domingo, 14 de junho de 2020

Jupi

Jupi é um Município do Agreste pernambucano. Localiza-se à margem da BR-423, entre Lajedo e Garanhuns. Fica distante 208 km do Recife e 24 km de Garanhuns.
Portal da Cidade, na Av, José Correia Lima; Largo Frei Damião e Cruzeiro; e, Praça Paulo Filho.
O comércio é relativamente movimentado. A impressão que tivemos é de que é uma cidade bem cuidada, limpa, embora possua diversos imóveis descaracterizados no centro, o que mostra que é mais uma cidade sem preocupação de preservação da História.

Praça de N. Sra do Rosário
A Praça de Nossa Senhora do Rosário é uma atração à parte na cidade. Construída em níveis, por conta do relevo, é bem espaçosa, agradável, arborizada e conta com lojinhas e obras de arte voltadas
Igreja de N. Sra. do Rosário; Rua; Câmara Municipal; Academia da Cidade.
A Igreja de Nossa Senhora do Rosário tem uma bela arquitetura. É a construção mais imponente do centro da cidade. Fica junto à praça de mesmo nome.
As ruas da cidade são movimentadas. Nos parece uma cidade tranquila para morar. A Câmara Municipal ocupa um imóvel antigo e fica próxima à Academia da Cidade.


Símbolos Municipais:

A bela bandeira do Município possui duas faixas azuis nas laterais, em alusão ao céu majestoso que cobre o lugar e o Brasão do Município posicionado ao meio da faixa branca central.
No Brasão, estão representados o Português, o Índio nativo desse Rincão, o Rio da Chata, que corta a região, a Terra altamente cultivável e os frutos que são produzidos nesta.

História de Jupi:


Nos meados do século XVI, fora o português Antônio Vieira de Melo, desterrado de Portugal para o Brasil por ordem da Coroa. Ao desembarcar em Salvador foi deportado pelo governo da época para o interior do Estado. Penetrou pelas matas. Depois de vários meses foi ter em taba de índios no Estado de Alagoas, onde hoje está localizada a cidade de União dos Palmares. Em pouco tempo conseguiu a simpatia e confiança. Atingiu o planalto de Garanhuns na Capitania de Pernambuco, cujo donatário na época era Duarte Coelho Pereira. Dali embrenhou-se nas matas vindo ter ao sopé de uma serra onde havia abundante água boa e bastante caça, onde elementos da mesma tribo de origem fizeram uma aldeia nas proximidades de uma fonte por eles denominada "Olho D'água de Yu-py". As malocas desta aldeia foram feitas e cobertas com folhas das palmeiras nativas do local que os índios denominaram de Ouricury.

Deste ponto, Antônio Vieira de Melo, resolveu ir à Bahia, pedindo ao chefe da tribo dois índios de sua confiança para seus companheiros de viagem. Lá chegando, foi bem recebido pelo governador da Bahia relatando ao mesmo todos os acontecimentos. Em troca, solicitou o fornecimento de ferramentas e sementes para o cultivo da terra fértil do Olho D'água de Yu-py.

Logo ao retornar iniciou a exploração da terra. Ainda ao chegar da mesma viagem, autorizado pelo governador e de acordo com o chefe da tribo, enviou quatro índios aos campos de Oeiras no Piauí, de lá foram trazidas oito cabeças de gado, sendo seis fêmeas domesticadas.

Voltando à Bahia, a fim de prestar contas ao governador do que havia feito e resultados obtidos, desviou-se da rota traçada para viagem, tomando-se prisioneiro com seus companheiros de uma tribo canibal, sendo todos amarrados, estando à fogueira acesa onde seria ele e seus companheiros assados vivos. Antônio Vieira de Melo recorreu-se à Virgem Santíssima do Rosário, prometendo que se fosse salvo com seus companheiros, buscaria a sua imagem em Portugal e com os índios erigia uma capela em sua honra na localidade Olho D'Água de Yu-py, cingindo sua fronte com uma coroa de ouro maciço.

