila pequena e de população pobre e reduzida. No momento da ocupação holandesa, a vila era a segunda mais importante da Capitania, e muitos dos ricos moradores de Olinda, fugindo dos invasores, para cá se mudaram.
Em 1632, no dia 1º de maio, Igarassu foi invadida e saqueada pelos holandeses liderados por Diederick van Werdenburch. A vila foi atacada novamente em 25 de abril de 1634 e, em 1646, João Fernandes Vieira ordena a construção de um fortim no Sítio dos Marcos, atacado pelos flamengos em 21 de junho do mesmo ano.
Após a expulsão dos holandeses em 1654, a vila retoma, lentamente, seu desenvolvimento com a construção de novas casas e edifícios.
A Lei dos Municípios nº52 de 03 de agosto de 1892 institui o Município de Igarassu e a Lei estadual nº130 de 03 de junho de 1895 eleva Igarassu à categoria de Cidade e Sede Municipal.
* Fonte; Secretaria de Turismo de Igarassu.

-> Dados Históricos*:
A palavra Igarassu é de origem tupi e significa: Igara = Canoa; Assu = Grande.
A cidade, segundo a tradição, foi fundada em 27 de setembro de 1535, após a vitória dos portugueses sobre os índios Caetés e por ordem do Capitão AFONSO GONÇALVES - que mandou erigir no local da vitória uma capela votativa consagrada aos Santos Cosme e Damião - hoje considerada a mais antiga do Brasil.
Em 1516, entretanto, já os portugueses, através de Cristövão Jacques, fundaram - no Sítio dos Marcos - a feitoria de Pernambuco, então um dos mais conhecidos ancoradouros do litoral brasileiro e significativo ponto de contato entre ameríndios e europeus.
A elevação a categoria de vila, ocorrida em data não precisa, mas provavelmente no ano de 1564, resgatou parte de sua importância política, econômica e estratégica.
Em 1º de maio de 1632, sob o comando do Cel. Deiderick van Weanderbuch e guiados por Calabar, os holandeses atacam e saqueiam a vila, então a segunda mais importante da Capitania.
Como titulares do Império, tivemos: Dr. Domingos Ribeiro dos Guimarães Peixoto - Barão de Igarassu; Dr. Manoel Joaquim Carneiro da Cunha - Barão de Vera Cruz; Epaminondas Vieira da Cunha - Barão de Itapissuma e Antero Vieira da Cunha - Barão de Araripe.
Em 10 de outubro de 1972, visando proteger e resguardar o rico acervo existente em nossa cidade, o Governo Federal, através do IPHAN, tomba o conjunto arquitetônico da nucleação histórica.
* Fonte; Secretaria de Turismo de Igarassu.

5 comentários:

  1. Muito interessante o apanhado feito pelo patrimônio da cidade de Igarassu. Foi de extrema ajuda para a elaboração de um trabalho (da disciplina de Patrimônio Arquitetônico e Urbanismo) sobre as políticas públicas e o patrimônio cultural. Obrigada por trabalhos como esse. (Luana Grassi - estudante de Arquitetura e Urbanismo - UFC)

    ResponderExcluir
  2. Agradeço as palavras, Luana.
    Embora estejamos ainda longe de mostrar tudo o que essas cidades têm, fazemos de coração, mas buscando sempre aprimorar e descobrir novos monumentos para compartilhar.
    Boa Sorte com seu trabalho.

    ResponderExcluir
  3. trabalho muito bom sobre a história de igarassu, agradeço pelas informações.

    ResponderExcluir
  4. Igarassu precisa de uma atenção maior para esses monumentos históricos pois tanta antiguidade mais perde pra outras cidades como Olinda pelo fato de não ter os devidos cuidados com seus monumentos ainda tem mais em Nova Cruz ruínas históricas

    ResponderExcluir