sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Barreiros

Barreiros fica a cerca de 20 km de Rio Formoso, cerca de 17 minutos; 19 km de Tamandaré, 16 minutos; e, 11 km de São José da Coroa Grande, menos de 10 minutos.
Fica ainda a 108 km do Recife, cerca de 1 hora e 40 min e 152 km de Maceió, cerca de 2 horas.
Após observar no mapa a localização dos monumentos que queríamos ver, traçamos um roteiro para não perder muito tempo na cidade, uma vez que poderia ser dia de feira, e com isso, poderíamos ficar impacientes e perder alguma coisa. A Feira da cidade é aos sábados e é muito movimentada, fica difícil estacionar no centro, portanto, não recomendo visitar Barreiros nesse dia.
A entrada principal de Barreiros é no Ponto da Polícia Rodoviária Estadual na PE-060, e, seguimos pelas Avenidas Maria BB de Melo; Maria Amália de Melo; e Ruas Marechal Rondon; Manoel Durval; e, Ayres de Brito. Na realidade, é a mesma Avenida que vai mudando de nome. Já na parte oeste da cidade, dobramos à direita na Avenida Juscelino Kubitschek e chegamos à Praça do Rosário, que tem uma Igreja de Mesmo nome no seu centro, Plameiras Imperiais e é rodeada de casas que deveriam fazer parte da vila operária da Usina Central de Barreiros.
Igreja e Praça do Rosário (Fotos: Daniel Araujo)
Um pouco mais à frente da Praça, observamos em uma colina fora da cidade, a Casa-Grande do Engenho Baeté, que dá nome ao bairro onde fica a antiga Estação Ferroviária de Barreiros, contudo, não pudemos chegar lá em razão da ponte que faz a ligação da Avenida Santos Pinheiro com Baeté estar sendo reconstruída, após ter sido levada pelas cheias de 2010.
Casa-Grande depredada do Engenho Baeté; Vista da cidade a partir da Casa-Grande (fotos: Delano Carvalho); e, Vista da Casa-Grande a partir da Praça do Rosário (foto: Daniel Araújo).
Durante a pesquisa sobre Barreiros, encontramos o site sobre Genealogia do Sr. Delano Carvalho, que pesquisa sobre as origens de seus sobrenomes, onde o mesmo registrou imagens da Casa-Grande do Engenho Baeté, totalmente depredada. Vale a pena visitar o site Raízes e Laços:   http://www.delanocarvalho.com.
Nesta mesma avenida fica a entrada principal da Usina Central de Barreiros, que foi uma das maiores do estado e hoje se encontra em ruínas. Não conseguimos entrar na Usina, mas registramos algumas imagens do portão principal.
Ruínas da Usina Central de Barreiros. (Fotos: Daniel Araujo)

Voltamos seguindo a mesma avenida, e passamos pela Praça Domingos Tenório, onde fica a Associação Barreirense da Melhor Idade.
Após a praça, seguimos pela Rua Dom Luiz, sentido centro e avistamos uma Igrejinha, sem nada ou ninguém que soubesse seu nome, mas por se localizar entre ruas e travessas com o nome de São José, imaginamos que este seja o Santo que dá nome a esta.

Prefeitura Municipal; Capela de São José (?); Praça Domingos Tenório; e, Associação Barreirense da Melhor Idade (Fotos: Daniel Araujo)
Voltamos para a Rua Dom Luiz; depois Ayres Brito, registramos imagens da Escola Estácio Coimbra e do belo sobrado que sedia a Prefeitura de Barreiros e entramos à direita na Álvaro Conrado; depois Olimpio Tenório, até chegarmos à Praça Estácio Coimbra, onde fica a Igreja Matriz de São Miguel Arcanjo. A localização dessa Igreja permite que de sua entrada se veja a maior parte da cidade.
Igreja Matriz de São Miguel Arcanjo; Praça; rio Una; e, Grupo Escolar Estácio Coimbra (Fotos: Daniel Araujo)
Ficamos devendo imagens e relato da famosa Praia do Porto, no litoral de Barreiros.

História:
Barreiros foi formada de uma aldeia cujo chefe descendia de Filipe Camarão (um dos líderes da restauração pernambucana). Foram os Caetés os primitivos habitantes das terras em que se iria formar o município de Barreiros.

O nome Barreiros proveio das escavações feitas no solo, que era de barro vermelho, pelos porcos Caititus, muito abundantes no lugar.

A paróquia de Barreiros, que teria o mesmo padroeiro da aldeia de Una, São Miguel Arcanjo, foi criado por ato da mesa de consciência e ordem no ano de 1786. Durante o paroquiano do Padre Batista Soares, em 1846, foi extinta a paróquia de Barreiros, sendo restaurada em 1849, com os mesmo limites. A primeira pedra foi lançada em 1849, mas não foi possível apurar-se a data da conclusão da igreja matriz. Paralelamente ao rio Una, surgiu a Rua Estrada Nova, nome que indica a sua origem.

A Lei Provincial nº 314, de 13 de maio de 1853, criou o termo de guerreiros elevando-o a categoria de vila, com território desmembrado de Rio Formoso, com freguesia de Água Preta, verificando-se a instalação de município em 19 de julho de 1860; a lei estadual nº 38, de 3 de julho de 1860, elevou a vila de Barreiros a categoria de cidade, tornando-se autônomo.

