terça-feira, 26 de novembro de 2013

Salgueiro

Salgueiro é uma das principais cidades do Sertão Pernambucano. Fica a 518 km do Recife, pouco mais de 6 horas de viagem através da BR-232, que está em ótimo estado. Dá pra sair cedinho da capital pernambucana e chegar na hora do almoço em Salgueiro.
Devido à distância, e pelo fato de ser um feriado prolongado, optamos por os hospedar na cidade pra conhecer tudo com calma.
A posição geográfica do município o deixa praticamente equidistante da maioria das capitais nordestinas e do litoral, ficando a menos de 600 km de quase todas, com exceção de São Luís-MA que é mais distante. Talvez por esse fato, pudemos ver tantas obras da Ferrovia Transnordestina e da Transposição do rio São Francisco próximas à cidade.
Outra questão interessante é que a cidade é o ponto de cruzamento de duas das mais movimentadas rodovias do Nordeste, as BRs 232 e 116, razão pela qual encontramos tantos Hotéis e Pousadas por lá.
Capela de São Francisco; Santuário Nossa Senhora do Perpétuo Socorro; Igreja Presbiteriana de N. Sra. Aparecida e Academia das Cidades.
Depois de almoçar na excelente Churrascaria Sabor do Sertão, que fica na BR-232, em frente ao Sangueiro Plaza Hotel, onde pudemos provar o famoso Bode, fomos para o nosso hotel descansar. Acabamos encontrando uma capela em homenagem a São Francisco bem próximo. No final da tarde, entramos na cidade e fomos direto à primeira cruz que dava pra ver da rodovia. Era o Santuário de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. Uma Igreja de arquitetura moderna e arredondada.
Seguimos à diante e chegamos na Avenida Getúlio Vargas, que possui praças bem cuidadas com muita pessoas realizando caminhadas no final da tarde. Nessa avenida há uma Academia das Cidades e uma bela Igreja Presbiteriana.
Praça na Av. Getúlio Vargas; Capela Mãe Rainha; Girador.
Deu pra observar que a cidade está bem cuidada. Os prédios públicos estão bem conservados e não vimos lixo acumulado pelas ruas. Pelo menos nada nos chamou atenção quanto a isso.
Fomos ao pátio da Estação Ferroviária, mas antes registramos imagens da Capela Mãe Rainha que fica em um ponto mais alto por trás da antiga estação.
Antiga Estação Ferroviária de Salgueiro; Espaço Cultural, antigo Armazém da RFFSA e Casa do Sanfoneiro, no pátio da Estação.
 A Estação Ferroviária de Salgueiro foi a última estação construída pela Rede Ferroviária Federal na linha centro, que inicialmente deveria ir do Recife ao São Francisco, mas nunca passou de Salgueiro.
O prédio preserva a arquitetura original. Dá pra perceber que não possui o mesmo estilo arquitetônico das estações do Litoral ao Agreste, e isso se deve ao fato de ter sido construída pela Rede Ferroviária Federal, que sucedeu os Ingleses da Great Western, pioneiros na implantação dos trilhos no Nordeste.
O pátio da estação é enorme devido ao fato de ser o ponto de retorno das antigas locomotivas, além de também possuir armazéns como os próximos à antiga Estação das Cinco Pontas no Recife.
A Estação está sendo usada pelo SEBRAE e os Armazéns atualmente formam um Espaço Cultural, o que nos faz crer que com o uso as duas construções continuarão sendo preservadas.
Também observamos que os trilhos estão em ótimas condições, embora grande parte esteja aterrado. O curioso são os pontos de cruzamento entre os trilhos logo após a estação, o que parece permitir que pelo menos duas ou três locomotivas estivessem no pátio.
No meio do pátio e aparentemente sem atrapalhar um possível uso dos trilhos, foi instalada uma Casa do Sanfoneiro. Lugar onde pode-se curtir e dançar o autêntico forró nordestino.
