sábado, 9 de novembro de 2013

Ilha de Itamaracá

A Ilha de Itamaracá, que deu nome à antiga Capitania Hereditária de Itamaracá, hoje pertencente ao estado de Pernambuco, fica a cerca de 40 km do Recife.
A Ilha foi um dos primeiros destinos de veranistas no litoral pernambucano e atualmente, fica lotada nos finais de semana e feriados.
Aproveitamos para visitar a maior parte de Itamaracá em um dia comum de semana. Pouca gente pelas ruas, a maioria das pessoas de férias ou à passeio. Ótimo dia pra tirar fotos dos monumentos!
Saímos de Itapissuma, atravessando a Ponte Getúlio Vargas sobre o Canal de Santa Cruz, que é uma mistura de braço de mar com foz de rios da região.
Ponte Getúlio Vargas
Tempos atrás, havia uma espécie de guarita no meio da ponte, uma vez que a Ilha abriga dois presídios e, até então as fugas eram frequentes.
Em razão de ser um dia de semana, decidimos não ir ao extremo norte da Ilha que, embora de rara beleza, nos faria passar por alguns quilômetros em uma estrada de terra no meio da mata e com um presídio pelo caminho. Mas, em breve, editaremos esse texto e incluiremos imagens da parte mais tranquila do município.
Passamos então direto para o centro da cidade, subindo um pouco para encontrar a Igreja do Bom Jesus dos Passos.
A igreja fica com a frente para o norte. Próximo a ela há algumas casas com arquitetura antiga e muito bonitas. A avenida passa do seu lado direito, que é também o lado do mar.
Igreja do Bom Jesus dos Passos e Casario Antigo.
Sair da Igreja e se deparar logo com a visão belíssima dessa praia é um privilégio dos moradores do lugar.
Também a poucos metros da Igreja, encontramos o Centro Cultural Estrela de Lia, local onde ocorrem as famosas Cirandas de Lia de Itamaracá, sempre tocadas e dançadas no Carnaval de Pernambuco.
Praia de Jguaribe e Centro Cultural Estrela de Lia ao fundo.
A praia de Jaguaribe fica entre a Praia do Pilar, que é o centro da cidade, e a foz do rio Jaguaribe.
Praia de Jaguaribe.
Voltamos para o centro, Bairro do Pilar, onde se encontram a Praça e a Igreja Matriz, de mesmo nome.
Praça do Pilar e Igreja de N.Sra. do Pilar.
Para nossa sorte, a Igreja do Pilar estava aberta, então pudemos registrar algumas imagens da maior igreja da ilha, com destaque para o jardim lateral e a infinidade de janelas.
Interior da Igreja de N.Sra. do Pilar.
A Igreja Matriz fica bem no centro da cidade, como é comum, e, como em Itapissuma, nossa cidade anterior, a Prefeitura e a Câmara Municipal são vizinhas.
Jardins da Igreja de N.Sra. do Pilar, Prefeitura e Câmara Municipal.
Passamos agora à região sul da Ilha, passando primeiramente na Praia de São Paulo pra degustar Sururu e Caldinho de Peixe, curtindo o silêncio e a brisa do mar.
Praia de São Paulo
Continuando rumo ao Forte, registramos imagens da Igreja de São Paulo à beira da rodovia. Nesse ponto inicia Ilha à dentro, a Trilha dos Holandeses, que é feita a pé e chega ao povoado de Vila Velha.
Igreja de São Paulo, Rodovia PE-01.
A rodovia termina no Forte de Santa Cruz de Itamaracá, mais conhecido como Forte Orange, nome dado pelos Holandeses quando de sua construção, em homenagem à casa Orange-Nassau que governava os Países Baixos à época.
A praia do forte é bem servida de bares, sendo bem movimentada nos feriados, sobretudo por barcos que fazem a travessia para a Ilhota da Corôa do Avião, pertencente ao município de Igarassu.
Praia do Forte
O Forte é aberto ao público, e, mesmo sendo uma dia de semana normal, estava com muitos visitantes. A entrada é gratuita, mas dentro não observamos lanchonetes ou algo parecido.
Forte Orange; Corôa do Avião, ao fundo.
Construído pelos holandeses, teve as muralhas reforçadas pelos portugueses, preservando parte do desenho original.
Dentre os fortes de Pernambuco que conhecemos, este é, sem dúvida, o maior. O pátio é muito grande e a área no entorno das muralhas permitiam bastante mobilidade aos soldados.
Forte Orange
Infelizmente, as peças encontradas durante as prospecções realizadas ao longo dos anos não se encontram no forte, mas há um salão com um painel explicativo sobre a História dele.
Na imagem a seguir, observa-se a antiga frente do forte voltada para o Canal de Santa Cruz, onde havia a entrada original construída pelos holandeses.
Forte Orange
Os enormes canhões deviam acertar navios a quilômetros de distância. A explicação de não ter sido construído mais ao centro da ilha se deve ao fato dos holandeses planejarem conquistar a antiga capital, Vila da Conceição, atual Vila Velha.
Forte Orange

A Capela se encontra totalmente vazia. Somente a moldura do altar se sobressai às paredes brancas da construção.
No centro do pátio há uma cacimba. No entanto, fica a dúvida se, em razão da proximidade com o mar, de um lado, e o manguezal do outro, a qualidade da água seria boa.