O primeiro dos melhoramentos foi a instituição do ensino oficial, com a criação em 1855 de uma escola primária. A escola era destinada exclusivamente ao sexo masculino; o seu primeiro professor, nomeado pelo presidente da província José da Cunha Figueiredo, foi o mestre Tranquilino da Cruz Ribeiro.

A Lei estadual nº 38, de 3 de julho de 1892, sancionada pelo governador Barbosa Lima, elevou a vila de Barreiros à categoria de cidade.

Já nos fins do século XX, o lugar se havia desenvolvido consideravelmente, tanto que, ao ser criado o município de Barreiros em 1892, São José da Coroa Grande veio a ser o segundo distrito municipal.

Partindo da praça do mercado surgiu a Rua do Comércio, a mais importante da cidade. Por ocasião da visita pastoral do bispo D. Luiz de Brito, em 1989, essa rua passou a se chamar Rua Dom Luiz, correspondendo atualmente à Rua Ayres Belo.

O primeiro prefeito do município dos Barreiros foi o advogado Dr. José Nicolau Pereira dos Santos e o subprefeito foi o então senhor de engenho André Alves Cavalcante Camboim, parente do Barão de Buíque.

Quando o povoado se transferiu para as margens do Una e Carimã, conservou o nome dos dois povoados que se dividiram entre Barreiros Velho e Barreiros Novo. Extinto o primeiro povoado, o segundo passou a ser chamado de Barreiros.

Especialmente a partir do ano de 1908, acontecimentos em Barreiros incluíram a chegada do trem de ferro, e a construção sobre o Una da ponte Estácio Coimbra. Estácio Coimbra, que viveu em Barreiros durante muitos anos de sua vida, tornando-se prefeito em 1895 juntamente com seu mandato de deputado estadual, foi deputado federal entre 1900 a 1922.

Fonte: Wikipédia

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Rio Formoso

Rio Formoso fica distante cerca de 80 km do Recife e pouco mais de 11 km de Sirinhaém, com o acesso pela PE-060, para quem vem do litoral, e, PE-073, para quem vem da Zona da Mata.
Já havíamos feito algumas fotos de engenhos quando fomos à cidade de Gameleira, pela PE-073, mas, dessa vez, saímos direto do Recife para lá, demorando cerca de uma hora, a partir do Aeroporto dos Guararapes.
Como fomos cedo, aproveitamos para tomar um café da manhã na filial do famoso Rei das Coxinhas. Eu, particularmente recomendo a "cartola" de lá. É uma maravilha, com um cafezinho quentinho. Mas se você for no verão ou em feriados prolongados, é bom se precaver, pois pode haver fila pra pedidos.
Depois do café, entramos na cidade. O Portal na PE-060 ressalta Rio Formoso como Cidade dos Manguezais, o que realmente condiz com a verdade, como você poderá ver nas imagens ao longo deste post.
Logo ao entrar na cidade, passamos pela Academia das Cidades, praticamente uma "marca" na maioria das cidades que já visitamos, e, uma placa ressalta a Batalha do Reduto, sobre a qual falaremos mais adiante.
Andar pelo centro de Rio Formoso é bem tranquilo, pelo menos foi no Sábado pela manhã.
Ig. de N.Sra. do Rosário dos Homens Pretos; Museu  (antiga Intendência e Hotel); Coreto da Pça Agamenon Magalhães; e, Ig. Matriz de São José.  (fotos: Daniel Araujo)
A cidade em sí é pequena, e os atrativos do que podemos chamar de "centro histórico" ficam bem próximos. Pra quem vai pela primeira vez não vai encontrar dificuldades.
Ao entrar na cidade, basta seguir a avenida até uma placa indicar que deve-se seguir à direita, pela Avenida Agamenon Magalhães. Seguindo em frente o visitante chegará na Igreja do Rosário dos Pretos, que fica em uma ladeira. Dessa Igreja, basta voltar e entrar na primeira à direita, passando pela Prefeitura, na Rua João Pessoa. Logo em frente estará o Mercado Municipal, a Praça Agamenon Magalhães, o Coreto, a antiga Intendência e a Igreja Matriz de São José.
Centro da cidade; Pracinha; e, casas. (fotos: Daniel Araujo)
Passando pela Igreja Matriz e seguindo em frente, uma grande Galeria de Lojas, chamada por alguns moradores de Shopping, chama atenção. Voltamos desse ponto, mas se seguisse em frente, chegaria ao porto de Rio Formoso que é bem modesto, mas suficiente para oferecer passeios pelos manguezais e rios que seguem para o mar.
Ig. de N. Sra. do Livramento; via de entrada e saída da cidade. (fotos: Daniel Araujo)
Outra novidade, pelo menos para mim, na cidade, foi a Praça de Alimentação, que é um conjunto de quiosques e lanchonetes organizadas em um terreno no centro da cidade.
Entre 1999 e 2000, participei de um projeto da faculdade para o Município de Rio Formoso, mas somente agora em 2012, voltei a entrar na cidade. Realmente fiquei surpreendido com a limpeza e a conservação dos monumentos. Naquela época a Intendência estava caindo aos pedaços e a Igreja do Livramento estava em ruínas.
Engenho Pedra de Amolar à beira da PE-073 (fotos: Daniel Araujo)
Engenho Pedra de Amolar
Confesso que o grande prazer, para mim, de andar pela Zona da Mata, é encontrar antigos Engenhos de Cana, ainda de pé. Mas por motivos de logística e condições estruturais do nosso veículo, não temos, por enquanto, avançado canaviais à dentro, o que não nos tem impedido, para nossa alegria, de encontrar próximos às rodovias, construções ainda de pé e conservadas.
O primeiro engenho que encontramos em Rio Formoso foi o Changuazinho, que fotografamos de longe a partir da rodovia, mas mais à diante, chegamos até o Engenho Pedra de Amolar, que pertence à Usina Cucaú e está muito bem conservado, embora só existam atualmente a Capela e a Casa-Grande.
Para chegar lá, partindo da cidade de Rio Formoso, deve-se cruzar a PE-060 e seguir pela PE-073 na direção de Cucaú.  A Casa-Grande está situada após 10km de percurso do cruzamento e será avistada facilmente do lado direito da rodovia.
Segundo o levantamento histórico, o engenho Pedra de Amolar foi fundado no século XVI para a produção de açúcar mascavo. No início do século XX, com o processo de formação de Usinas, este Engenho foi desmontado passando a ser fornecedor de cana, estando composto de casa-grande, capela, um armazém e casas de moradores.
A Casa – Grande possui dois pavimentos, sendo que o segundo se caracteriza como uma mansarda.
“...construída em alvernaria de tijolos, tem a parte da frente assente sobre calçada alta – com acesso através de escadas de degraus arredondados – e a parte de trás está rés-do-chão.A planta é formada por dois paralelogramos, constituindo volumes distintos, com relação á forma e ao tratamento. Enquanto o primeiro aparece como a parte nobre com a referida mansarda, situada sobre uma área central que dá acesso tanto a esse ambiente quanto aos quartos, sala e zona de serviçoAs fachadas são rebocadas e caiadas apresentando uma composição simétrica dos vãos à exceção daqueles destinados a serviços. Possuem vergas retas com cercaduras em massa. As esquadrias internas, em duplas folhas são em fichas de  madeiras, enquanto as externas do mesmo material, têm venezianas e vidro. As bandeiras apresentam entre os dois caixilhos de vidro, um pequeno trecho de venezianas. As colunas de sustentação da coberta na varanda são de alvernaria de tijolos, assim com o guarda-corpo existente na lateral direita.A cobertura da parte interior bem como a da mansarda tem quatro águas em telhas-canal. Os beirais são de madeira. Na parte posterior a coberta é em duas águas em telhas-canal e beirais de madeira.”(Fonte: Fundação de Desenvolvimento Municipal do Interior de Pernambuco. Plano de Preservação dos Sítios Históricos do Interior – PPSHI. 1ª parte. Recife, 1982, pág. 242.”)
Casa-Grande do Engenho Machado, em reformas (Foto: Blog Tok de História); Vista para a Foz do Rio Formoso; .interior da casa-grande em 1999. (fotos: Daniel Araujo)