São e salvo, Antônio Vieira de Melo, cumpriu sua promessa trazendo a imagem que ficou sendo venerada em JUPI. Por Carta Régia de 1632, foi prescrita sua deportação, voltando a Portugal, trouxe para Jupi, sua família e o direito de posse as terras que cultiva, donde desmembrou o patrimônio de Nossa Senhora do Rosário, ficando dirigindo os destinos da área por muitos anos.

Seus restos mortais foram sepultados na antiga capela de Nossa Senhora do Rosário, que fora edificado no centro da praça atual de Nossa Senhora do Rosário, tendo em frente dos mesmos dois pés de palmeiras Ouricury, plantados pelos índios e ainda entre eles um alto cruzeiro de madeira trabalhada pelos índios sob um pedestal de pedras rústicas locais.

Nos princípios do presente século ainda existia em mãos o tenente Eduardo José de Melo, natural de Canhotinho e bisneto de Antônio Vieira de Melo, papéis onde estava traçado a sesmaria doada pelo rei de Portugal a Antônio Vieira de Melo. Os índios entre outros presentes, doaram a Antônio Vieira de Melo uma belíssima jarra que a anos passados esteve na posse de Da. Constância Paiva de Melo, descendente direta de Antônio Vieira de Melo.

Como povoado, pertenceu a sesmaria administrativa do município de Brejo da Madre de Deus, na categoria de distrito passou a pertencer ao município de São Bento do Una, depois para o município de Canhotinho, a seguir para o município de Palmeirina e por último para o município de Angelim.

Entre os anos de 1931 a 1936 ainda havia no centro da parte mais alta da Praça do Rosário um antigo histórico Jatobá, que servia de açougue público. Na época da guerra do Paraguai, um jovem desertor fora preso nas imediações de Bom Conselho, sendo encaminhado à Recife para julgamento. Chegou a ser amarrado no velho Jatobá, durante o descanso da tropa que o conduzia. Este jovem, depois de vários anos, chegou a ser general do exército e governador do estado de Pernambuco. Seu nome era Dantas Barreto.

Por projeto do então deputado João Calado Borba, foi apresentado à Assembléia Estadual a independência ou emancipação de Jupi do município de Angelim. Na época o projeto de emancipação necessitava da aprovação da Câmara de Vereadores de Angelim, então composta por José Freire da Silva, Otacílio Peixoto de Melo, Joaquim Venâncio de Moraes, Manoel Salgado de Vasconcelos, Enoque Elias, José Guilherme da Costa, Jocelino Cordeiro Sobral, Feliciano Paiva Melo e Hugo Salgado de Vasconcelos, sendo Prefeito Júlio Salgado de Vasconcelos.

Fonte: Prefeitura Municipal de Jupi

quarta-feira, 25 de dezembro de 2019

Jucati - Povoado Neves


Localizado na região Agreste do Estado de Pernambuco, Jucati fica a cerca de 209 km do Recife e seu único distrito, o Povoado Neves, fica a cerca de 206 km.
Por não ficar exatamente na rota que segue para o Município de Garanhuns, já que é necessário seguir pela "Estrada de Jucati" a partir da cidade de Jupi, o Distrito Sede de Jucati acaba não sendo muito visitado por quem percorre a movimentada BR-423. O Povoado Neves, pelo contrário, é cortado pela rodovia, e, mesmo o mais desavisado motorista ou passageiro, acaba olhando para o pequeno povoado, que tem como destaque a Capela de Nossa Senhora das Neves e o Cruzeiro que fica do outro lado da pista.