Capela, Poço e Muralha do Forte Orange
Do Forte, fomos para Vila Velha. Embora estejam geograficamente próximos, o manguezal não permite chegar de carro direito pela praia do forte. Assim, retornamos em direção à Itapissuma e logo que avistamos a estrada para Vila Velha seguimos por ela.
A estrada é de paralepípedos, em bom estado, e a vila é bem rústica.
A Igreja de Nossa Senhora da Conceição se destaca no lugar. Os detalhes na fachada e a simplicidade do interior são bem interessantes.
Igreja de Nossa Senhora da Conceição
O mirante por trás da Igreja possui uma linda vista da Coroa do Avião, do Pontal de Maria Farinha e da foz do rio Timbó.
Vista da Coroa do Avião, Vista do Pontal de Maria Farinha e Mirante Artesanato.
No centro da vila há um monumento conhecido como Pelourinho.
Igreja de Nossa Senhora da Conceição e Pelourinho
Tivemos um pouco de sorte e conseguimos entrar nas ruínas da Igreja do Rosário dos Homens Pretos, a poucos metros do centro da vila. São ruínas de certo modo bem conservadas. Talvez pelo fato de haver um cemitério logo ao lado.
Ruínas da Igreja de N. Sra. do Rosário dos Homens Pretos
Já de volta à rodovia com destino a Itapissuma, aproveitamos para registrar imagens do Engenho São João.
Parece que a antiga senzala teve usos diversos nos últimos anos. A Casa-Grande está de pé e a Fábrica aparenta estar bem conservada, o que é uma raridade nos Engenhos de Pernambuco na atualidade.
Engenho São João.
Projeto Peixe-Boi

Em uma visita anterior, não propriamente à Ilha, mas em razão de um passeio de Catamarã, fizemos uma parada no Projeto Peixe-Boi Marinho que fica situado próximo ao Forte Orange.

A entrada é paga, mas vale a pena. Pudemos ver alguns desses simpáticos animais em 3 oceanários. Os monitores informaram que lá eles são identificados, tratados e reabilitados para a volta ao habitat natural. 
Também tem um cinema em formato de Peixe-Boi e o teto por dentro tem o desenho da coluna do animal. Assistimos projeções de documentários a respeito da história do animal bem como da caça predatória que quase extinguiu a espécie. Ainda visitamos um museu e uma lojinha de suvenires.

Projeto Peixe-Boi Marinho


Histórico da Ilha de Itamaracá:
Os primeiros habitantes seriam náufragos, havendo também registros sobre a passagem dos portugueses João Coelho da Porta da Cruz e Duarte Pacheco Pereira, em 1493 e 1498, respectivamente.
Em 1526, já havia uma capela dedicada a Nossa Senhora da Conceição, de responsabilidade do padre Francisco Garcia, na Vila Velha, localizada à margem esquerda do Canal de Santa Cruz.
A ilha prosperava à sombra da economia açucareira. Em 1630, a Vila Velha possuia cem casas e uma Santa Casa de Misericórdia.
Os holandeses invadiram a ilha em 1631 e lá ergueram o Forte Orange, na entrada Sul do canal de Santa Cruz, construído em taipa de pilão. O forte tinha este nome em homenagem ao Príncipe holandês Frederico Henrique de Orange, tio de Maurício de Nassau. A Ilha de Itamaracá serviu de celeiro aos holandeses. Posteriormente, o forte passou a ser chamado Forte de Santa Cruz, já sob domínio português.
Em 1763, o rei dom João V comprou a ilha para a Coroa Portuguesa por 4 000 cruzados.
O distrito foi criado em 1 de maio de 1866, pela Lei Provincial 676. Já no século XX, ano 1958, fundou-se o atual município desvinculando-se do município de Igarassu. No ano de 1962 a sede do município da Ilha de Itamaracá, Pilar, foi elevada a categoria de Cidade e anos mais tarde em 1968 foi premiada pela empresa de turismo de Pernambuco, EMPETUR, com o título de Município de Interesse Turístico do Estado de Pernambuco.
Fonte: Wikipédia.