Monumento na Pça. da Matriz; Busto do Major Raimundo de Sá; Igreja Matriz de Sto. Antônio.
Fomos em direção à parte mais antiga da cidade e chegamos à Praça da Igreja Matriz de Santo Antônio. Embora não seja de estilo arquitetônico rebuscado é uma das mais belas que vimos aqui em Pernambuco.
A Praça é rodeada de casas antigas e bem conservadas. Possui um monumento em homenagem à fundação da cidade, um charmoso coreto e um busto do Major Raimundo de Sá, personagem principal da fundação da cidade e seu primeiro Intendente, cargo equivalente ao Prefeito atualmente.
Interior da Igreja Matriz de Sto. Antônio.
No interior da Igreja destacamos os belos vitrais com imagens da Sagrada Família, Nossa Senhora e outros Santos Católicos, além das imagens de Prata das estações da Via Sacra.
Câmara Municipal de Salgueiro; Coreto da Praça da Matriz.
A Praça da Matriz é tão relaxante que passamos um bom tempo por lá, observando a tranquilidade e vendo famílias com cadeiras do lado de fora das casas conversando e olhado o movimento.
Sobrado Antigo - Anexo da Câmara Municipal; Casa onde nasceu Raimundo Carrero; Casario da Pça da Matriz e Imagem de Padre Cícero.
Além do belo prédio da Câmara Municipal e do anexo (primeira imagem da foto acima) na rua lateral, ao redor da Praça da Matriz encontramos uma curiosa "Casa dos Conselhos" e a casa onde nasceu o escritor Raimundo Carrero.
Na Avenida Agamenon Magalhães, passamos por essa imagem do Padre Cícero, que fica na Praça Benjamim Soares.
Praça e Busto de Edvalson de Carvalho Silva - Praça da Prefeitura; Capela de N. Sra. das Graças
Na manhã seguinte voltamos ao centro de Salgueiro. Dessa vez fomos à Rua Joaquim Sampaio, onde fica a Prefeitura e a Capela de Nossa Senhora das Graças. Por trás da Prefeitura fica o Mercado Público e a Feira é montada nas ruas próximas.
Prefeitura de Salgueiro
Da Praça da Prefeitura tivemos uma das melhores vistas da região. Deu vontade de subir aquela serra imponente ao lado da cidade. Tem uma escadaria que leva a um monumento construído lá em cima. Só faltou disposição.
Feira Livre e Mercado de Salgueiro; Em destaque: Jatobá.
Sempre temos boas surpresas em Feiras Livres e Mercados Públicos em cidades do interior. Em Salgueiro encontramos um curioso fruto chamado de Jatobá. Segundo o feirante, esse fruto é colhido no Cariri, região do Sertão Cearense, e da massa que tem dentro do fruto se faz uma espécie de mingau com leite.
Capela de N. Sra. Aparecida; Açude Velho; Museu do Couro; Capela de Santa Margarida.
Fomos até o Memorial do Couro, mas, como é comum em Pernambuco, pelo menos, Museus e Espaços Culturais tendem a não abrir nos finais de semana.  Passamos pelo Açude Velho, e fomos procurar mais prédios pra fotografar.                                                                     
Estádio Cornélio de Barros
Tivemos sorte de entrar no Estádio Cornélio de Barros, e falar com alguns jogadores do Salgueiro Atlético Clube, primeiro clube do sertão a disputar a Série B do Campeonato Brasileiro e também a chegar às Oitavas de Final da Copa do Brasil.
O estádio, reformado a pouco tempo, é bem aconchegante e o gramado está em ótimas condições.
Curioso Bar em homenagem ao Salgueiro A.C.; Parque das Crianças; Biblioteca Municipal; Ginásio.
Em uma das laterais do estádio encontramos esse bar em homenagem ao Carcará do Sertão, como é conhecida a equipe do Salgueiro.
Vimos, ainda, o espaço Parque das Crianças, a Biblioteca Municipal e o moderno Ginásio que fica próximo à BR-232.

