segunda-feira, 25 de março de 2013

Nazaré da Mata

Nazaré da Mata fica a cerca de 64 km do Recife, o que leva mais ou menos 1h10min de viagem pela BR-408.
Entramos na cidade seguindo a linha férrea, o que nos fez chegar logo na Estação Ferroviária da cidade, que, ao contrário da maioria das cidades por onde temos passado, fica fora do centro, propriamente dito, embora fique próxima como também acontece em Timbaúba.
Estação Ferroviária de Nazaré da Mata
A estação está abandonada. Aparentemente sem uso algum, correndo o risco de virar ruínas, logo logo. Já os trilhos estão em bom estado, e, curiosamente, a manivela do desvio estava acorrentada para evitar a mudança da linha e também estava lubrificada, o que leva a crer que ainda passem composições por lá, fato não confirmado pelos transeuntes.
Já no centro da cidade, a Catedral de Nossa Senhora da Conceição se destaca pela imponência e beleza. No entanto, estacionar próximo é difícil. Há muito movimento nos arredores.
Catedral de N. Sra da Conceição; Casas antigas.
Saindo do centro, fomos procurar outras construções de destaque na cidade. Passamos pela Igreja do Bom Jesus, Igreja de Santa Cristina, Igreja de São Sebastião, e, Igreja de Nossa Senhora da Conceição.
Igreja do Bom Jesus e Igreja de São Sebastião.
 Ao longo das ruas, também observamos vários imóveis particulares em estilos de época, bem conservados.
Igreja de Santa Cristina; Igreja de N. Sra. da Conceição; Estátuas de Caboclos de Lança.
Por fim, Passamos pelo Estádio Municipal Alfredo Coutinho e pelas Estátuas em Homenagem ao Maracatu, símbolo da cidade.
Antes de chegar ao nosso próximo destino, que era Buenos Aires, ainda registramos imagens do Engenho Várzea Grande, às margens da PE-408, lado direito no sentido Aliança, que até pouco tempo era frequentado, mas, atualmente se encontra em abandono.
Engenho Várzea Grande

História de Nazaré da Mata:
"O território onde atualmente está localizada a cidade de Narazé da Mata era chamado de Lagoa D'Antas, uma sesmaria doada a Manoel Bezerra Cunha, em 18 de junho de 1581. O povoamento de Nazaré teve início no século XVIII, numa propriedade onde foi edificada a capela de Nossa Senhora da Conceição. Em homenagem à santa, a localidade passou a chamar-se de Nossa Senhora da Conceição de Nazaré.
Em 1833, desmembrando-se do município de Igaraçu, tornou-se vila, quando passou a ser sede da freguesia. Foi elevada à categoria de cidade pela Lei de nº 258, de 11 de junho de 1850. 
O primeiro prefeito foi o Padre Anísio Torres Bandeira, que tomou posse em 1892, quando os municípios passaram a ter maior autonomia administrativa com a proclamação da República.
Pelo Decreto-Lei nº 952, de 31 de dezembro de 1943, o nome da cidade foi acrescido do termo "da Mata", por se encontrar nessa zona fisiográfica.
Administrativamente, Nazaré da Mata é constituída unicamente pelo distrito sede. No município, encontra-se a arquidiocese de Nazaré da Mata, que também é sede do Bispado, abrangendo diversas cidades da região.
Anualmente, no dia 17 de maio o município comemora a sua emancipação política.

Economia 
A atividade que movimenta a economia de Nazaré da Mata é a agricultura, com destaque para a monocultura da cana-de-açúcar (foto), que emprega grande parte da mão-de-obra local. Além disso, sobressaem a avicultura, com um dos maiores abatedouros do Estado; a indústria alimentícia, com as massas e biscoitos; e as indústrias de cerâmicas e panificadoras.
A cidade tem também no turismo cultural/rural uma das principais atividades econômicas, setor em plena ascensão.
Os visitantes vão a Nazaré da Mata em busca das atrações da cultura popular, como os famosos maracatus que existem no local. A Região de Desenvolvimento da Mata Norte, na mesorregião da Mata Pernambucana, abrange cerca de 3,29% do território estadual, com 3.256,5 km² de área constituída por mais 18 municípios.

Turismo
Nazaré da Mata é a "Terra do Maracatu". (Leia sobre o maracatu) A cidade possui 19 grupos e no período carnavalesco sedia o maior encontro de maracatus rurais do Estado. Na ocasião, mais de 50 grupos de brincantes participam da apresentação para milhares de visitantes. A praça principal enche-se de cores com os caboclos de lança e baianas, que vão às ruas em sincretismo religioso, para homenagear os orixás.
Não se sabe ao certo quando o maracatu rural passou a ser uma festa carnavalesca. Sua origem encontra-se nas senzalas dos engenhos de cana-de-açúcar de Pernambuco.
Enquanto as festas aconteciam na casa-grande, os escravos também procuravam se divertir. E, com o passar do tempo, a brincadeira foi se popularizando em toda a Zona da Mata pernambucana.
É em Nazaré da Mata que está o maracatu rural mais antigo do Estado, o Cambinda Brasileira. O grupo foi fundado em 1898 e sua sede permanece no mesmo lugar, no engenho do Cumbe, onde mora a viúva do fundador, Dona Joaninha. O caboclo de lança mais antigo de Pernambuco também é do Cambinda. Zé de Rosa veste-se de tradição todo carnaval e orgulha-se do posto. Ele mesmo faz sua própria gola, costurando lantejoula por lantejoula.
Além dos maracatus, o município tem belos engenhos que podem ser visitados, com imagens deslumbrantes, onde o sol se põe em meio ao canavial. Todos eles com uma igreja em ponto mais alto, completando a paisagem. Nazaré da Mata não brilha só no Carnaval. O São João também é animado, com tudo que manda a tradição pernambucana: fogueiras, forró e comidas típicas."
Fonte: Prefeitura de Nazaré da Mata (http://www.nazaredamata.pe.gov.br/)

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