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Itapissuma

Itapissuma fica a cerca de 35 km do Recife. O principal acesso se dá pela BR-101, sentido Norte.
Recomendamos visitar a cidade em dias de semana. Nos fins de semana e feriados, o tráfego é intenso em razão do único acesso à Ilha de Itamaracá cortar o centro da cidade.
Os atrativos da cidade ficam próximos ao centro. O largo da Igreja de São Gonçalo, onde também se localiza o Fórum e o Cruzeiro fica no lado sul da rodovia, na orla.
Largo da Igreja de São Gonçado do Amarante, Fórum e Vista do Cruzeiro, Canal de Santa Cruz e Ilha de Itamaracá.
A Igreja de São Gonçalo do Amarante é linda. Muito bem conservada, limpa e agradável. Fica posicionada de frente para o canal de Santa Cruz e a Ilha de Itamaracá.
Interior da Igreja de São Gonçalo do Amarante.
Na orla Sul também ficam o Centro Artesanal Agostinho Nunes Machado, a Câmara Municipal e a Prefeitura, além do agradável calçadão e um Pier que é muito usado na principal festa do município, a Buscada de São Gonçalo.
Centro Artesanal, Câmara Municipal e Prefeitura.
A vista da orla é deslumbrante. O pier, a ponte e os barquinhos de pesca, dão um toque de pintura no local.
Mirante do Cruzeiro da Igreja de São Gonçalo, Canal de Santa Cruz, Pier e Ponte Getúlio Vargas.
A Praça Agamenon Magalhães fica entre a rodovia e a Prefeitura, e é o que pode-se chamar de centro da cidade. Rodeada de prédios públicos, mercados, bancos e lojas em geral.
Praça Agamenon Magalhães, Canal de Santa Cruz, Barcos de pesca e Ponte Getúlio Vargas.
No lado norte da orla, encontramos o antigo mercado, peixarias e alguns restaurantes, com destaque para a famosa e imperdível Caldeirada da Irene.
Pólo Gastronômico; Caldeirada da Irene.
No distrito de Botafogo, que fica a cerca de 16 km do centro de Itapissuma, via BR-101 e às margens dessa rodovia, encontramos uma antiga Casa-Grande.
Sabíamos que havia uma casa-grande de um antigo engenho no povoado. A casa-grande sem portas e telhado se encontra em um terreno na Rua I. Devido ao tamanho um tanto pequeno para uma sede de engenho, ficamos em dúvida se realmente esta foi ou não a Casa-Grande do Engenho Botafogo.
De qualquer forma, poderia ser preservada e se transformar em uma escola ou biblioteca para a população, permanecendo conservado de pé com uma destinação pública.
Ruínas da Casa-Grande do Engenho Botafogo; Capela de São Benedito; Praça no centro de Botafogo.
Próximo ao monumento, na mesma rua, encontramos uma capela em homenagem a São Benedito, datada de 1990, com um anexo em construção que a deve transformar em Igreja, em breve.
No mais, o distrito de Botafogo possui uma pracinha e coisas de um povoado dos tempos atuais, devendo crescer com a industrialização da região.

Histórico de Itapissuma:

A palavra Itapissuma é de origem tupi-guarani que significa Pedra Negra por causa de grandes pedras moles que ficavam à beira do Canal de Santa Cruz onde o mesmo banha o atual município.
O local era primitivamente um aldeamento indígena e com a chegada dos Padres Franciscanos em missão religiosa foi fundada uma vila em 1588. Quando os holandeses ocuparam Pernambuco, construíram uma ponte que unia a vila à ilha de Itamaracá - na época capitania do donatário Duarte Coelho, hoje chamada Ponte Getúlio Vargas. A primeira capela foi construída no século XVII pelo padre Camilo de Mendonça e foi dedicada a São Gonçalo do Amarante.
O distrito de Itapissuma foi criado pela lei municipal nº 11, de 31 de novembro de 1892, subordinado ao município de Igarassu. Foi elevado à categoria de município pela lei estadual nº 8952, de 14 de maio de 1982.
Fonte: Wikipedia.

segunda-feira, 17 de junho de 2013

Serra Negra - Bezerros

Serra Negra é um povoado que fica a pouco mais de 9km do centro de Bezerros. O caminho se dá por uma estrada que começa pouco depois da ponte da ferrovia e mescla trechos de terra com trechos de paralepípedos.
Durante o caminho, observamos algumas serras e grandes pedras esculpidas pelo tempo, que embelezam e impressionam os viajantes.
O povoado ainda não é tão conhecido, mas a especulação imobiliária elevou muito o valor das terras da região. Observamos muitas casas de campo e pequenos sítios de fins de semana.
Estrada de acesso ao povoado de Serra Negra
Em pouco mais de 10 minutos, chegamos ao tranquilo povoado, que tem algumas casas adaptadas para pequenos restaurantes e a pequena Igreja de São Francisco Xavier. No frontispício consta a data de sua fundação, 1949.