quarta-feira, 31 de maio de 2017

São Joaquim do Monte

São Joaquim do Monte fica a cerca de  km do Recife. A única rodovia de acesso à sede do Município é a PE-112. O caminho mais rápido a partir do Recife é através de Camocim do São Félix.
Podemos iniciar o post dizendo que é uma das nossas cidades preferidas.
Embora discorde da ideia de se colocar asfalto nas cidades pequenas e em locais Históricos, São Joaquim ainda conserva alguns belos imóveis nas ruas centrais.
Imóveis conservados.
De frente para a Igreja, um imóvel com primeiro andar chama atenção. Descobrimos que é o local do primeiro imóvel da cidade. Pela arquitetura não parece ser o original, mas provavelmente sofreu reformas para ser ampliado e conserva detalhes do meio do Século XX.Outro imóvel bem interessante fica ao lado da Prefeitura Municipal. É um casarão bem conservado com dois terraços frontais que contam com pinturas nas paredes. Está muito bem conservado.
Prefeitura, Biblioteca e outros imóveis.
Infelizmente a sede da Prefeitura e da Biblioteca municipal não possuem atrativo visual algum e não são exemplo de preservação histórica para a cidade, bem como alguns imóveis do entorno da Igreja que foram reformados com a construção de um ou dois andares e como em várias outras cidades, mancham a beleza do centro.
Igreja Matriz de São Joaquim do Monte e Mercado Municipal
A Igreja Matriz fica no centro propriamente dito da cidade. Chama atenção por sua beleza e o seu estilo arquitetônico. O espaço na frente e atrás é amplo, e é onde se realizam os grandes eventos de São Joaquim. Por trás da Igreja, uma Imagem de Frei Damião encanta os visitantes.
Uma curiosidade: Entre a torre da Igreja e a Estátua de Frei Damião, foi o primeiro cemitério da cidade, no início do Século XX.
Mais imagens da Igreja e seu interior em : http://www.blogcoisanossape.com/2017/01/especial-um-monumento-artistico-e.html
Barragem do Caiana
A Barragem do Caianinha é um dos cartões postais de São Joaquim do Monte. O reservatório abastece toda a cidade e é uma das atrações turísticas do município.
Museu Caxiado
O Museu Caxiado vem sendo construído pelo próprio artista desde o ano de 2008 em uma área juntinho ao Santuário de Frei Damião.
No local o artista reúne toda sua História. As esculturas ocupam a maior parte do Museu.
Em um espaço, estão reunidas pinturas, Lps, Cassetes, Cds, Arte em Madeira e Cordéis de Caxiado.
O passeio no Museu Caxiado segue sete estações, representadas pelas letras que compõem o nome do artista. 
Após uma boa conversa com Caxiado.
Tivemos a honra de conhecer e ter uma boa conversa com Caxiado e sua esposa, Fernanda. Ele nos contou um pouco de sua História e falou das dificuldades de viver da arte.
Santuário de Frei Damião

O Santuário de Frei Damião fica no alto de uma Serra e a estátua pode ser vista de longe. A estátua é uma das obras de Caxiado e lá do alto, fica olhando para a cidade.
No espaço, há uma capela, com uma imagem do Frei no altar, e imagens de Nossa Senhora e do Padre Cícero.
O local é limpo, mas não se encontra tão bem cuidado. Alguns postes que iluminam e embelezam o lugar estavam quebrados e alguns visitantes escreveram na estátua do Frei. Não vimos ninguém vendendo lembrancinhas.

Portal e vista da Cidade.

A cidade de São Joaquim do Monte é, no geral, limpa e relativamente bem conservada, embora alguns imóveis já tenham sido descaracterizados. A impressão é de uma cidade tranquila e pacata.
Na entrada tem um belo Portal, que remete ao título da cidade, como "Terra da Romaria".