Mais fotos de Salgueiro no site da prefeitura: http://www.salgueiro.pe.gov.br/munic_fotos.htm


História de Salgueiro:

Dentre os municípios que já visitamos, a História do nascimento de Salgueiro é uma das mais interessantes.

"Dia 21 de dezembro de 1835 pela manhã, o Coronel Manoel de Sá saiu para fazer a vistoria na sua fazenda como de costume e ao entardecer regressando a sua casa sentou-se na sua cadeira para descansar.
O pequeno Raimundo de Sá, nono filho do casal não apareceu como de costume para sentar-se ao lado do pai, o Coronel estranhando sua ausência, o procurou pela casa, nos arredores e não o encontrou.
Como já estava anoitecendo e havia muitos animais e índios na região, o Coronel e sua esposa Dª Quitéria começaram a ficar preocupados com o desaparecimento do pequeno Raimundo, ordenando a um de seus vaqueiros ir até a cidade de Belém e avisar o ocorrido, formando assim um grupo para ajudar a procurar o menino. Dona Quitéria aflita com o ocorrido e pensando no que poderia acontecer com o garoto, fez uma promessa a Santo Antônio que caso encontrasse seu filho com vida, construiria uma capela em sua homenagem.
O Coronel Manoel de Sá juntamente com os vaqueiros e alguns escravos, se embrenharam na caatinga para procurar o pequeno Raimundo.
Depois de dois dias e duas noites a procura do menino, exatamente no dia 23 de dezembro de 1835, um dos vaqueiros que integrava o grupo de busca organizado pelo Coronel, finalmente conseguiu encontrar o garoto são e salvo, brincando debaixo de um pé de Salgueiro ou, segundo outra versão sobre um formoso Umbuzeiro rodeado de Salgueiros, a aproximadamente 10 Km da sede da fazenda onde a família residia, fora dos limites da Boa Vista.
Após o acontecido, o Coronel Manoel de Sá tratou de adquirir as terras e como havia prometido sua esposa Dona Quitéria, construiu a primeira capela, onde hoje, está situada a Igreja Matriz de Santo Antônio. A primeira capela tinha sua estrutura em barro e era coberta de palha, no ano seguinte, foi substituída por uma com estrutura de tijolos coberta com telhas.
A história do desaparecimento e o fato do menino ter sido encontrado são e salvo, ainda a promessa feita por D. Quitéria, despertou a curiosidade dos moradores de toda a região atraindo assim um grande número de pessoas. Muitas delas, acabaram ficando e dando início a Vila de Santo Antônio do Salgueiro.
Elevada à condição de freguesia no dia 12 de maio de 1843, sob o nome de Santo Antônio do Salgueiro integrante da freguesia de Cabrobó.
30 de abril de 1864, esta foi a data que a freguesia de Santo Antônio do Salgueiro foi elevada a condição de município do Salgueiro pela Lei Provincial nº 580, quando foi emancipado do município de Cabrobó, tendo como primeiro intendente o Major Raimundo de Sá (filho do Cel. Manuel de Sá)."

Fontes: Prefeitura Municipal de Salgueiro
FONSECA, Homero. Pernambucânia - O que há nos nomes das nossas cidades. 