Segundo os moradores, a Igreja só abre para casamentos ou uma vez por mês para uma missa. Na frente dela tem uma pequena lagoa formada pela água da chuva que se acumula na pedra.
A menos de 1 km da Igreja, fica o Pólo de Eventos de Serra Negra. Nesse local, há um teatro ao ar livre que também serve como mirante. A vista é deslumbrante.

No pólo ainda há um bom restaurante que proporciona, além de boa comida e bom atendimento, degustar uma boa cerveja ou um bom vinho, a depender da temperatura do dia, curtindo a vista.
Também há um centro de artesanato, onde encontramos vários itens da cultura local, sobretudo os relacionados aos Papangus, além de informações turísticas da região.
Igreja de São Francisco Xavier; Mirante do Pólo.
Visitamos o Parque Ecológico de Serra Negra, que fica a uns 5 minutos do Pólo de Eventos. A estrada requer cuidado, mas dá pra chegar tranquilo.
Nosso guia foi o Seu João, dono do Sítio da Pedra Solta, onde nos hospedamos. Ele nos contava as estórias de cada atrativo do parque com um jeito que só ele sabe fazer. 
Caminhamos pelo parque, passando pela Gruta do Amor, a Porta do Vento (é muito vento mesmo), a Pedra Cortada (só vendo pra crer), Pau do Santo Casamenteiro (disse ele que as mulheres tem de abraçar e beijar a árvore, e, em alguns meses já casam), o Mirante do Gravatá Amarelo, o Mirante da Escada (tem uma escada para chegar em cima da pedra), e o Mirante da Carambola (devido à pedra no local ter esse formato).
Na frente do parque tem o Bar do Seu. Tota, onde aproveitamos pra comprar uma água mineral.
Parque Ecológico de Serra Negra
O sol já estava se pondo, mas o Seu João fez questão de nos mostrar o mirante do cruzeiro, outro local de rara beleza, de onde tivemos uma vista privilegiada do Parque Ecológico e de parte dos limites de Bezerros com outros municípios.
O vento constante e a vegetação nos chamaram atenção nesse lugar.
Casa-de-farinha; Pôr-do-sol; Vista do Parque Ecológico; Mirante do Cruzeiro.

No nosso segundo e último dia em Serra Negra, acordamos cedo e, após um café da manhã reforçado, servido pela Dona Maria da Paz ouvindo mais estórias do Seu João e cercados de Saguis, partimos em direção à Caverna do Deda.
A entrada para a estrada de acesso à Caverna fica a 3km da Igreja de São Francisco Xavier, seguindo pela estrada para Bezerros. O acesso para a Caverna é sinalizado precariamente, demandando atenção dos visitantes. A estrada tem trechos complicados. Em alguns só passa um carro e será sempre em primeira ou segunda marchas. Um carro 1.0 chega lá, mas recomendo um 1.4 no mínimo.

Passamos por duas porteiras e em cerca de meia hora ou mais, chegamos no final da estrada. O carro fica estacionado a uns 500 metros da caverna. 
A Caverna do Deda e seus Mirantes.
Um garoto chamado Jonas fica na porteira para receber a entrada que custa R$ 2,00. Ele, é bem sério, mas nos foi muito prestativo e nos indicou o caminho a seguir na caverna e no restante da trilha. Ainda nos mostrou a pedra onde se faz rapel por lá, mas o dever o chamou e ele teve de voltar à porteira.
A vista é maravilhosa. Embora estivesse muito quente e a região que é agreste com cara de sertão, a vontade de passar horas contemplando aquilo era enorme.
Quando saímos o Jonas estava lá no seu posto, como guardião da entrada da caverna que leva o nome do seu avô.

Trilha da Caverna do Deda.