A vista do Santuário é linda. Dá pra ver toda a cidade e a zona rural que a cerca.
Pousada Aba da Serra

Não poderíamos deixar de falar um pouco sobre a Pousada Aba da Serra, uma das surpresas de que tivemos o prazer de conhecer em São Joaquim do Monte.
A Pousada é muito aconchegante. Quem gosta de um bom lugar pra descansar, não pode deixar de conhecer a "Aba da Serra". Em poucos lugares dá pra relaxar com a tranquilidade e o silêncio que o local proporciona.
Os quartos são muito confortáveis, a varanda bem decorada e relaxante, o café da manhã, almoço e jantar são bem diversificados e a comida deliciosa.
Há algumas redes sob as árvores, várias frutíferas, e uma piscina natural na pedra, onde tomamos um banho maravilhoso.


História:
O local onde hoje está a cidade de São Joaquim do Monte começou a ser povoado em 1896 com a construção da casa de Manoel Quintino. Próxima a ela, localizava-se a casa do Capitão Manoel Antônio, que era denominada "Casa Nova" de ABA DE SERRA, que se tornou o primeiro nome do lugarejo por estar ao pé da serra, hoje Serra do Monte.
São Joaquim do MonteEm 1896 foi erguida a capela em honra de São Sebastião. Sob influência do Coronel Joaquim José de Lima, o padroeiro da cidade foi trocado para São Joaquim. Em 1912, quando foi criado o distrito no município de Bonito, o povoado recebe este nome. No ano seguinte, iniciou-se a construção da nova capela sob a direção do Frei Epifânio e apoio do José Joaquim de Melo (o José Gameleira), que seria inaugurada dois anos depois.
O distrito foi elevado à categoria de município com a denominação de São Joaquim, pela lei estadual nº 1931, de 11 de setembro de 1928. Pelo decreto-lei estadual nº 952, de 31 de dezembro de 1943, o município de São Joaquim, passou a chamar-se Camaratuba. Pela lei estadual nº 416, de 31 de dezembro de 1948, passou a denominar-se São Joaquim do Monte.
Fonte: Wikipédia

domingo, 30 de abril de 2017

Barra de Guabiraba

Barra de Guabiraba fica a cerca de 117 km do Recife. A única rodovia que dá acesso à cidade é a PE-085 que liga a PE-103 à BR-101. A qualidade da pista é boa, mas requer cuidados em abril de 2017.
A vista na rodovia é bem atrativa, bem verde, embora existam poucas árvores espalhadas nas propriedades, , em razão de ser a primeira cidade do Agreste, no limite com a Zona da Mata de Pernambuco.
PE-085 e Fazenda Burarema
Quem segue pela PE-085 a partir da PE-103, pode observar à direita a bela sede da Fazenda Burarema, que deve ser, merecidamente, um dos cartões postais do município.
No entanto, as belezas de Barra de Guabiraba, ao que nos pareceu, ficam somente na Zona Rural do Município. 
Entrada da cidade; Biblioteca, Câmara Municipal e Rio Serinhaém.
Em uma das entradas da cidade, nos deparamos com um simples, mas simpático "Portal", com os dizeres: "Barra de Guabiraba, terra das águas".
Outro pequeno mural, com o nome da cidade e uma imagem da Fazenda Burarema, também chama atenção.
Seguimos em direção ao centro, passando por uma rua com casas descaracterizadas e uma Biblioteca. Não fotografamos a casa mais bela da cidade, que fica junto à praça da Igreja, pois havia muito material de construção na frente.
Aparentemente não há muito comércio na cidade, pelo menos que chamasse atenção. Após fotografar a Igreja e a Praça, passamos pela ponte sobre o Rio Serinhaém (totalmente coberto por baronesas) e seguimos em direção à Câmara Municipal.
Igreja de São João Batista / São Sebastião; Ponte; Rua Enéas Teixeira; Praça da Matriz.
A Igreja é o monumento mais bonito da cidade, e ao que parece o único. A pracinha também é interessante, mas os imóveis do entorno sem encontram quase que totalmente descaracterizados e pouco devem lembrar o início da povoação do centro, resultado de anos e anos de administrações que nada promoveram pela preservação da História do Município.