Para se chegar ao Engenho Machado, antigo Engenho Estrela do Norte, deve-se voltar 3 km, pela PE-060, a partir da entrada de Rio Formoso, entrando à direita na estrada de barro, seguindo mais 2 km. Ao chegar próximo à Casa-Grande, há uma porteira e a entrada é restrita, por trata-se de área particular. Mas de lá já dá para ver a várzea do Rio Formoso, onde, de um lado está a Praia de Carneiros (Tamandaré) e do outro a Praia de Guadalupe (Sirinhaém). Nesse engenho, só existe a casa-grande, não sendo possível avistar vestígios da capela, nem de outras edificações.Para nossa alegria, o atual proprietário está recuperado a Casa-Grande, uma iniciativa que merece parabéns e deve ser estimulada pelo poder público, uma vez que são construções que contam um pouco da formação do nosso povo e contribuíram, apesar dos pesares, para a economia e desenvolvimento do nosso estado.
Segundo consta, sua construção data da época da colonização tendo sido inicialmente engenho D´agua, passando no século XIX a ocupar lugar de destaque na economia da região. No início do século XX, com as mudanças que afetaram a estrutura sócio-econômica da região, consequentemente foram introduzidas modificações nas edificações. O Engenho foi desmontado, passando a fornecedor de cana.
“A casa desenvolve-se em dois planos, um dos quais se caracteriza como sótão. Construída em alvenaria de tijolos tem planta de forma retangular.As fachadas são rebocadas, com pintura desbotada. Os vãos possuem vagas curvas, cercaduras em massa e esquadrias de madeira em venezianas e vidro, excetuando-se as da fachada posterior, em fichas. Na fachada principal restam duas esquadrias do tipo guilhotina com caixilho de madeira e vidro, danificadas. Nas empenas aparecem pequenas seteiras.A cobertura é em duas águas de telhas-canal apoiando a última fileira em cornija de massa. Nas extremidades aparecem arremates de bicos de andorinha. A mansarda possui coberta em três águas, apresentando as mesmas características descritas. Trata-se de um prolongamento do sótão e, provavelmente, é de época posterior á da casa-grande, pois os vãos e esquadrias receberam tratamento diferente.Foram construídos recentemente a varanda, com coberta em meia água, apoiada sobre colunas em alvenaria de tijolos, possuindo guarda-corpo do mesmo material; o acréscimo de um volume, ao lado esquerdo, que abriga a cozinha e dependências de serviço” (Fonte: Fundação de Desenvolvimento Municipal do Interior de Pernambuco. Plano de Preservação dos Sítios Históricos do Interior – PPSHI. 1ª parte. Recife, 1982). 
Casa-grande de um provável engenho, na PE-060.  (fotos: Daniel Araujo)
Seguindo pela PE-060, sentido Tamandaré, nos deparamos com essa bela construção à beira da rodovia.
Não havia ninguém por perto para informar se se tratava de algum antigo Engenho, nem o mesmo é citado em alguma fonte de pesquisa ou mapa da região, mas o imponente casarão e uma bela capela que era possível avistar, mas curiosamente não havia ângulo para uma fotografia, são indícios de que fora, outrora.
O ponto de referência é um posto de combustíveis que fica em frente ao mesmo, na margem esquerda da rodovia PE-060, sentido Tamandaré. Fica a cerca de 5 a 7 minutos de Rio Formoso.