sábado, 9 de novembro de 2013

Ilha de Itamaracá

A Ilha de Itamaracá, que deu nome à antiga Capitania Hereditária de Itamaracá, hoje pertencente ao estado de Pernambuco, fica a cerca de 40 km do Recife.
A Ilha foi um dos primeiros destinos de veranistas no litoral pernambucano e atualmente, fica lotada nos finais de semana e feriados.
Aproveitamos para visitar a maior parte de Itamaracá em um dia comum de semana. Pouca gente pelas ruas, a maioria das pessoas de férias ou à passeio. Ótimo dia pra tirar fotos dos monumentos!
Saímos de Itapissuma, atravessando a Ponte Getúlio Vargas sobre o Canal de Santa Cruz, que é uma mistura de braço de mar com foz de rios da região.
Ponte Getúlio Vargas
Tempos atrás, havia uma espécie de guarita no meio da ponte, uma vez que a Ilha abriga dois presídios e, até então as fugas eram frequentes.
Em razão de ser um dia de semana, decidimos não ir ao extremo norte da Ilha que, embora de rara beleza, nos faria passar por alguns quilômetros em uma estrada de terra no meio da mata e com um presídio pelo caminho. Mas, em breve, editaremos esse texto e incluiremos imagens da parte mais tranquila do município.
Passamos então direto para o centro da cidade, subindo um pouco para encontrar a Igreja do Bom Jesus dos Passos.
A igreja fica com a frente para o norte. Próximo a ela há algumas casas com arquitetura antiga e muito bonitas. A avenida passa do seu lado direito, que é também o lado do mar.
Igreja do Bom Jesus dos Passos e Casario Antigo.
Sair da Igreja e se deparar logo com a visão belíssima dessa praia é um privilégio dos moradores do lugar.
Também a poucos metros da Igreja, encontramos o Centro Cultural Estrela de Lia, local onde ocorrem as famosas Cirandas de Lia de Itamaracá, sempre tocadas e dançadas no Carnaval de Pernambuco.
Praia de Jguaribe e Centro Cultural Estrela de Lia ao fundo.
A praia de Jaguaribe fica entre a Praia do Pilar, que é o centro da cidade, e a foz do rio Jaguaribe.
Praia de Jaguaribe.
Voltamos para o centro, Bairro do Pilar, onde se encontram a Praça e a Igreja Matriz, de mesmo nome.
Praça do Pilar e Igreja de N.Sra. do Pilar.
Para nossa sorte, a Igreja do Pilar estava aberta, então pudemos registrar algumas imagens da maior igreja da ilha, com destaque para o jardim lateral e a infinidade de janelas.
Interior da Igreja de N.Sra. do Pilar.
A Igreja Matriz fica bem no centro da cidade, como é comum, e, como em Itapissuma, nossa cidade anterior, a Prefeitura e a Câmara Municipal são vizinhas.
Jardins da Igreja de N.Sra. do Pilar, Prefeitura e Câmara Municipal.
Passamos agora à região sul da Ilha, passando primeiramente na Praia de São Paulo pra degustar Sururu e Caldinho de Peixe, curtindo o silêncio e a brisa do mar.
Praia de São Paulo
Continuando rumo ao Forte, registramos imagens da Igreja de São Paulo à beira da rodovia. Nesse ponto inicia Ilha à dentro, a Trilha dos Holandeses, que é feita a pé e chega ao povoado de Vila Velha.
Igreja de São Paulo, Rodovia PE-01.
A rodovia termina no Forte de Santa Cruz de Itamaracá, mais conhecido como Forte Orange, nome dado pelos Holandeses quando de sua construção, em homenagem à casa Orange-Nassau que governava os Países Baixos à época.
A praia do forte é bem servida de bares, sendo bem movimentada nos feriados, sobretudo por barcos que fazem a travessia para a Ilhota da Corôa do Avião, pertencente ao município de Igarassu.
Praia do Forte
O Forte é aberto ao público, e, mesmo sendo uma dia de semana normal, estava com muitos visitantes. A entrada é gratuita, mas dentro não observamos lanchonetes ou algo parecido.
Forte Orange; Corôa do Avião, ao fundo.
Construído pelos holandeses, teve as muralhas reforçadas pelos portugueses, preservando parte do desenho original.
Dentre os fortes de Pernambuco que conhecemos, este é, sem dúvida, o maior. O pátio é muito grande e a área no entorno das muralhas permitiam bastante mobilidade aos soldados.
Forte Orange
Infelizmente, as peças encontradas durante as prospecções realizadas ao longo dos anos não se encontram no forte, mas há um salão com um painel explicativo sobre a História dele.
Na imagem a seguir, observa-se a antiga frente do forte voltada para o Canal de Santa Cruz, onde havia a entrada original construída pelos holandeses.
Forte Orange
Os enormes canhões deviam acertar navios a quilômetros de distância. A explicação de não ter sido construído mais ao centro da ilha se deve ao fato dos holandeses planejarem conquistar a antiga capital, Vila da Conceição, atual Vila Velha.
Forte Orange

A Capela se encontra totalmente vazia. Somente a moldura do altar se sobressai às paredes brancas da construção.
No centro do pátio há uma cacimba. No entanto, fica a dúvida se, em razão da proximidade com o mar, de um lado, e o manguezal do outro, a qualidade da água seria boa.