Histórico de Barra de Guabiraba

Bandeira e Brasão

"As terras onde se localiza hoje o município pertenciam ao sítio Guabiraba. O nucleamento do povoado ocorreu após a construção da capela de São João pelo proprietário do sítio, Manuel Laurentino dos Santos, em 1905. A fertilidade do solo, propício á cultura da cana-de-açúcar concorreu para o povoamento, que logo passou a contar com uma feira. Inicialmente o local foi denominado São João da Barra. O distrito de de Barra de São João foi criado pela lei municipal nº 59, de 25 de Junho de 1915. Pelo decreto-lei estadual nº 235, de 9 de Dezembro de 1938, o distrito de Barra de São João passou a denominar-se Itapecó. Passou a denominar-se Guabiraba pelo decreto-lei estadual nº 952, de 31 de Dezembro de 1943. Pertencia ao município de Bonito. Foi elevado à categoria de município com a denominação Barra de Guabiraba, pela lei estadual nº 3340, de 31 de Dezembro de 1958.


O topônimo atual deve-se às viagens do historiador Mário Melo, que deparando-se com uma frondosa guabiraba na confluência dos rios Sirinhaém e Bonito Grande, passou a denominar o local de Barra de Guabiraba."

Fonte: Wikipédia

terça-feira, 26 de julho de 2016

Machados


Machados fica entre São Vicente Férrer e Bom Jardim. Fica próximo à PE-089, sendo possível chegar lá saindo do Recife pela BR-232; BR-408; ou mesmo pela BR-101.
Possui, como São Vicente Férrer, centenas de Hectares de plantações de Banana, principal produto do município.

Entrada da cidade e Capela.

No início da zona urbana do município nos deparamos com um Cristo Redentor, que dá boas-vindas aos moradores e visitantes.
A cidade tem praticamente uma só avenida, que corta a mesma de um lado a outro, passando pelas principais construções de Machados, como a capela.

Praça e Igreja de São Sebastião e Mercado Público.
A parte mais bonita da cidade é o conjunto da Praça com a Igreja de São Sebastião, padroeiro local. Junto da praça ficam alguns imóveis interessantes e o Mercado Público.
Antiga placa da Cliper; Prefeitura; Praça da Bíblia e seus imóveis.
Curioso foi encontrar uma placa do antigo refrigerante Cliper, muito famoso durante parte do século XX.
A Prefeitura fica em um imóvel simples, sem nada excepcional. Já a praça da bíblia vale uma foto. Pena que a maior parte da cidade não está tão conservada como os imóveis dessa pracinha.

Histórico:

"Machados está situado em terras do antigo Engenho Bom Destino, que pertencia ao município de Bom Jardim. Pela proximidade ao Engenho Machado (propriedade de uma família de mesmo nome), o município recebeu o nome Machados. O marco zero, localiza-se onde atualmente está edificada a Igreja Evangélica Congregacional. A primeira casa, construída por Manoel João Rodrigues do Nascimento, no ano de 1890 e, lhe serviu de residência e ponto comercial. Tal fato, despertou a atenção de outras pessoas, que começaram a construir novas casas, iniciando, assim, a Vila Machados. A partir de sua fundação o povoado cresce e é elevado a categoria de vila. Em 10 de outubro de 1917 realiza-se a primeira feira livre, que resistindo às pressões de alguns políticos da região, foi se firmando e atraindo a atenção dos comerciantes das comunidades vizinhas, que aqui instalavam suas barracas a fim de comercializarem seus produtos.
  • Lei Estadual 4994, de 20 de dezembro de 1963, Art. 1º:Fica criado o município de Machados, desmembrado do município de Bom Jardim, cuja sede será a do atual distrito de mesmo nome, que será elevado à categoria de cidade.
  • Decreto-lei Estadual nº 61, de 5 de agosto de 1969, Art. 7º:Ficam transformados em termos, das comarcas a que pertencem, os seguintes distritos: ... 25 - Machados."
Fonte: Wikipédia