Como disse anteriormente, ficamos no Sítio da Pedra Solta. Lugar agradável e bem caseiro. Seu João e Dona Maria da Paz fazem questão de que o hóspede se sinta em casa.
O Sítio tem opção de Camping, e é muito procurado para isso, e apartamentos. Para acampar, é necessário levar barraca, é cada lugar melhor que o outro. Nos apartamentos têm três camas de solteiro e uma de casal, além de TV, Ventilador e Banheiro, e ficam em cima de uma pedra. Bem legal.
No terraço da casa de Seu João e Dona Da Paz, são servidas as refeições e, curiosamente, de uma parede aparece uma pedra enorme. De lá aparecem os Saguis pela manhã e tem os pés de jabuticaba, mas não tivemos sorte de ver nenhuma fruta em razão da época de seca.
Dona Maria da Paz é sempre muito atenciosa e não deixa faltar nada nas refeições e Seu João é uma atração à parte. Nos levou para conhecer o sítio e contou várias histórias sobre o lugar, além de várias piadas.
Á noite ele nos levou à Pedra Solta e ao Mirante da Lua Cheia. Dá pra ver Gravatá e as turbinas eólicas acesas. O friozinho super agradável e alguns seres interessantes como um pequeno besourinho com os olhos brilhantes que parecia um fusquinha com os faróis acesos.
Ainda vimos o chuveiro estrategicamente colocado no meio da mata para refrescar após uma das dezenas de trilhas.

Sítio da Pedra Solta.
No site do Sítio da Pedra Solta têm várias informações para o visitante. Foi elaborado pelo João Bosco, filho mais novo do casal e que também foi o idealizador das placas de sinalização turística em Serra Negra e em Bezerros. Tivemos o prazer de conhecê-lo no sítio e ainda fomos apresentados às suas pinturas que ficam expostas na casa.

Como chegar em Serra Negra:
O Site do Sítio da Pedra Solda disponibiliza alguns mapas para o visitante encontrar facilmente do caminho:
-> http://www.sitiodapedrasolta.com/p/acesso.html

Onde ficar em Serra Negra:
-> SÍTIO DA PEDRA SOLTA - http://www.sitiodapedrasolta.com - (81) 3728-2022
-> CANTO DA SERRA - http://www.cantodaserra.tur.br - (55) (81) 9955-4456 / (55) (81) 3708-3070 
-> PARADOR AYATANA - www.paradorayatana.blogspot.com  - (81) 9666-8222
Passeios em Serra Negra:-> LAURENTUR RECEPTIVO - http://laurentur.com.br - (81) 3728.0893 / 9623.7518 / 8786.6885
 
Histórico:
"Serra Negra, seu nome tem duas versões, uma historicamente comprovada que é a origem da expressa dos colonizadores do Norte, que, passando pelo rio Capibaribe, situavam-se geograficamente com “aquela serra negra”, que vista de longe, apresenta-se de cor escura, passando a ser marco de orientação aos viajantes; a outra, tendendo mais para o lado da lenda, da imaginação popular, referindo-se a uma escrava que, fugindo da perseguição do seu senhor, pulou do penhasco ali existente, sendo fugitiva, seria alcançada facilmente pelo Capitão do Mato, o que faria nascer outra versão, a qual teria sido estuprada e morta pelo perseguidor, e seu corpo, sacudido no penhasco. Tudo sem fundamento histórico.
A Serra Negra faz parte do maciço da Borborema, possuindo terra fértil, o que determina uma agricultura diversificada, do café – que já fez época -, até às de subsistência, como mandioca, tomate, frutas diversas, flores, e sendo o maior produtor de mel de abelha do estado, de internacional prestígio."
Fonte: MAIOR, Ronaldo J. Souto. Bezerros Seus Fatos e Sua Gente. Recife: Ed. Do Autor, 2005.

segunda-feira, 10 de junho de 2013

Bezerros

Bezerros é conhecido pelo seu carnaval com os famosos Papangus e pelas belas paisagens do povoado de Serra Negra.
A cidade fica a cerca de 111 km do Recife. Normalmente se leva 1 hora e 40 minutos pra se chegar lá, pela BR-232. A rodovia tem muito tráfego na Região Metropolitana, o que leva seu estado de conservação a ser regular. Mas após Jaboatão dos Guararapes, a rodovia melhora muito, mas requer cuidado com a velocidade.
Carnaval dos Papangus de Bezerros
No carnaval, já havíamos visitado a cidade para conferir os famosos papangus, e, ficamos entusiasmados com a animação, as fantasias muito bem elaboradas, a tranquilidade, a organização e muita gente bonita.
1º Centro de Artesanato de Pernambuco - Bezerros - BR-232.
Ao chegar a Bezerros, fomos visitar primeiramente o 1º Centro de Artesanato de Pernambuco, as margens da BR-232, sentido Recife. O local possui um museu, com obras de artistas pernambucanos de vários municípios e também uma área com artesanato para venda. O acesso ao museu é pago, cerca de R$ 2,00. A visita é guiada e vale a pena! Na parte de exposição e venda de artesanato a entrada não é paga.
Museu da Xilogravura de J. Borges e Casa da Xilogravura.
Pouco depois do Centro de Artesanato, visitamos o Museu da Xilogravura de J.Borges, o mais famoso artista do gênero. Aproveitamos para comprar alguns itens com xilogravuras numa lojinha próxima.
Igreja e Praças de N. Sra. da Conceição; Igreja e Praça de São Sebastião; Praça Alcides Lima.
Seguimos para o centro de Bezerros. Passamos pela Igreja de Nossa Senhora da Conceição, que fica na Praça Imaculada Conceição, entre as ruas de Santa Cruz e Padre Ciriaco, depois pela Igreja e Praça de São Sebastião que ficam na Rua Professor Amaral, por onde desfilam os famosos Papangus no Carnaval.
Passamos pela Praça Alcides Lima e chegamos ao centro administrativo da cidade.
Prefeitura; Igreja Matriz; Praça Narciso Lima.