Capela, Poço e Muralha do Forte Orange
Do Forte, fomos para Vila Velha. Embora estejam geograficamente próximos, o manguezal não permite chegar de carro direito pela praia do forte. Assim, retornamos em direção à Itapissuma e logo que avistamos a estrada para Vila Velha seguimos por ela.
A estrada é de paralepípedos, em bom estado, e a vila é bem rústica.
A Igreja de Nossa Senhora da Conceição se destaca no lugar. Os detalhes na fachada e a simplicidade do interior são bem interessantes.
Igreja de Nossa Senhora da Conceição
O mirante por trás da Igreja possui uma linda vista da Coroa do Avião, do Pontal de Maria Farinha e da foz do rio Timbó.
Vista da Coroa do Avião, Vista do Pontal de Maria Farinha e Mirante Artesanato.
No centro da vila há um monumento conhecido como Pelourinho.
Igreja de Nossa Senhora da Conceição e Pelourinho
Tivemos um pouco de sorte e conseguimos entrar nas ruínas da Igreja do Rosário dos Homens Pretos, a poucos metros do centro da vila. São ruínas de certo modo bem conservadas. Talvez pelo fato de haver um cemitério logo ao lado.
Ruínas da Igreja de N. Sra. do Rosário dos Homens Pretos
Já de volta à rodovia com destino a Itapissuma, aproveitamos para registrar imagens do Engenho São João.
Parece que a antiga senzala teve usos diversos nos últimos anos. A Casa-Grande está de pé e a Fábrica aparenta estar bem conservada, o que é uma raridade nos Engenhos de Pernambuco na atualidade.
Engenho São João.
Projeto Peixe-Boi

Em uma visita anterior, não propriamente à Ilha, mas em razão de um passeio de Catamarã, fizemos uma parada no Projeto Peixe-Boi Marinho que fica situado próximo ao Forte Orange.

A entrada é paga, mas vale a pena. Pudemos ver alguns desses simpáticos animais em 3 oceanários. Os monitores informaram que lá eles são identificados, tratados e reabilitados para a volta ao habitat natural. 
Também tem um cinema em formato de Peixe-Boi e o teto por dentro tem o desenho da coluna do animal. Assistimos projeções de documentários a respeito da história do animal bem como da caça predatória que quase extinguiu a espécie. Ainda visitamos um museu e uma lojinha de suvenires.

Projeto Peixe-Boi Marinho


Histórico da Ilha de Itamaracá:
Os primeiros habitantes seriam náufragos, havendo também registros sobre a passagem dos portugueses João Coelho da Porta da Cruz e Duarte Pacheco Pereira, em 1493 e 1498, respectivamente.
Em 1526, já havia uma capela dedicada a Nossa Senhora da Conceição, de responsabilidade do padre Francisco Garcia, na Vila Velha, localizada à margem esquerda do Canal de Santa Cruz.
A ilha prosperava à sombra da economia açucareira. Em 1630, a Vila Velha possuia cem casas e uma Santa Casa de Misericórdia.
Os holandeses invadiram a ilha em 1631 e lá ergueram o Forte Orange, na entrada Sul do canal de Santa Cruz, construído em taipa de pilão. O forte tinha este nome em homenagem ao Príncipe holandês Frederico Henrique de Orange, tio de Maurício de Nassau. A Ilha de Itamaracá serviu de celeiro aos holandeses. Posteriormente, o forte passou a ser chamado Forte de Santa Cruz, já sob domínio português.
Em 1763, o rei dom João V comprou a ilha para a Coroa Portuguesa por 4 000 cruzados.
O distrito foi criado em 1 de maio de 1866, pela Lei Provincial 676. Já no século XX, ano 1958, fundou-se o atual município desvinculando-se do município de Igarassu. No ano de 1962 a sede do município da Ilha de Itamaracá, Pilar, foi elevada a categoria de Cidade e anos mais tarde em 1968 foi premiada pela empresa de turismo de Pernambuco, EMPETUR, com o título de Município de Interesse Turístico do Estado de Pernambuco.
Fonte: Wikipédia.