quinta-feira, 21 de julho de 2016

São Vicente Férrer

São Vicente Férrer é uma agradável cidade da Zona da Mata Norte de Pernambuco. Para chegar lá, são vãrios os caminhos a partir do Recife, como por exemplo: BR 101 e PE 089; BR 232 e PE 089 ou BR 408 e PE 074. Em janeiro de 2016 essas rodovias apresentavam bom estado de conservação.
Vista da cidade; imóveis antigos.
A vista da cidade quando estamos chegando já chama atenção. A cidade vai surgindo com um grande morro por trás, cheio de verde. Observamos muitos imóveis bem conservados na região que parece ser mais antiga.
As fachadas bem pintadas e coloridas, com arquitetura eclética do final do século XIX e início do século XX chamam atenção e agradam aos olhos dos visitantes.
A bela Igreja Matriz de São Vicente Férrer fica no topo de uma ladeira o que lhe dá mais charme e imponência.
Casarões de São Vicente Férrer


Ao passar por Macaparana havíamos notado uma diferença nas margens da estrada e nos morros da Zona da Mata naquela região. Sempre imaginamos a Zona da Mata de Pernambuco com os imensos canaviais, no entanto, a região de Macaparana, São Vicente Férrer e Machados tem a predominância da banana como principal cultura. Os bananais sobem e descem os morros, tomando toda a paisagem. Não é difícil ver cachos de bananas (em ótimo estado!) caídos pela estrada.
Em razão disso, São Vicente Férrer promove todos os anos, no final de novembro, a "Festa da Banana", que é o grande evento local e conta com uma peculiar corrida "de costas".


Mercado Público; Igreja; Pátio da Festa da Feira; e, Plantação de Banana à beira da PE-089.
O município é formado pelos distritos sede, Siriji e por povoados como a Chã do Esquecido e também alguns sítios como chã de Rosa chã do Aleixo, Sipo Branco e Oito porcos.
O distrito fica ás margens da PE-089. Logo no trevo de acesso, há uma imagem de São José do Siriji, padroeiro local.
No centro, encontramos uma pequena Igreja em frente a uma praça onde se realizava a feira livre naquela data.
Pesquisando, descobrimos que o nome "Siriji" tem como significado "água corrente", o que deve remeter ao rio que corta o distrito.
Igreja de São José e Rio Siriji
Nossa meta era chegar até a Capela de Santa Ana, uma charmosa edificação que fica a pouco mais de 1 km do povoado de Siriji, à beira de uma estradinha de terra. O acesso é muito fácil e vale a pena fotografar ou apenas contemplar a capelinha.
O Engenho fica a cerca de 500 metros da capela, que tem sua frente voltada para a sede. O rio Siriji passa bem ao lado, como um pequeno riacho.
Capela de Santa Ana; Rio Siriji, Sedes de Engenhos.
Histórico:

"O povoamento da região surgiu a partir da feira livre instalada à sombra de uma frondosa árvore por Jerônimo de Albuquerque Melo, João da Silva Pessoa e José Joaquim do Espírito Santo. Posteriormente foi construída uma capela em homenagem a São Vicente Férrer. 
  • Lei Provincial 527 de 4 de fevereiro de 1862 cria a freguesia de Cruangy na Comarca de Nazaré.
  • Lei Provincial 581 de 30 de abril de 1854 muda a denominação da freguesia de Cruangy para São Vicente.
  • Lei Estadual 991 de 1 de julho de 1909 eleva o distrito de São Vicente à categoria de vila.
  • Lei 1931 de 11 de setembro de 1928 cria o município de São Vicente, constituído pelo distrito de São Vicente, o distrito de Macapá, desmembrado do município de Timbaúba, e parte do distrito de São José do Siriji, desmembrado do município de Bom Jardim.
  • Decreto Estadual 57 de 21 de abril de 1931 transfere para Macapá a sede e a denominação do município.
  • Decreto-lei Estadual 235 de 9 de dezembro de 1938 muda a denominação de São Vicente para Manoel Borba.
  • Decreto-lei Estadual 952 de 31 de dezembro de 1943 muda e dominação do município para Macaparana.
  • Lei Estadual 1818 de 29 de dezembro de 1953 recria o município, agora com a denominação de São Vicente Férrer, com o território dos distritos de Manoel Borba e Siriji."
Fonte: Wikipédia