Entrada para a Vila e Usina Cucaú, na PE-073 (fotos: Daniel Araujo)
O acesso para a Vila e Usina Cucaú fica a 16 km de Rio Formoso. A Usina Cucaú é uma das maiores de Pernambuco e possui mais de 40 engenhos. 
Engenhos Changuazinho e Burarema (fotos: Daniel Araujo)
O Engenho Changuazinho pode ser visto cerca de uns 3 km de Rio Formoso e o Engenho Burarema pode ser visto cerca de 7 km após a entrada de Cucaú.

Cruzeiro do Reduto; Vista de Guadalupe e Carneiros; Vegetação Diferente; Monte onde ficava o antigo forte. (fotos: Daniel Araujo)
 Em outras oportunidades, fiz passeios de barco pelo rio e sempre em algum momento, paramos no local conhecido como Reduto.

Pode parecer até estranho um cruzeiro em cima de um monte sem nada por perto, mas na realidade, trata-se do marco onde, séculos atrás havia um Forte, chamando de Forte do Reduto, que protegia o Porto, por onde escoavam o açúcar dos Engenhos da região.
Uma grande batalha aconteceu no local, e os Holandeses, com mais de 600 homens, demoraram horas e horas para vencer 20 Luso-Brasileiros que defendiam o forte.

Após a vitória, o General Holandês rendeu honras aos soldados que defenderam o forte e se curvou perante os derrotados, pela grande bravura destes.
Difícil imaginar aquelas enormes caravelas dentro desse rio, mas era comum elas entrarem rio acima no litoral.
Praia da Pedra; Porto do Elói; e, Pedra do Rei. (fotos: Daniel Araujo)
Rio Formoso perdeu Tamandaré que se tornou município, e, assim, ficou sem o contato direto com o Oceano, por outro lado, continuou com as praias fluviais do Reduto e da Pedra.
Durante o passeio de barco, sempre é contada a história da Praia da Pedra, que tem esse nome em razão de uma pedra dentro do rio, em frente à praia, à qual nunca é coberta pelas águas, e onde os pescadores que se aproximam, durante certa época acabam dentro dela.
O Porto do Elói foi o local onde era escoada a produção de açúcar no Século XVII. Fica no rio Formoso, e era protegido pelo Forte do Reduto.
A Pedra do Rei é assim chamada em razão de haver um "rosto" esculpido nela.

História:


O município de Rio Formoso surgiu em terras de um engenho de açúcar do mesmo nome, onde, em 1637, foi construída uma capela sob a invocação de São José. O distrito, pertencente ao município do Recife, foi criado a 4 de maio de 1840. Teve o predicamento de vila a 20 de maio de 1843 e sua sede foi elevada à categoria de cidade a 11 de junho de 1850.

Batalha do Reduto (texto: http://www.sirinhaemsite.xpg.com.br/reduto.htm):


Para não mais correr o risco de ver as raras embarcações que transportavam o valiosíssimo suprimento, principalmente de munição e de pólvora, serem impunemente atacadas, Matias de Albuquerque mandou erigir um reduto na entrada da barra do rio Formoso.
O forte teria capacidade para abrigar somente uma bateria de duas peças de 6 libras. No comando desta nova instalação militar foi colocado o antigo Capitão de milícias do povoado. Pedro de Albuquerque recebeu 21 homens para guarnecê-lo, sendo um deles, Mesquita, seu artilheiro. Num futuro não muito distante eles se eternizariam na defesa deste baluarte.
Em 7 de fevereiro de 1633 durante a expansão do domínio holandês em direção ao Rio São Francisco, tropas holandesas (600 homens) comandadas pelo então major Von Schkoppe, atacaram o Forte do Rio Formoso. Armado com apenas duas peças de canhão e com uma guarnição de 20 homens, os combatentes não aceitaram a intimação para rendição.
O forte resistiu a três pesadas acometidas do inimigo. No quarto assalto, os holandeses puderam enfim entrar no forte, onde encontraram toda a guarnição morta, e apenas um combatente, seu comandante, Pedro de Albuquerque, gravemente ferido. As perdas dos invasores atingiram 80 baixas.

O Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico Pernambucano, no início do século XX, fez erigir um monumento, com a inscrição:

"Aqui, ao mando de Pedro de Albuquerque, vinte intrépidos guerreiros, a 7 de fevereiro de 1633, repeliram quatro ataques de seiscentos holandeses, produzindo-lhe a perda de oitenta homens. Intimados a capitular, preferiram morrer pela integridade da Pátria. Nunca soldados cumpriram melhor o seu dever."


sábado, 29 de dezembro de 2012

São José da Coroa Grande

São José da Coroa Grande é o último município do litoral sul de Pernambuco, fazendo fronteira com Alagoas. Fica a 120km do Recife e fica às margens da PE-060.
A principal praia de São José fica no centro da cidade, próxima à Igreja, à Praça e à Prefeitura.
São José possui pousadas e casas para alugar por temporada, além de bares e restaurantes, mas não recomendamos O CASTELINHO, que fica ao lado da Igreja, junto da praia, o atendimento é péssimo há anos!
Praça; Igreja Matriz de São José; Praia de São José; Pracinha; e, Capela do Santuário da Mãe Rainha. (Fotos: Daniel Araujo)
A cidade é composta de muitas casas de veraneio e fica lotada nos finais de semana e feriados.
Capelinha na estrada para Abreu e Várzea do Una; Igreja de São Sebastião em Abreu do Una e Pracinha com TV. (Fotos: Daniel Araujo)
Ao norte da cidade de São José, chegamos ao distrito de Abreu do Una, após 7km de estrada de barro, e fomos recompensados com a Praia de Gravatá, escondida e separada do Abreu pelo imenso manguezal. 
Para chegar lá, deixamos o carro em um bar no Abreu e fomos caminhando por uma trilha por dentro do mangue. Uma pontezinha de madeira bem comprida leva à praia.
Manguezal e trilha para a praia de Gravatá. (Fotos: Daniel Araujo)
A praia de Gravatá não é muito frequentada, uma vez que é desconhecida da população das outras cidades, o que a deixa tranquila e quase deserta.
Praia de Gravatá - Vista de São José ao Sul e vista de Várzea do Una ao Norte. (Fotos: Daniel Araujo)
Cerca de 3km ao norte, seguindo pela mesma estrada de barro, chegamos a Várzea do Una, que é um distrito maior que Abreu e onde pudemos visitar o Museu do Una (www.museudouna.com.br/). A entrada é R$ 2,00 e o pequeno acervo conta muito da História da Região de Barreiros e São José. Em breve, será inaugurado um observatório, o qual aparece na foto abaixo.
Mapa litorâneo; Clube Bola de Ouro; Igreja de São Sebastião e Casa Paroquial de Várzea do Una; Museu do Una  e Locomotiva da Usina Central de Barreiros. (Fotos: Daniel Araujo)
Poucos locais que visitamos possuem sinalização turística, como Várzea do Una.
Lá há alguns bares muito frequentados e passeios para a Praia de Várzea do Una. Devido ao horário, acabamos sem ir até lá, dessa vez.
No estuário do Rio Una, em frente ao Museu, ainda dá pra ver resquícios da enchente de 2010. Muitos pedaços de árvores carregadas pelas águas na época.
Uma curiosidade: Na região de Várzea do Una, foram feitas várias cenas da novela A Indomada da Rede Globo.
Mapa Turístico de Várzea do Una; Estuário do Rio Una; e, Vista da Foz do Una e da praia. (Fotos: Daniel Araujo)

História:

Nas suas origens o Município de São José da Coroa Grande esteve habitado pelos índios Caetés, que dedicavam-se a pesca e a agricultura, e era conhecido como Puirassú, 'Coroa Grande'. Encontraram em toda a zona um lugar ideal para instalar-se, com belas praias cheias de recifes de coral, rios e espessa vegetação.
No século XVI toda a zona foi conquistada pelos portugueses, que proporcionaram um período de resplendor em todo o território onde suas principais atividades continuavam sendo a agricultura e a pesca. Posteriormente foi invadido pelos holandeses
A princípios do século XX, ano de 1901, foi fundado o distrito de São José da Coroa Grande, que estava integrado ao município de Barreiros. No ano 1938 era conhecido como Puiraçu e não foi até meados do século XX, ano de 1958, quando estabeleceu-se como município independente, recebendo definitivamente sua atual denominação.

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Tamandaré

Tamandaré é um dos mais novos municípios pernambucanos. Nasceu em 1997, desmembrado de Rio Formoso. Fica a cerca de 104 km do Recife e 30 de Sirinhaém.
Para chegar lá, seguimos pela PE-060, sentido Alagoas e, ao atravessar a Reserva Biológica de Saltinho, que praticamente cobre a rodovia, com seus bambuzais e, entramos na PE-076 até que chegamos à cidade.
PE-060, Reserva de Saltinho, próximo à entrada para Tamandaré; Igreja Matriz de São Pedro Apóstolo e Casa do Artesão.
Logo ao entrar na cidade, aproveitamos para conhecer o Forte de Santo Inácio de Loyola, de 1691, que preserva boa parte de seus paredões e uma capela, além dos canhões e do Farol, construído no início do século XX. Vale a pena entrar. Ele passa boa parte do tempo aberto e a visitação é gratuita. Ótimo lugar para tirar fotos.
Seguindo a diante, passamos pela Casa do Artesão, que possui um ótimo acervo para os que adoram levar lembranças do lugar.
Forte Santo Inácio de Loyola