No centro da cidade, há alguns imóveis com arquitetura de época, com destaque para a Prefeitura de Bezerros e outros que parecem também fazer parte da administração municipal. 
Duas praças compõem o cenário. A Duque de Caxias, em frente à Prefeitura e a Narciso Lima, onde se localiza a Igreja Matriz.

Secretaria de Turismo; Casario; Igreja do Rosário
Próximo à Igreja Matriz, há alguns imóveis com arquitetura de época, incluindo a Secretaria de Turismo.
Seguimos pela Rua Cel. João Pessoa, até chegarmos à Capela de Nossa Senhora do Rosário, junto ao Cemitério.
Ponte Ferroviária sobre o rio Ipojuca no centro de Bezerros.
Atravessamos a cidade no sentido leste, chegando a ponte de Ferro por onde os trens, vindos de Recife e de Caruaru cruzavam o rio Ipojuca.
Para nossa surpresa, mesmo após as cheias de 2010, toda a estrutura da ponte se encontra de pé, embora as águas da enchente daquele ano tenham levado parte da margem, deixando os trilhos após a ponte, totalmente pendurados. A resistência das obras dos Ingleses da Great Western são de dar inveja as obras rodoviárias atuais. Em muitos lugares por onde passamos, observamos como os trilhos e pontes de ferro resistem bravamente ao tempo, mesmo sem manutenção. Enquanto pontes em várias rodovias são levadas nas mais diversas épocas por rios em suas cheias.
Estação Ferroviária de Bezerros
Seguimos a linha do trem e chegamos a Estação Ferroviária de Bezerros. O edifício se encontra em certo ponto bem conservado. Soubemos que foi um centro cultural, mas está desativado. O pátio da estação possui três linhas de trilhos, dando uma ideia de que três veículos poderiam lá estar ao mesmo tempo. Há duas plataformas de embarque e desembarque. Enquanto um trem seguiria para Caruaru, outro poderia estar seguindo para Recife e mais um poderia passar entre os dois em qualquer sentido.
Ruas do Centro de Bezerros
A região comercial da cidade é relativamente desenvolvida. Há muitas lojas, escritórios e consultórios, além de Hotéis e Restaurantes.

Histórico de Bezerros:

A origem de Bezerros data de 1740. Nessa época foi implantado um grande comércio de gado, iniciando o povoamento do local. Algumas versões da história de Bezerros tentam explicar o nome da cidade. A primeira diz respeito ao sobrenome da família Bezerra, que foi a primeira proprietária das terras. A segunda diz que o local foi, primitivamente, uma queimada de bezerros. A terceira conta que um dos filhos da família Bezerra se perdeu na reserva florestal, tendo sido feita uma promessa a São José, sendo a criança encontrada com vida, ao pé de frondosa árvore onde foi erguida uma Capela sob a invocação de São José dos Bezerros. O município é formado pelos distritos sede, Sapucarana e Boas Novas e pelos povoados de Serra Negra, Sítio dos Remédios, Cajazeiras e Areias. Anualmente, no dia 18 de maio Bezerros comemora a sua emancipação política. O padroeiro da cidade é São José.
Fonte: Wikipedia.