domingo, 12 de junho de 2016

Macaparana e Pirauá

Macaparana fica em uma bela região da Zona da Mata Norte de Pernambuco. O acesso é tranquilo e pode ser feito a partir das BRs 101 ou 232 e 408. Nós partimos de Olinda, então preferimos seguir até Goiana pela BR-101 e de lá seguir pelas rodovias estaduais PE-075 e PE-089, com direito a parada em Timbaúba para um café da manhã.
Rodovia PE-089
Dependendo do caminho que se tome, a distância varia de 120 a 140 km, o que não quer dizer que as maiores distâncias levem mais tempo de viagem. A viagem pode durar entre 2 h 10 min a 2 h 40 min.
A BR 101 norte é muito bem conservada e sinalizada após o viaduto do acesso a Itapissuma / Itamaracá e Goiana. Entre Goiana e Timbaúba a PE - 075 requer bastante atenção, pois está repleta de buracos. Já a PE-089, entre Timbaúba e Macaparana está bem conservada e sinalizada, mas requer atenção.
Mercado Público; Cine Mascarenhas; Câmara Municipal; e, Busto Dr. Silvio Maris
Macaparana nasceu e cresceu sobre morros e as ladeiras são constantes nos passeios pelas suas ruas. Muitas dessas ruas já não têm mais imóveis com fachadas em estilo eclético, do início do Séc. XX, o que tira a beleza da cidade, sobretudo do centro comercial.
Igreja Matriz de N. Sra. do Amparo
A Igreja Matriz de Nossa Senhora do Amparo, restaurada em 2011 e o seu entorno são bem conservados. Em frente à Igreja há uma pracinha com um charmoso coreto e uma imagem de Nossa Senhora. Quem dera o restante da cidade fosse assim. 
Museu Moura Cavalcanti; Casario
O único Museu que encontramos foi o Moura Cavalcanti, localizado próximo à Igreja de N. Sra. do Amparo, em um imóvel onde até os anos 30 era a sede da Prefeitura. Francisco de Moura Cavalcanti, foi Prefeito de Macaparana, Governador do Amapá e Governador de Pernambuco. Infelizmente estava fechado no dia em que estivemos na cidade.
Os poucos imóveis que remetem à bela época dessa cidade, merecem ser fotografados. Como em tantos outros municípios, o antigo padrão arquitetônico que dava mais charme às cidades tem sido pouco preservado.
PE-091; Igreja do Monte Alegre; Distrito de Pirauá; Casa de Oração
De Macaparana, partimos para o nosso destino que era o distrito de Pirauá pela rodovia estadual que se encontra em estado razoável de conservação. A rodovia, que tem cerca de 18 km, possui muitas curvas, alguns buracos em certos trechos e requer muito cuidado.
Além da linda vista que a região proporciona, encontramos essa charmosa Igreja pelo caminho, em um monte junto da estrada. Não é à toa que é denominada de Igreja do Monte Alegre, vale a pena parar para uma foto!. 
Pirauá; Igreja de N. Sra. da Conceição;  Casario
Pirauá é um Distrito de Macaparana-PE e também de Natuba-PB. A curiosidade do povoado é que a divisa entre os estados fica exatamente no meio da rua principal.
O logar é bem pacato. Dá até para ouvir gente falando à distância O silêncio do povoado só é quebrado pelo som das motos, que substituíram os cavalos e jumentos como montaria e, vez por outra passam por lá.
Pedra do Bico e Pedra de Santo Antônio
Nosso objetivo principal era chegar à Pedra do Bico, principal atrativo natural da Serra do Pirauá. Então, logo que chegamos à Pousada, perguntamos como chegar lá e o recepcionista Júnior se ofereceu para nos levar no final da tarde.
Após almoçar no Restaurante Serra do Pirauá e descansar, partimos para a Pedra do Bico, um conjunto de gigantescas pedras de granito das mais belas e variadas formas. O local está a cerca de 770 metros do nível do mar. O caminho se dá por 8 km de estrada de terra e qualquer carro pode chegar no local. 
Pedra do Bico e Pedra de Santo Antônio
Embora seja relativamente fácil de se chegar, é interessante ir com alguém que conhece, para mostrar as pedras principais. Nosso guia nos levou para ver também a Pedra de Santo Antônio.