Forte Santo Inácio de Loyola
Na Orla principal de Tamandaré, além de bares, restaurantes e um mar belíssimo, ainda há ruínas de antigas residências e a abandonada Igreja de São José.
Casa em Ruínas; Casa Paroquial  e Igreja de São José de Botas; Praia de Tamandaré; Igreja de São Pedro na Praia de Campas
Tamandaré possui inúmeras pousadas e hotéis, além de várias casas e apartamentos para alugar por temporada. Pra conhecer, recomendo passar 3 a 4 dias, lembrando que em Janeiro e nos Feriados, a população da cidade quadriplica.
Igreja de São Pedro e Praia de Campas (Fotos: Daniel Araujo)
Por curiosidade, resolvemos pesquisar sobre e Igrejinha de Campas, atualmente denominada de Igreja de São Pedro, uma vez que fomos informamos que tempos atrás era Igreja de Nossa Senhora dos Navegantes, e eis que descobrimos a razão da mudança de nome em uma foto antiga dessa Igreja postada no Panorâmio por Luís Flávio Accioly que informa: "Quando da emancipação de Tamandaré em 1996, deixando de ser Distrito de Rio Formoso-PE, e passando a ser cidade, por interesses Políticos, o então Pároco o Pe. Enzo distituio (sic) o então Padroeiro de Tamandaré (Santo Inácio de Loyola), e consagrou São Pedro (Padroeiro dos Pescadores), como Patrono da cidade..."
O curioso é que no município, ainda há outras duas Igrejas em homenagem a São Pedro, a Matriz de São Pedro Apóstolo e a Nova Matriz de São Pedro.
Igreja Nova Matriz de São Pedro (Fotos: Daniel Araujo)
A Nova Igreja Matriz em traços contemporâneos, é imponente, contudo, para este que vos escreve, não tem o mesmo brilho daquelas Igrejas com traços Barrocos e Coloniais. E, porquê não restaurar a Igreja de São José e a Casa Paroquial?
Igreja de São Bemedito e Orla do Rio Formoso em Carneiros (Fotos: Daniel Araujo)
Pouco antes da cidade de Tamandaré, pode-se pegar o acesso à Praia dos Carneiros, que também leva de volta à PE-060.
Nossa visita a Carneiros se deu em uma oportunidade anterior, através de um passeio de Catamarã pelo Rio Formoso, saindo do Pier de Mariassú em Sirinhaém. A empresa que realiza esses passeios é a "Cavalo Marinho". Recomendo!
O local é lindo, as águas do Rio Formoso são claras na região e lá encontramos o único Manguezal marinho que se tem conhecimento, que cresceu nos arrecifes naturais, os quais possuem piscinas naturais de rara beleza.
Pontal dos Carneiros (Fotos: Daniel Araujo)
A praia dos Carneiros é repleta de ótimas pousadas, porém caras, e o mesmo se pode falar dos bons restaurantes. Mas vale a pena!
Pra quem gosta de ver gente bonita, Carneiros é o lugar! Nesse quesito venceu Porto de Galinhas, Boa Viagem e Tamandaré.
Compramos até pilhas alcalinas na praia! R$ 10,00 o par. A da nossa câmera descarregou durante o passeio, mas as imagens de Carneiros valeram cada centavo!

Cachoeira do Bulha - Rio Mamucadas - Reserva de Saltinho - PE-076 (foto: Madoka Kitani/Webventure)
Há ainda o gelado banho na Cachoeira do Bulha, juntinho à PE-076 no início da Reserva de Saltinho, sentido Tamandaré--PE-060.

História:

A palavra Tamandaré é de origem indígena, do vocábulo tupi "tab-moi-inda-ré", que significa o repovoador. Segundo a lenda, "o repovoador" era um pajé a quem o grande deus dos trovões, Tupã, avisou que iria exterminar os homens. Assim, quando houve o dilúvio, Tamandaré já se encontrava na arca com sua família, onde ficou até o fim das chuvas, voltando em seguida às terras secas para reiniciar o seu povoamento.
Originalmente, Tamandaré não era mais do que uma praia selvagem, quando fazia parte das terras de Una e Rio Formoso, herdadas pelo coronel João Pais Barreto IV, na segunda metade do século XVI. Foi elevada a distrito em 1905, por influência das famílias Pimentel, Amorim Salgado e Salgado Accioli, descendentes dos Pais Barreto.
Obteve a sua emancipação política em 28 de setembro de 1997, tendo como principal responsável o na época vereador e após primeiro prefeito do município Paulo Guimarães, durante o governo de Miguel Arraes, sendo prefeito do Rio Formoso José Hildo Hacker, pai do atual prefeito.
Ao contrário do que se pensa, foi o município que deu nome ao título do marquês de Tamandaré, o patrono da marinha brasileira. Em 1859, acompanhando o casal imperial em viagem ao norte do Brasil, de passagem por Pernambuco, Joaquim Marques Lisboa pediu ao imperador D. Pedro II para trazer os restos mortais de seu irmão, Manuel Marques Lisboa Pitanga, morto na Confederação do Equador, em 1824. Os despojos estavam sepultados no cemitério do pequeno porto de Tamandaré. Pelo gesto, quando o imperador resolveu fazê-lo barão, no ano seguinte, deu-lhe o título de barão de Tamandaré.