terça-feira, 4 de junho de 2013

Pombos

Pombos fica a cerca de 59 km do Recife. O acesso se dá pela BR-232 e leva cerca de 1 hora, em média para se chegar lá partindo-se da capital pernambucana.
A cidade é relativamente pequena em comparação as outras cidades entre Recife e Caruaru. Logo ao se aproximar, pudemos observar o Cristo Redentor que fica de frente para a sede do município.
Imagens da Praça João Pessoa, Mercadinho e Cristo Redentor visto da BR-232.
Entramos na cidade em um sábado de feira. Portanto, ficou complicado de registrar boas imagens. Fora do centro, nos pareceu ser uma cidade bem tranquila.
Acima, imoveis antigos. Abaixo, Igreja de Nossa Senhora dos Impossiveis.
A Igreja Matriz tem traços mais modernos e observamos algumas edificações de época.
Como nosso objetivo era outro município nesse dia, não andamos muito pela cidade, o que faremos em breve.
Antiga Estação Ferroviaria de Pombos (Foto: Projeto Memoria Ferroviária de Pernambuco)
Como em várias cidades do interior Pernambucano e do próprio Brasil, a Estação Ferroviária foi fundamental para o crescimento da cidade.
A estação do então povoado de São João dos Pombos, foi construída pela Great Western do Brasil, fazendo parte da linha Estrada de Ferro Central de Pernambuco em 1886. Se chamava inicialmente de Francisco Glicério.
Com a saída dos Ingleses, a EFCP passou para a RFN e depois para a RFFSA, deixando de ter trens de passageiros em 1983, e, depois do Trem do Forró não fazer mais o trecho Recife-Caruaru, a linha, que é Tombada, foi abandonada. A estação atualmente funciona como oficina. Embora seja melhor do que estar abandonada, não é o uso apropriado para uma edificação com tamanha importância histórica.

Histórico da Cidade:

A ocupação desta região remonta ao século XVIII.   Os irmãos José Manoel de Melo e Manoel Gomes de Assunção, proprietários dos primeiros engenhos no local, construiram algumas casas nas margens do rio Água Azul. O povoado foi Chanado de Tubibas. Posteriormente foi comprado pelo padre Galdino Soares Pimentel, que juntamente com os habitantes, construiu capela dedicada a Nossa Senhora dos Impossíveis.   A presença de pombos selvagens, do tipo Tubira, era constante na fauna local. Era comum a caça a estes animais, sobretudo dos moradores da Cidade do Braga (hoje Vitória de Santo Antão). Após a caça, os caçadores diziam: “Fizemos o São João nos pombos”. Isto fez com que o povoado passasse a ser denominado oficialmente São João nos Pombos, e finalmente, Pombos.   O distrito foi criado com a denominação de Pombos, pela lei municipal nº 168, de 15 de junho de 1908, criados também pela lei municipal nº 192, de 16 de maio de 1914. Pertencia ao município de Vitória de Santo Antão. Foi elevado à categoria de município pela lei estadual nº 4989, de 20 de dezembro de 1963.

Turismo:

Na cidade acontece uma festa em homenagem aos produtores de abacaxi, a Festa do Abacaxi, que acontece todos os anos no mês de outubro.   Além disto, destacam-se os festejos populares de Carnaval e de São João. Durante esses eventos, as ruas da cidade contam com grupos folclóricos da região que apresentam espetáculos de maracatus, bumba-meu-boi, ciranda, bacarmateiros e de quadrilhas juninas.   Anualmente, a festa de aniversário de Pombos acontece no dia 11 de dezembro, com diversas atrações musicais.

Fonte: Prefeitura Municipal de Pombos / Wikipedia

segunda-feira, 20 de maio de 2013

Vicência

Vicência fica a cerca de 83 km do Recife, e, leva-se, em média 1 hora e meia para se chegar lá.
Conhecida como Terra dos Engenhos e do Vôo Livre, a cidade se orgulha de ser a terra natal do Ex-Governador Jarbas Vasconcelos, que a tornou conhecida turisticamente para todo o estado.
Rodovia PE-074; Entrada da cidade e passarela sobre a rodovia.
A cidade nos pareceu tranquila. Tem muitas casas e o centro, onde fica a Igreja não é muito grande. Há muitos imóveis com a fachada preservada.
Aproveitamos para almoçar por lá mesmo. Depois de passar por algumas ruas, paramos no Bar do Geraldo, onde pedimos um misto de Galeto, Maminha e Linguiça. Atendimento, comida e preço de ótima qualidade! Fica na Av. Estefania Carneiro da Cunha, 302 - Centro.
Fazenda na PE-073 e ruas de Vicência.
Como nas demais cidades da Zona da Mata pernambucana, Vicência tem muitas ruas estreitas, mas, as principais são mais largas como a Av. Estefania Carneiro da Cunha (avenida com postes no centro na imagem acima).
Praça Vicência Barbosa de Melo; Casario e Igreja Matriz de Nossa Sra. de Sant'Anna.
Chegando ao Centro Histórico da cidade, passamos pela Biblioteca Municipal Estefânia Carneiro da Cunha, Pela Praça e pela imagem em homenagem a Vicência Barbosa de Melo, pelo Mercado Regional de Arte, pelo casario antigo e pela Igreja Matriz de Nossa Senhora de Sant'Anna.
Praça, Mercado Regional de Arte; Biblioteca Municipal; Placa em Homenagem a D. Vicência.
Ao lado da Igreja Matriz seguimos pelas ruas que dão acesso ao caminho para a Serra da Mascarenha onde é praticado Vôo Livre na região. Segundo apuramos é uma das melhores rampas para o esporte do Brasil.
Casa onde nasceu Jarbas Vasconcelos na rua.