No local tem uma pequena capelinha com um anexo onde se encontram a imagem do Santo e objetos referentes a pagamentos de promessas. Infelizmente, muita coisa se encontra degradada pelos visitantes.
O destaque fica por conta de uma passagem subterrânea sob a Pedra de santo Antônio, onde se acredita que as moças que passam três vezes por baixo desta, se casam no mesmo ano.
Muitos romeiros visitam o Horto de Santo Antônio durante o ano, sobretudo em época de festividades.

Serra do Pirauá; Pedra do Bico; Pedra de Santo Antônio; Construções à beira da estrada.

No ponto mais alto das rochas, dá para ver o distrito de Pirauá com suas turbinas eólicas, a Barragem de Acauã e o Rio Paraíba, além de algumas cidades e povoados da Paraíba. A beleza da Zona da Mata e Agreste vista da Pedra do Bico vale horas e horas de contemplação.
Na estrada de terra ainda passamos por uma capelinha, próximo ao local onde deixamos o carro e um antigo restaurante desativado no meio da estrada. 
Uma observação deste que aqui escreve: Adoro encontrar essas construções isoladas nessas estradinhas de terra. Por alguma razão me encantam.

Pousada Pirauá
A Pousada Pirauá é o único Edifício do local, o que permite uma bela vista da região de todos os quartos. Embora contraste com o bucólico povoado, oferece uma ótima estrutura para quem quer conhecer a região ou apenas descansar. Quartos confortáveis, café da manhã regional delicioso e um ótimo atendimento. O Desbravando Pernambuco recomenda!

História:

  O primeiro registro que se tem da formação de Macaparana data do final do século XIX (1879) quando o almocreve Manoel Panguengue construiu um rancho de taipa em terras do engenho Macapá, propriedade de fazendeiro José Francisco do Rego Cavalcanti.

  A construção passaria a servir como ponto de apoio para o comerciante realizar seus negócios e, posteriormente, tornou-se estalagem para os viajantes. Com o passar dos anos outras casas foram erguidas no local, formando o que viria a ser denominado Vila de Macapá, distrito de Timbaúba.

  A vila que deu origem à cidade de Macaparana teve suas primeiras casas construídas no local onde hoje é a Rua Nossa Senhora do Amparo, esquina com a Rua Manoel Borba, no centro. A primeira casa ficava localizada onde é hoje um sobrado comercial, isto no ano de 1879. Uma construção que preserva parte de sua arquitetura original, e que é de grande valia histórica para a cidade, é a casa onde morou por muitos anos a Sra. Anna de Moraes Andrade, vereadora por cinco vezes consecutivas e também ex- prefeita da cidade. Ajudou a escrever uma importante página na história de Macaparana, sendo posteriormente citada em vários livros, entre eles é também merecidamente homenageada como sendo uma das 100 Mulheres que mudaram a história de Pernambuco.


Fonte: Wikipédia