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Barra de Sirinhaém

Seguindo para o litoral pela PE-61, chegamos no entroncamento com a PE-009, e, dobrando à esquerda, no distrito de Barra de Sirinhaém. 
Seguindo sempre em frente, encontramos a Igreja de São Sebastião,e, mais adiante, o Porto no Rio Sirinhaém, de onde saem os barcos para a Ilha de Sto. Aleixo, no final da pista. No distrito há pousadas e um clube, além de bares à beira-mar.
Pontal da Barra de Sirinhaém; Praia do Guaiamum ao amanhecer; e, Orla do Rio Sirinhaém. (Fotos: Daniel Araujo)
 Caminhando pela praia, dá pra observar a Ilha de Santo Aleixo e a praia de Toquinho, do outro lado do rio, pertencente ao município de Ipojuca. Vale a pena dar uma parada na orla do rio e contemplar a vista. O melhor lugar para banho é no pontal, onde o rio e o mar se encontram, na maré baixa. A depender da época, na maré baixa dá pra se caminhar até os arrecifes e ver os peixes coloridos e muitos moluscos.
Também é legal provar os caldinhos de camarão e aratu nos bares próximos à Colônia de Pescadores.
Praça e Igreja de São Sebastião; Casa de Azulejos na orla do Rio Sirinhaém; e, Porto da Barra de Sirinhaém. (Fotos: Daniel Araujo)
 Voltando à PE-009, seguindo o sentido sul, passamos pela praia do Guaiamum, onde o mar é muito agitado e chegamos à praia do Gamela, conhecida como A-Ver-O-Mar (um grande, mas inacabado loteamento iniciados nos anos 70 por um português, que deu o nome ao lugar em referência a uma praia de Portugal), onde curtimos o sol e alguns petiscos num dos bares da beira-mar. Há passeios de barco para as piscinas naturais.
Praia de Gamela/A-Ver-O-Mar; Pier de Mariassú (Fotos: Daniel Araujo); e, Capela de Nossa Senhora de Guadalupe (foto: Prefeitura Municipal)
 Mais tarde, seguimos para a última praia, a de Guadalupe, que é um verdadeiro paraíso na foz do Rio Formoso. Em Guadalupe há uma área de falésias e outra com piscinas nos bancos de areia que se formam na maré baixa. Há um bar na área de estacionamento, nas falésias. O melhor local para banho é no pontal e no rio Formoso, cerca de 5 minutos de caminhada.
Em Guadalupe há uma Capela em homenagem a Nossa Senhora. de Guadalupe, atualmente em ruínas. Não chegamos até ela, mas a avistamos durante um passeio de catamarã pelo rio.
No Pier de Mariassú, onde termina a PE-009 em Sirinhaém, há passeios de barco pelo rio e pelo mangue. Também pode-se passar um tempo no Bar do Mangue, mas o acesso é só de barco mesmo.

Praia de Guadalupe (Carneiros-Tamandaré ao fundo); e, Pontal de Guadalupe. (Fotos: Daniel Araujo)
A PE-009 originalmente nasce no Marco Zero do Recife e segue margeando as praias, contudo, por não possuir pontes sobre os rios ela apenas existe beirando as praias. Em Sirinhaém, ela começa no porto da Barra e termina no belíssimo Pier de Mariassú, uma praia fluvial no Rio Formoso, e de onde pode-se realizar passeios de barco pelo mangue ou para a praia dos Carneiros, passando pelo famoso banho de argila e pelo Bar do Mangue. Próximo ao Pier, há um ponto de apoio e estacionamento, além de um Heliporto que serve à Área de Proteção Ambiental.

Em breve atualizaremos a postagem com imagens da Ilha de Santo Aleixo.

domingo, 23 de dezembro de 2012

Sirinhaem

O acesso é tranqüilo e seguro, basta pegar a BR-101 Sul, até a entrada do município do Cabo de Santo Agostinho e logo depois a PE 60 até a paisagem local, formada por mangue, rio e mar começar a desenhar o cenário paradisíaco de Sirinhaém. A beleza do local vai chamando a atenção já na chegada, na PE-060 até a beira-mar de Barra de Sirinhaém, através da PE-061 e PE-009, seu distrito litorâneo.
A arquitetura colonial, nos leva a época do domínio holandês. São Igrejas, casario, casas-grandes de engenhos, e monumentos que compõem o retrato de uma época de grande fartura.
Câmara Municipal (antiga Cadeia). Busto de Oscar da Fonte; Prefeitura; e, Cristo Redentor. (Fotos: Daniel Araujo)
Começando pela sede do município, visitamos o Jardim das Artes, um local onde são produzidas peças de artesanato em madeira pelo mestre. Logo depois, seguindo para o centro, passamos pelo recém inaugurado o Shopping Sirinhaém, pela Igreja Matriz de N. Sra. da Conceição, Prefeitura, Câmara (antiga cadeia), Cristo Redentor e Igreja de São Francisco/Convento de Sto. Antônio. No caminho encontramos uma pequena capela fechada e sem informações. Próximo à entrada da cidade, já voltando, encontramos meio escondida em uma parte alta, a Capela de São Roque, a mais antiga da região.