Logo ao lado da Igreja Matriz passamos por uma casa, de nº 2, com uma placa na parede. Para nossa surpresa, tratava-se da casa onde nasceu o Deputado Federal Jarbas Vasconcelos que, durante seu mandado de Governador, tratou de colocar Vicência nos roteiros turísticos do estado.
Sede do Maracatu Leão da Serra; Caminho e vista para a Serra da Mascarenha (Vôo Livre).
No caminho para os Engenhos e a Rampa de Vôo Livre, passamos pela sede do Maracatu Leão da Serra. Voltamos desse ponto. Deixamos para conhecer os demais atrativos de Vicência em uma próxima viagem.
Distrito de Murupe

 Em nossa segunda passagem pelo Município de Vicência, passamos pelo seu Distrito mais antigo, Murupe. Antigamente, antes de 1943, era chamado de Sapé e já existia na década de 20 do século passado.
Até o momento, não encontramos nada sobre a História do lugar, mas pelas fachadas das residências antigas que ainda estão conservadas, a rua principal deve existir desde o início do Século XX. Destacamos o belo casarão verde da foto acima que possui um terraço lateral, coisa de família abastada na época de sua construção.
Fizemos o acesso pela PE-074, mas por ser o lugar alto e a ladeira ,de certo modo, íngreme, ficamos imaginando a dificuldade de se chegar no centro do povoado na época de seu nascimento, uma vez que as estradas eram de terra e até mesmo os veículos da época teriam muita dificuldade de subir. Talvez o acesso fosse realizado por outro caminho.
Na rua principal se encontram residências, um pequeno comércio e uma charmosa capela em homenagem a São José.

Capela de São Joaquim - Usina Laranjeiras

 Nas terras da Usina Laranjeiras, próximo à PE-074, entre Vicência e Murupe, encontramos a Capela de São Joaquim.
Para chegar até ela, atravessamos a vila da Usina e logo após paramos o carro e andamos por meio de um jardim lateral à Capela.
O monumento se encontra bem conservado e o seu entorno também. As pessoas da vila informam como chegar até o local. A beleza e a conservação valem a visita e algumas fotos também!

Mapa de Vicência do Blog Djalma Lopes
São poucas as cidades que disponibilizam mapas, turísticos ou não, seja em sites das Prefeituras, seja em pontos turísticos locais. Por sorte, encontramos esse mapa no Blog do Djalma Lopes, que parece ter sido elaborado pela própria Prefeitura Municipal.
Aproveitamos e sinalizamos alguns pontos Turísticos importantes e que valem à pena visitar, embora nós mesmos ainda não tenhamos visitado os Engenhos locais.
Bandeira e Brasão do Município de Vicência
História da Cidade:

"O povoamento de Vicência começou com a construção de uma capela próxima à residência da proprietária Vicência Barbosa de Melo. 
Por força da Lei Provincial 1.448, de 5 de junho de 1879 a povoação foi elevada à categoria de Freguesia. 
O Decreto Estadual 142, de 30 de maio de 1891, circunscreveu os distritos de paz de Vicência, Angélicas e Aliança e os elevou à condição de vila, sob a denominação de Vicência. 
Em 15 de junho de 1891 a Intendência de Vicência enviou Ofício ao governador do Estado de Pernambuco informando haver sido instalado o município nessa data. 
A Lei Estadual número 72, de 16 de maio de 1895, tornou sem efeito o Decreto de 30 de maio de 1891. 
Em 11 de setembro de 1928 a localidade foi elevada à categoria de cidade, através da Lei Estadual 1931. Ficou constituído o município de Vicência com os distritos de Vicência e Angélicas, desmembrado do município de Nazaré. Sua emancipação ficou determinada, na mesma Lei, em seu artigo 15, parágrafo único, para o dia 1 de janeiro de 1929. 
Seu primeiro prefeito foi o negociante local Júlio Moura, tendo como Secretário Raul Verissimo Camelo de Almeida, jovem datilógrafo da cidade de Paudalho, convidado para o cargo, por indicação do professor Jorge Camello Pessoa, de Lagoa do Carro, então distrito do município de Nazaré que naquela data passava para o também recém-criado município de Floresta dos Leões, atualmente Carpina."

Fonte: Prefeitura de Vicência.