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Itapissuma

Itapissuma fica a cerca de 35 km do Recife. O principal acesso se dá pela BR-101, sentido Norte.
Recomendamos visitar a cidade em dias de semana. Nos fins de semana e feriados, o tráfego é intenso em razão do único acesso à Ilha de Itamaracá cortar o centro da cidade.
Os atrativos da cidade ficam próximos ao centro. O largo da Igreja de São Gonçalo, onde também se localiza o Fórum e o Cruzeiro fica no lado sul da rodovia, na orla.
Largo da Igreja de São Gonçado do Amarante, Fórum e Vista do Cruzeiro, Canal de Santa Cruz e Ilha de Itamaracá.
A Igreja de São Gonçalo do Amarante é linda. Muito bem conservada, limpa e agradável. Fica posicionada de frente para o canal de Santa Cruz e a Ilha de Itamaracá.
Interior da Igreja de São Gonçalo do Amarante.
Na orla Sul também ficam o Centro Artesanal Agostinho Nunes Machado, a Câmara Municipal e a Prefeitura, além do agradável calçadão e um Pier que é muito usado na principal festa do município, a Buscada de São Gonçalo.
Centro Artesanal, Câmara Municipal e Prefeitura.
A vista da orla é deslumbrante. O pier, a ponte e os barquinhos de pesca, dão um toque de pintura no local.
Mirante do Cruzeiro da Igreja de São Gonçalo, Canal de Santa Cruz, Pier e Ponte Getúlio Vargas.
A Praça Agamenon Magalhães fica entre a rodovia e a Prefeitura, e é o que pode-se chamar de centro da cidade. Rodeada de prédios públicos, mercados, bancos e lojas em geral.
Praça Agamenon Magalhães, Canal de Santa Cruz, Barcos de pesca e Ponte Getúlio Vargas.
No lado norte da orla, encontramos o antigo mercado, peixarias e alguns restaurantes, com destaque para a famosa e imperdível Caldeirada da Irene.
Pólo Gastronômico; Caldeirada da Irene.
No distrito de Botafogo, que fica a cerca de 16 km do centro de Itapissuma, via BR-101 e às margens dessa rodovia, encontramos uma antiga Casa-Grande.
Sabíamos que havia uma casa-grande de um antigo engenho no povoado. A casa-grande sem portas e telhado se encontra em um terreno na Rua I. Devido ao tamanho um tanto pequeno para uma sede de engenho, ficamos em dúvida se realmente esta foi ou não a Casa-Grande do Engenho Botafogo.
De qualquer forma, poderia ser preservada e se transformar em uma escola ou biblioteca para a população, permanecendo conservado de pé com uma destinação pública.
Ruínas da Casa-Grande do Engenho Botafogo; Capela de São Benedito; Praça no centro de Botafogo.
Próximo ao monumento, na mesma rua, encontramos uma capela em homenagem a São Benedito, datada de 1990, com um anexo em construção que a deve transformar em Igreja, em breve.
No mais, o distrito de Botafogo possui uma pracinha e coisas de um povoado dos tempos atuais, devendo crescer com a industrialização da região.

Histórico de Itapissuma:

A palavra Itapissuma é de origem tupi-guarani que significa Pedra Negra por causa de grandes pedras moles que ficavam à beira do Canal de Santa Cruz onde o mesmo banha o atual município.
O local era primitivamente um aldeamento indígena e com a chegada dos Padres Franciscanos em missão religiosa foi fundada uma vila em 1588. Quando os holandeses ocuparam Pernambuco, construíram uma ponte que unia a vila à ilha de Itamaracá - na época capitania do donatário Duarte Coelho, hoje chamada Ponte Getúlio Vargas. A primeira capela foi construída no século XVII pelo padre Camilo de Mendonça e foi dedicada a São Gonçalo do Amarante.
O distrito de Itapissuma foi criado pela lei municipal nº 11, de 31 de novembro de 1892, subordinado ao município de Igarassu. Foi elevado à categoria de município pela lei estadual nº 8952, de 14 de maio de 1982.
Fonte: Wikipedia.