Igreja de São Francisco e Convento de Sto. Antônio (Fotos: Daniel Araujo)
Igreja Matriz de N. Sra. da Conceição; Capelinha; Capela de São Roque e seu sino. (Fotos: Daniel Araujo)
Entrando na PE-061, juntinho à entrada da cidade, seguimos para Santo Amaro, onde fotografamos a Capela de Santo Amaro, que chama atenção pelos seus arcos nas laterais, o que a deixa muito bem ventilada por dentro.
Capela de Santo Amaro (Fotos: Daniel Araujo)
Mais à diante na PE-060, sentido Rio Formoso os viajantes podem ver o Engenho Tinoco, bem conservado e com vários arcos por sobre onde passava a água que servia o engenho.
Engenho Tinoco - PE-060 (Fotos: Daniel Araujo)

Para conhecer o distrito de Ibiratinga, voltamos à PE-060 e entramos no acesso à Usina Trapiche, passando por casas de moradores do Engenho Palma, e por uma barragem no rio Sirinhaém. Aproveitamos para conhecer a vila da Usina, que mantém uma Locomotiva e uma Máquina à Vapor bem conservadas, além de um Clube, uma Capela e a bela Casa-Grande do Engenho Rosário. Funcionários da Usina, bem simpáticos nos indicaram onde estavam as máquinas para tirarmos fotos.
Usina Trapiche, Barragem no rio Timboassu; Capela, Rosário Esporte Clube, Moradias da Usina Trapiche/Engenho Rosário. (Fotos: Daniel Araujo)
A Vila da Usina Trapiche / Engenho Rosário reserva essas duas máquinas preservadas que remontam a História do lugar. Chamam a atenção dos visitantes.
Máquina a Vapor e Locomotiva antiga na Usina Trapiche (Fotos: Daniel Araujo)
Entrando propriamente na PE-064 alguns engenhos passaram despercebidos, mas no Engenho Jaguaré que fica na beira da rodovia registramos imagens da Capela e das ruínas da Casa-Grande, da qual só resta a parte de baixo da residência, onde ficava a senzala (fotografias de 1998 mostram que ainda havia parte da Casa na época).
Ruínas da Casa-Grande do Engenho Jaguaré; Capela de N.Sra. da Conceição; Igreja de Ibiratinga (Fotos: Daniel Araujo)
A PE-064 é boa, com ressalvas à sujeira proveniente dos caminhões de cana, o que requer cuidado ao trafegar, mas a vista é muito bonita e ainda há áreas com mata atlântica preservada.
Em Ibiratinga registramos imagens da Igreja. O distrito em sí parece uma pequena cidadezinha isolada no meio do canavial. É relativamente longe de Sirinhaém e de Ribeirão.
Retornamos à PE-061, sentido Barra de Sirinhaém e passamos pelo Engenho Trapiche Velho, onde observamos o antigo escritório da Usina em ruínas e uma Capela com fachada mais moderna e conservada.
Entrada do Engenho Boa Vista; Jardim das Artes; Antiga sede do Engenho Trapiche-Velho e sua Capela. (Fotos: Daniel Araujo)
Abaixo algumas imagens das belas casas-grandes ainda de pé em Sirinhaém, com destaque para a Imponente Casa-Grande do Engenho Rosário, atual sede da Usina Trapiche.
Casas-Grandes dos Engenhos Rosário/Usina Trapiche (foto: 3rdCultureChildren); São José (foto: Governo de Pernambuco) e Ubaca-Grande  (foto: Prefeitura Municipal)

Curtam as belezas das Praias de Sirinhaém no post: Barra de Sirinhaém

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Xexeu

Xexéu é a ultima cidade antes de atravessar a fronteira com Alagoas pela BR-101. A rodovia que é excelente no trecho entre Recife e Palmares, muda drasticamente alguns metros depois do cruzamento com a PE-126.
A obra de duplicação foi abandonada e a terraplanagem, bem como os imóveis desapropriados seguem em ruínas, bem como a própria rodovia.
De todas as rodovias que passamos nas mais de 38 cidades que visitamos anteriormente, este trecho para Xexéu é o pior e mais perigoso. Nem o trecho entre o distrito de Formigueiro e a cidade de Bonito, postado meses atrás, e onde não havia mais asfalto foi tão ruim.
O pior, é que as construtoras foram pagas para realizar a obra, e, as obras seguem abandonadas.
Mas, enfim, chegando a Xexéu, encontramos logo a Igreja de São Sebastião, que fica às margens da BR-101. Logo em frente a esta, fica a entrada para o centro, que ainda preserva um pouco do início da povoação do lugar.
Não havíamos pesquisado muito sobre o município, razão pela qual nossa passagem se limitou ao centro da cidade. Quem sabe em uma próxima visita, possamos trazer coisas mais interessantes sobre Xexéu.
Igreja de São Sebastião; Praça de eventos com imagem da Xexéu antiga; Rua  em Xexéu;  Detalhe da antiga Farmácia.

Historia:
A área onde atualmente fica a cidade de Xexéu foi rota de escravos que seguiam em direção ao Quilombo dos Palmares. Como era caminho obrigatória dos negros, ali foi criado, em 1675, um lugar de resistência dos negros, denominado Engenho Macaco. Este povoado chegou a ter mais de 15 mil habitantes. No final do século XIX, a povoação ganhou o nome de Aurora, por conta, segundo historiadores, da passagem das tropas de um marechal que ficou admirado com o amanhecer do lugar e conseguir convencer os habitantes pela mudança do nome.
O distrito de Xexéu, pertencia ao município de Água Preta, foi criado pela lei municipal nº 53, de 24 de abril de 1930. Tornou-se um município em 1 de outubro de 1991, através da lei estadual nº 10.621. O nome da cidade é em homenagem ao pássaro conhecido por xexéu, de canto harmonioso, comum no lugar em tempos passados.
Informações complementares você encontra no livro a História do Xexéu. Dos autores Bernardo Almeida(Valdenicio),Ademmauro Gommes e Marcos Gonçalves.